A&E estreia Condenado Inocente, série que resgata histórias de pessoas levadas à prisão injustamente na América Latina
Casos analisados no programa partem da premissa de que qualquer pessoa, estando no lugar errado e na hora errada, pode sofrer consequências drásticas
Centenas de pessoas são acusadas, julgadas e condenadas por crimes sem provas, todos os dias. Condenado Inocente, nova série que o A&E estreia em 27/2, mostra casos chocantes na América Latina em que a presunção de inocência, consagrada na Declaração Universal dos Direitos Humanos e que os tratados internacionais garantem a todo cidadão, foi completamente ignorada. Essas pessoas, cujo único "crime" foi estar no lugar errado e na hora errada, enfrentaram a prisão e, como consequência, as suas vidas nunca mais foram as mesmas.
Uma produção original A&E, Condenado Inocente (Se Presume Inocente) apresenta oito casos de cidadãos comuns e de "ficha limpa" que foram injustamente levados à prisão, alguns deles por vários anos, mas que depois acabaram libertados quando se comprovou que eram inocentes. Às vezes, basta uma roupa "incorreta" ou uma descrição dúbia para que uma pessoa seja tomada por outra – no caso, alguém que está sendo procurado pela polícia.
O programa foi atrás de policiais, investigadores, promotores de Justiça e jornalistas criminais, além de familiares dos personagens, para descobrir todos os detalhes de cada história e mostrar aos telespectadores, de maneira clara e sensível, como esses tipos de história acontecem e o que tem de ser feito para inocentar as vítimas.
Condenado Inocente apresenta histórias de pessoas comuns que foram levadas à cadeia injustamente, mas que alcançaram finais "felizes": a inocência de todas elas foi provada, e elas foram liberadas depois de passarem meses ou anos na cadeia por algo que não fizeram. Esta temporada apresenta três casos no Brasil, três no México e dois na Colômbia.
O capítulo de estreia, às 21h, é dedicado ao caso da brasileira Daniele. Em julho de 2005, Daniele Toledo do Prado, mãe dedicada e dona de casa, deu à luz sua amada filha Victoria. Sua felicidade foi interrompida depois de seis meses, quando a pequena começou a apresentar problemas de saúde complicados, e a luta por sua doença rara se transformou em um sofrimento enorme. O bebê acabou morrendo, e Daniele, além de suportar a morte da filha, foi acusada de tê-la assassinado, apelidada de "monstro da mamadeira". Na prisão, ela foi barbaramente espancada por suas companheiras de cela, tendo perdido a visão e a audição do lado direito. Depois de várias tentativas frustradas de suicídio, Daniele encontrou apoio em um jornalista, que meses mais tarde conseguiu revelar a verdade e, enfim, obter a sua liberdade.
Logo depois, às 22h, a história de outro brasileiro, Jair. O calvário de Jair Dalberti começou em uma lanchonete de estrada, quando um ex-colega de trabalho lhe pediu uma carona até um trevo próximo. No caminho, o amigo parou para falar com outras três pessoas, que Jair não conhecia. Com a autorização de Jair, um deles pôs algumas sacolas no porta-malas e todos foram juntos de carona. Depois de deixá-los em um posto de combustível, Jair voltou para casa. Ele nem imaginava que havia transportado os membros de uma gangue armada e que, depois de tê-los deixado, eles acabariam assaltando um ônibus, agredindo os passageiros e assassinando um policial. Identificado pelo carro que levou os bandidos, Dalberti foi condenado por roubo seguido de morte e passou cinco anos na prisão, até que foi absolvido e pôde recuperar a sua liberdade, esta sim, roubada.
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