“Literatura de desbunde” é tema de episódio inédito da série ‘Super Libris’


 

O escritor Luiz Carlos Maciel discute o assunto no dia 29/8, segunda, às 21h, no SescTV


Foto: Piu Dip

 
O que foi e o que seria "literatura de desbunde"? Ela ainda existe? Essas e outras perguntas são discutidas pelo escritor, jornalista e roteirista gaúcho Luiz Carlos Maciel no episódio inéditoLetras Desbundadas, da série Super Libris. O autor aborda o tema no dia 29/8, segunda, às 21h, no SescTV (assista também em sesctv.org.br/avivo), com direção do 
escritor, cineasta e jornalista José Roberto Torero.

 

Nascido em Porto Alegre – RS, em 1938, Maciel ficou conhecido como o "guru da contracultura brasileira" no final dos anos de 1960 e início dos 1970, quando escrevia sobre movimentos alternativos culturais para a coluna Underground, do jornal O Pasquim, que ajudou a fundar. O escritor lembra que naquele período muitas pessoas descobriram a "literatura de desbunde", cuja principal característica era não seguir normas literárias estabelecidas pela sociedade, era completamente livre. "Quando eu descobri que existia a liberdade, eu fiquei encantado", expõe.

 

O escritor conta que a "literatura de desbunde" nasceu do Beat Generation, movimento literário surgido nos Estados Unidos no final da década de 1950 e início da de 1960 e deu origem ao movimento hippie. Maciel menciona o escritor norte-americano Jack Kerouac (1922 – 1969) como um dos ícones desse tipo de texto. No Brasil, ele cita o livro PanAmérica (1967), de José Agrippino de Paula, como obra tipicamente "de desbunde". 

 

Além disso, Maciel comenta sobre o uso de drogas, como o álcool, por alguns escritores; sobre o consumo dessas substâncias ter ajudado ou atrapalhado a escrita no período do movimento da contracultura; e sobre o que restou da "literatura de desbunde" e sua importância nos dias de hoje.

 

O escritor participa também dos quadros Pé de Página, no qual responde sobre onde, como e porque escreve, e do Primeira Impressão, em que sugere o livro de ficção Valis, do norte-americano Philip K. Dick. O episódio traz ainda os quadros: Orelhas, sobre os escritores alemães Hermann Hesse e Charles Bukowski, este viveu e morreu nos Estados Unidos; Prefácio, com Dolores Prades, consultora editorial na área de literatura para crianças e jovens, que indica o livro Juca e Chico – História de Dois Meninos em Sete Travessuras, do também alemão Wilhelm Busch; Quarta Capa, com a vlogger Amanda Azevedo, do blog Lendo e Comentando, que fala sobre o livro Misto Quente, de Charles Bukowski; e Ptolomeus, sobre a Mototeca e Bicicloteca, projeto social que tem como objetivo estimular a leitura de motoboys, situado no bairro de Pinheiros, na capital paulista.


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