Film&Arts Estreia: A Tetralogia de Richard Wagner

"O Anel do Nibelungo" Sábados às 17.00 h.

Esta nova e grande produção de "O Anel do Nibelungo", encomendada pelo Palácio das Artes Rainha Sofia ao grupo espanhol La Fura dels Baus, mistura música, dança, acrobacia e tecnologia em inesquecíveis eventos cênicos com uma energia envolvente e cativante. A fantasia visual de La Fura e as infinitas combinações de tecnologia de vídeo, iluminação e acessórios (frequentemente formados por seres humanos) estão predestinadas ao expressivo mundo visionário de Wagner. O sonho de Wagner de um Gesamtkunstwerk (a ópera como uma obra de arte total) se torna realidade com esta sequência de imagens que muda de forma e se expande diante de nossos olhos: projeções em 3D que lembram jogos de computador, estruturas orgânicas formadas por atletas e muito mais. O impacto visual (fantástico trabalho de Franc Aleu na criação videográfica) parece ser o principal sinal de identidade deste "Anel" do século XXI, capaz de seduzir tanto ao público jovem, acostumado aos códigos visuais de filmes como Star Wars, como aos wagnerianos ávidos de montagens inovadoras. O lendário Zubin Mehta rege a Orquestra da Comunitat Valenciana e a cantores mundialmente conhecidos, como Peter Seiffert, Petra-Maria Schnitzer e Matti Salminen, e a jovens promessas e talentos como Jennifer Wilson (Brünnhilde), John Daszak (Loge) e Juha Uusitalo (Wotan), a quem o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung reconhece como "o número um entre os deuses da ópera." Na tetralogia de "O Anel do Nibelungo", Wagner estabelece um mundo mágico no qual convivem seres das mais diversas índoles, deuses, semideuses, gigantes, anões, ondinas... O que não aparece são seres humanos. Este mundo está formado por três capas diferentes: nas profundidades da terra habitam os Nibelungos, anões que trabalham os minerais. A superfície está dominada pelo Rin, no bosque e num exterior rústico vivem os últimos descendentes de uma raça de gigantes. Num estado superior habitam os deuses, atuais senhores deste mundo imaginário. O deus supremo é Wotan. O OURO DE RIN, DE RICHARD WAGNER – Estreia Sábado 7 Prólogo em quatro atos do "festival cênico" O Anel do Nibelungo As três risonhas ninfas filhas de Rin: Woglinde, Wellgunde e Flosshilde guardam o ouro que brilha no fundo do rio. Uma antiga profecia o protege: "Quem se atreva a roubá-lo deverá renunciar ao amor". A paz se termina quando o Nibelungo Alberich rouba o ouro. Nas profundas cavernas, nas entranhas da terra, ele o utilizará para criar um anel ícone de poder. Wotan arrebata o tesouro criado por Alberich, que repleto de ódio, anuncia sua maldição: "Quem possua o anel obterá com ele a morte e a destruição". Pero Wotan, não devolverá o ouro das filhas de Rin, ele o utilizará para recompensar os gigantes Fafner e Fasolt. Devido à maldição de Alberich, os gigantes, novos donos do tesouro, possuem uma discussão que terminará em fratricídio. Os deuses satisfeitos realizam sua jornada solene por um arco íris rumo a sua nova mansão, a magnífica Walhalla. Enquanto as filhas de Rin se lamentam pela perda do ouro. Somente Loge, astuto deus do fogo, parece pressentir o ocaso e não segue aos deuses. A maldição do Nibelungo começou. Com Juha Uusitalo (Wotan), John Daszak (Loge). Gigantes: Matti Salminen (Fasolt), Stephen Milling (Fafner). Anões: Franz-Josef Kapellmann (Alberich), Niklas Björling Rygert (Mime). Deusas: Anna Larsson (Fricka), Sabina Von Walther (Freia), Daniela Denschlag (Erda), Filhas de Rin: Silvia Vázquez (Woglinde), Ann-Katrin Naidu (Wellgunde), Marina Prudenskaya (Flosshilde) Direção Musical: Zubin Mehta, Orquestra da Comunitat Valenciana; Montagem: La Fura Dels Baus. Carlus Padrissa. Duração: 3 horas. A VALQUIRIA, DE RICHARD WAGNER - Estreia Sábado 14 Primeira jornada em três atos do "festival cênico" O Anel do Nibelungo Já passou um longo tempo desde os acontecimentos em O Ouro de Rin. Wotan foi pai de nove valquirias, mulheres guerreiras que levam a Walhalla (a morada dos deuses) os heróis mortos em combate. Wotan teme que Alberich, o Nibelungo, recupere o poderoso anel, que agora possui Fafner, o gigante que, transformado em serpente dragão, protege em uma caverna o tesouro roubado dos Nibelungos. Wotan pretende recuperar a poderosa jóia, mas restringido pelos pactos subscritos, não pode fazê-lo por si mesmo, razão pela qual trata de recuperá-lo através de um herói, que pertence ao mundo dos homens, livre e sem suas limitações. Para isso, o deus regressou a Terra e de sua união com uma mulher nasceu o casal de gêmeos, Siegmund e Sieglinde, quais o destino separou. Sieglinde se casou com o desagradável Hunding e Siegmund leva uma vida nômade e infeliz. Com Torsten Kerl (Siegmund), Matti Salminen (Hunding), Juha Uusitalo (Wotan), Eva-Maria Westbroek  (Sieglinde), Jennifer Wilson (Brünnhilde), Anna Larsson (Fricka), Valquirias: Bernadette Flaitz (Gerhilde) Elena Pankratova (Ortlinde), Direção Musical: Zubin Mehta, Orquestra da Comunitat Valenciana; Montagem: La Fura Dels Baus. Carlus Padrissa. Duração: 4 horas. SIGFRIDO, DE RICHARD WAGNER - Estreia Sábado 21 Segunda jornada em três atos do "festival cênico" O Anel do Nibelungo Este drama musical abrange as aventuras do jovem Sigfrido, um "Welsungo" (filho do deus Wotan com uma mulher humana) que tenta realizar fielmente as ordens de seu pai: recuperar para o anel do Nibelungo. Mas para isso deverá enfrentar muitos obstáculos, ele precisa matar a serpente dragão Fafner com a espada Notung, livrar-se das traições de Mime, seu servo nibelungo e inclusive de seu próprio avô. Em meio de suas batalhas, Sigfrido descobre que há uma donzela que o espera se ele sabe como despertá-la. É a bela valquiria Brünnhilde, que repousa sobre uma rocha cercada de um fogo mágico. Somente poderá despertá-la aquele que não saiba o que é o medo e atravesse o fogo que a rodeia. Brünnhilde foi castigada por seu pai após desobedecê-lo. Quando Sigfrido beija a Brünnhilde, ela acorda e conta ao herói como foi castigada. Brünnhilde se apaixona pelo herói que a liberou de seu sono eterno e renuncia ao mundo dos deuses. Com Lance Ryan (Siegfried), Jennifer Wilson (Brünnhilde), Juha Uusitalo (O peregrino), Gerhard Siegel (Mime), Franz-Josef Kapellmann (Alberich), Daniela Denschlag (Erda), Stephen Milling (Fafner), Marina Zyatkova (Pássaro do bosque). Direção Musical: Zubin Mehta, Orquestra da Comunitat Valenciana; Montagem: La Fura Dels Baus. Carlus Padrissa. Duração: 4 horas. SIGFRIDO, DE RICHARD WAGNER - Estreia Sábado 21 Segunda jornada em três atos do "festival cênico" O Anel do Nibelungo Este drama musical abrange as aventuras do jovem Sigfrido, um "Welsungo" (filho do deus Wotan com uma mulher humana) que tenta realizar fielmente as ordens de seu pai: recuperar para o anel do Nibelungo. Mas para isso deverá enfrentar muitos obstáculos, ele precisa matar a serpente dragão Fafner com a espada Notung, livrar-se das traições de Mime, seu servo nibelungo e inclusive de seu próprio avô. Em meio de suas batalhas, Sigfrido descobre que há uma donzela que o espera se ele sabe como despertá-la. É a bela valquiria Brünnhilde, que repousa sobre uma rocha cercada de um fogo mágico. Somente poderá despertá-la aquele que não saiba o que é o medo e atravesse o fogo que a rodeia. Brünnhilde foi castigada por seu pai após desobedecê-lo. Quando Sigfrido beija a Brünnhilde, ela acorda e conta ao herói como foi castigada. Brünnhilde se apaixona pelo herói que a liberou de seu sono eterno e renuncia ao mundo dos deuses. Com Lance Ryan (Siegfried), Jennifer Wilson (Brünnhilde), Juha Uusitalo (O peregrino), Gerhard Siegel (Mime), Franz-Josef Kapellmann (Alberich), Daniela Denschlag (Erda), Stephen Milling (Fafner), Marina Zyatkova (Pássaro do bosque). Direção Musical: Zubin Mehta, Orquestra da Comunitat Valenciana; Montagem: La Fura Dels Baus. Carlus Padrissa. Duração: 4 horas. O OCASO DOS DEUSES, DE RICHARD WAGNER - Estreia Sábado 28 Terceira jornada em três atos do "festival cênico" O Anel do Nibelungo Nesta última parte é narrada a história de como o anel maldito feito com ouro roubado do Rin pelo anão Alberich, que pertence a raça dos nibelungos, causa a morte de Sigfrido e a destruição de Valhalla, a morada dos deuses, onde habitava o deus Wotan. No prólogo as três nornas tecem sobre a linha da Lei Primitiva; nela as nornas podem ver o futuro e horrorizadas, prevêem a morte de Sigfrido e... a linha se rompe. Elas ficam mudas e descem ao peito de Erda, a mãe terra. Na rocha da valquiria, ao amanhecer, Siegfried e Brünnhilde saem de sua morada. Temerosa de perder seu herói, ela se despede dele, que vá a caminho de novas proezas. Como prova de seu amor, Siegfried entrega a Brünnhilde o anel que ganhou na batalha com Fafner e em troca, ela lhe entrega seu corcel, Grane. Eles se despedem com um apaixonado adeus e Siegfried começa sua viagem pelo Rin e suas fronteiras. Sigfrido é enganado, um feiticeiro faz com que ele perda a memória e traia o amor de Brünnhilde. Finalmente se cumpre a profecia e Sigfrido é morto por Hagen filho do nibelungo Alberich. Brünnhilde manda armar uma fogueira e que sobre ela seja colocado o corpo de seu amado Sigfrido. Ela diz para as filhas do Rin que enquanto seu corpo de consume no fogo, junto ao de seu esposo, elas poderão recuperar o anel e que a maldição de Alberich será purificada com o fogo. Valhalla também se queima ao longe. Com Lance Ryan (Siegfried), Ralf Lukas (Gunther), Matti Salminen (Hagen), Franz-Josef Kapellmann (Alberich), Jennifer Wilson (Brünnhilde), Elisabete Matos (Gutrune), Catherine Wyn-Rogers (Waltraute), Daniela Denschlag (Primeira Norna), Pilar Vázquez (Segunda Norna), Eugenia Bethencourt (Terceira Norna), Direção Musical: Zubin Mehta, Orquestra da Comunitat Valenciana; Montagem: La Fura Dels Baus. Carlus Padrissa. Duração: 4 horas.