SescTV resgata tradição da festa de Folia de Reis
Episódio da série Coleções examina comemoração regional na cidade de Valença (RJ) e vasculha os símbolos religiosos escondidos atrás da história da cerimônia
Motivada a apresentar expressões regionais da cultura brasileira em linguagem documental, a série Coleções foi à cidade de Valença (RJ) retratar a tradicional festa de Folia de Reis. A celebração homenageia os três reis magos que, segundo a narrativa católica, presentearam Jesus, dias após seu nascimento. O SescTV exibe o episódio Folia de Reis, com direção geral de Belisario Franca, às 21h30 de terça-feira, dia 04/01, a dois dias da data festiva (assista também pela internet em sesctv.org.br/avivo).
Tradicionalmente, quem organiza, aloja, ou participa da Folia de Reis precisa fazê-lo por sete anos consecutivos. Mas o mestre folião Francisco Ferreira conta que, embora cumprido o período, seguiu participando, por paixão. "Não ligo para festa, carnaval, baile, mas com a Folia de Reis a gente lida o ano inteiro", diz. Além de narrar o mito dos soldados do rei Herodes, representados na festa pelos palhaços e que, na história, tentaram matar o menino Jesus, Francisco admite dispor de poucos recursos para fazer a Folia, razão pela qual aceita as ofertas dos devotos.
O episódio apresenta os personagens tradicionais do festejo: o bandeireiro, que ergue o estandarte sagrado; o folião e o contramestre, que cantam; e os requintas, que tocam o instrumento principal da Folia (o triângulo, símbolo do sino de Belém) e se encarregam da chamada 'resposta', canto semelhante ao do galo diante do nascimento de Jesus. Também ressoam no evento o reco-reco e a sanfona, alma da Folia, e, depois da cantoria, é vez da chula, atividade mais divertida ao público. Para Frederico Santos, desenhista das capas da festa, chamadas de "revirão", a chula é "a reunião dos palhaços", incumbidos de comandar o resto do batalhão.
O produtor cultural e pesquisador Libório de Souza também participa do episódio, detalhando como começa e depois se encaminha a Folia de Reis, ressaltando o simbolismo de cada personagem representado, resgatando a história da festa e refletindo a respeito da sobrevivência dessa tradição na modernidade. Ao contrário da igreja, ele enxerga a Folia de Reis como "uma festa profana de inspiração religiosa", que alude, segundo ele, a elementos da umbanda e da cultura pop, por exemplo, ao Bob Marley, ao Pink Floyd e à personagens de desenhos animados.
Tradicionalmente, quem organiza, aloja, ou participa da Folia de Reis precisa fazê-lo por sete anos consecutivos. Mas o mestre folião Francisco Ferreira conta que, embora cumprido o período, seguiu participando, por paixão. "Não ligo para festa, carnaval, baile, mas com a Folia de Reis a gente lida o ano inteiro", diz. Além de narrar o mito dos soldados do rei Herodes, representados na festa pelos palhaços e que, na história, tentaram matar o menino Jesus, Francisco admite dispor de poucos recursos para fazer a Folia, razão pela qual aceita as ofertas dos devotos.
O episódio apresenta os personagens tradicionais do festejo: o bandeireiro, que ergue o estandarte sagrado; o folião e o contramestre, que cantam; e os requintas, que tocam o instrumento principal da Folia (o triângulo, símbolo do sino de Belém) e se encarregam da chamada 'resposta', canto semelhante ao do galo diante do nascimento de Jesus. Também ressoam no evento o reco-reco e a sanfona, alma da Folia, e, depois da cantoria, é vez da chula, atividade mais divertida ao público. Para Frederico Santos, desenhista das capas da festa, chamadas de "revirão", a chula é "a reunião dos palhaços", incumbidos de comandar o resto do batalhão.
O produtor cultural e pesquisador Libório de Souza também participa do episódio, detalhando como começa e depois se encaminha a Folia de Reis, ressaltando o simbolismo de cada personagem representado, resgatando a história da festa e refletindo a respeito da sobrevivência dessa tradição na modernidade. Ao contrário da igreja, ele enxerga a Folia de Reis como "uma festa profana de inspiração religiosa", que alude, segundo ele, a elementos da umbanda e da cultura pop, por exemplo, ao Bob Marley, ao Pink Floyd e à personagens de desenhos animados.
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