Episódio inédito de Brasil: DNA África apresenta as raízes africanas dos mineiros no BBC Earth, dia 2 de dezembro
| ||
A história do músico mineiro Sérgio Pererê é tema do quarto episódio inédito de Brasil: DNA África, na próxima sexta-feira, 2 de dezembro, às 20h10, no canal BBC Earth. A série é uma produção da Cine Group, de 2016, que desvenda a origem genética de 150 afrodescendentes brasileiros. Os personagens foram escolhidos nos estados que mais receberam escravos – Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro – e viajaram à África em busca de suas origens. O quarto episódio da série Brasil: DNA África será reapresentado pelo canal BBC Earth no dia 3 de dezembro, às 6h47 e 12h01. Em Minas Gerais, 30 pessoas fizeram o teste genético, incluindo o artista plástico Marçal Ávila e os compositores Fernando Brant e Tavinho Moura. Na próxima semana, o quinto e último episódio conta a história do músico e educador Levi da Silva Lima, de Pernambuco, que descobre que descende dos Macua e visita Moçambique. A história contada pelo DNA Segundo dados do Trans-Atlantic Slave Trade Databases site onde estão catalogadas 29 mil travessias transatlânticas de navios negreiros, barcos com bandeira de Portugal chegaram a transportar 5,8 milhões de escravos para o Brasil. Em mais de quatro séculos, eles se multiplicaram e contribuíram para a formação do povo, de sua cultura, culinária e religião. Hoje, 53% dos brasileiros se declararam pardos ou negros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2014, do IBGE, mas a imensa maioria desconhece suas reais origens africanas. De Belo Horizonte para Angola Este episódio, filmado em Minas Gerais, mostra o resgate histórico e emocional das raízes africanas do músico mineiro Sérgio Pererê. Depois de realizar um exame de DNA, Pererê descobriu ser descendente da tribo dos Ovimbundu, de Angola, e foi convidado a conhecer o país. Pererê visitou o Museu Nacional da Escravatura em Luanda. O prédio foi construído nas ruínas de uma das igrejas católicas erguidas para batizar e dar um nome de origem portuguesa os negros escravizados que eram enviados principalmente para o Brasil. "O meu pai ainda viveu coisas de escravo: ser acordado às 4h da manhã na base do chicote e trabalhava sem receber. Imagine ter uma marca de chicote no corpo para o resto da vida", acrescentou emocionado. O músico ficou surpreso ao saber que sua tribo de origem ainda tinha um rei e que o reino de Ovimbundu é formado por quatro províncias: Huambo, Benguela, Bié e parte de Lubango. "Geograficamente a etnia dos Ovimbundu ocupa 50% do país", explicou o rei Ekwikwi V. Pererê participou das rodas de conversa com os membros da corte e de rituais tribais. "Conhecer de perto essas tradições foi como um retorno. É como eu pudesse encontrar meus antepassados ali mesmo. Eu me senti em casa". Ficha Técnica: |
Comentários