Globo Apresenta: "A Trajetória dos Mamonas Assassinas"

Sete meses separam o início de um estrondoso sucesso dos Mamonas Assassinas ao trágico fim de uma carreira marcada pela irreverência. A trajetória dos cinco rapazes que divertiram o país com hits como "Robocop Gay", "Pelados em Santos" e "Vira-Vira" é o tema do Por Toda a Minha Vida que a TV Globo exibe quinta-feira, dia 10, após Casos e Acasos. Com direção de núcleo de Ricardo Waddington, direção de José Luiz Villamarim e apresentação de Fernanda Lima, o especial traz imagens de arquivo, dramatização e depoimentos de amigos, familiares e de profissionais que acompanharam de perto a carreira dos músicos, como o apresentador Fausto Silva e o jornalista Eduardo Bueno, biógrafo do grupo.

Em seu segundo ano no ar, Por Toda a Minha Vida estréia em 2008 contando a trajetória do grupo que conquistou o Brasil em 1995 com muita música e bom humor. Depois de alguns anos de carreira, uma "Brasília Amarela" abriu as portas para Dinho (Fabrízio Teixeira), Samuel (Douglas Rosa), Sergio (Rômulo Estrela), Bento (Anderson Lau) e Julio (Flavio Pardal) se tornarem fenômeno entre adultos e crianças. Foram mais de dois milhões de cópias vendidas de um único disco, a impressionante média de 30 apresentações por mês e sete meses de grande sucesso interrompido por um desastre aéreo. "Foi gratificante quando as pessoas começaram a deixar de lado muitas hipocrisias e a curtir o que eles estavam fazendo", recorda Fausto Silva. "No meu programa eles faziam o que eles queriam", completa. O especial narra a carreira da banda, desde o seu nascimento em Guarulhos ao dia do fatídico do acidente, em 2 de março de 1996. No elenco estão Fernanda de Freitas interpretando Valeria Zopello, namorada de Dinho; Diogo Novaes como Rafael Ramos, baterista do Baba Cósmica e um dos responsáveis pela descoberta do grupo; Antonio Fragoso vivendo João Augusto, diretor da gravadora dos Mamonas; entre outros.

Samuel Reoli era office boy. Seu irmão, Sérgio, tinha uma locadora de videogames. Bento vendia ração, Júlio era técnico em eletrônica e Dinho, cabo eleitoral. Juntos descobriram algo em comum além da vida difícil na cidade onde moravam: a paixão pela música. Em 1990, formaram a banda "Utopia", fazendo covers de sucessos. Dois anos depois lançaram o primeiro e único disco da banda, um fracasso que vendeu apenas 100 cópias. Os meninos não desistiram .Adotaram a irreverência na composição de letras próprias e surgiu assim os Mamonas Assassinas que, em 1995, assinou contrato com uma grande gravadora. O primeiro e único disco da banda foi mixado nos Estados Unidos e logo chegou às rádios. Em pouco tempo a canção "Vira-vira" passou a ser mais pedida das rádios e o disco vendeu muito mais do que o esperado. "Ninguém era tão escrachado, tão na cara.", conta Rafael Ramos, músicoque encontrou a fita demo dos Mamonas no carro de seu pai, diretor de uma gravadora de discos que não tinha aprovado o grupo. Rafael começou a tocar as músicas dos Mamonas entre os amigos, seu pai João Augusto ouviu, gostou, pegou a fita demo de volta e a banda fechou seu primeiro contrato com uma gravadora.

Para os Mamonas Assassinas, 1995 tinha sido um ano inacreditável. De meninos simples e anônimos, eles se transformaram em estrelas da música pop. Como antídoto para o cansaço, mais uma vez usaram o humor. No fim do ano, os integrantes dos Mamonas se apresentaram de pijamas. Mas o ano seguinte se anunciava ainda mais brilhante: um novo disco estava a caminho e um show muito especial em Portugal. No dia 02 de março de 1996, o sábado amanheceu chuvoso em Guarulhos. Exaustos, Bento, Dinho, Sérgio, Samuel e Júlio queriam aproveitar os últimos momentos de folga ao lado de suas famílias, mas eles tinham um compromisso a cumprir: um show no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Na volta para casa, o acidente. Mais de 10 anos depois, as causas que levaram à queda do avião na Serra da Cantareira ainda não foram totalmente esclarecidas.

Apresentado por Fernanda Lima, Por Toda a Minha Vida Mamonas Assassinas tem direção de núcleo de Ricardo Waddington e direção de José Luiz Villamarim. Escrito por Maria Camargo, o programa tem reportagem de Fernanda Scalzo e redação final de George Moura. Para este ano, estão previstos especiais sobre Dolores Duran, Chacrinha e Claudinho, parceiro musical de Buchecha. O programa vai ao ar nesta quinta-feira, dia 10, logo após a exibição de Casos e Acasos.