“Acho que o cinema e a TV têm o poder de mudar o mundo”, diz Jorge Furtado ao ‘Ofício em Cena’
O convidado do 'Ofício em Cena' dessa semana é autor e diretor de cinema há mais de 30 anos. Hoje é reconhecido não apenas como um grande criador de histórias, mas como um artista que não cansa de investigar diferentes maneiras de contá-las. Esse é o gaúcho Jorge Furtado. Autor de 'Mister Brau', ele diz que a necessidade de contar histórias surge cada vez de um jeito diferente. A ideia de 'Mister Brau', por exemplo, surgiu quando leu uma notícia de que o Jorge Ben tem uma casa na Disney.
Há muitos anos na ativa, Jorge Furtado não se cansa de refletir e discutir o que pode ser mudado na televisão brasileira que, para ele, tem que "mexer com as pessoas, para elas pensarem o Brasil de outra maneira, para pensarem sobre suas relações de outra maneira, para quebrar preconceito, para avançar, para ter uma vida melhor." Há 26 anos, semanalmente, ele senta com Guel Arraes, um de seus maiores parceiros de trabalho, para discutir e reinventar a televisão brasileira. "A gente fica tentando mudar o mundo num frame, num fotograma. Acho que o cinema e a TV têm esse poder, ou pelo menos a gente quer que ele tenha", conta. "A arte é uma questão de saúde pública. A gente precisa disso para ser feliz, para viver bem", complementa.
No programa, Furtado promove uma reflexão sobre a dramaturgia. "Essa nossa forma de expressão é a mais coletiva das artes. A gente pode escrever sozinho, fazer música sozinho, desenhar sozinho, mas cinema, TV, teatro, são trabalhos coletivos. Temos sempre que buscar novas maneiras de contar histórias com os outros: com os atores, equipe, outros roteiristas. É sempre uma criação coletiva, não é individual. Não sou eu que invento tudo", conclui.
A entrevista de Jorge Furtado ao 'Ofício em Cena' vai ao ar na terça-feira, dia 14, às 23h30, na GloboNews.
Foto: Bianca Ramoneda entrevista Jorge Furtado.
Crédito: Globo/ Artur Meninea
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