Clássico do cinema nacional, “Jeca Tatu” é exibido na TV Aparecida nesta quarta (21)


O longa, gravado na cidade de Pindamonhangaba, interior de São Paulo, é recheado com canções de aristas populares da época como Agnaldo Rayol, Tony e Celly Campello 


O cinema brasileiro não seria o mesmo sem Mazzaropi.
 
O cinema brasileiro não seria o mesmo sem Mazzaropi. Seus filmes produzidos durante anos, entre 1951 e 1980, levaram milhões de espectadores às salas de cinema do país e rendem até os dias de hoje, uma boa audiência na televisão. Nas duas últimas quartas-feiras, com a exibição do Festival Mazzaropi, a TV Aparecida alcançou o 5º lugar no ranking de audiência de TV aberta na praça São Paulo com pico de 1,29 pontos de média no Ibope. Os dados foram extraídos do Ibope MW (GSP - Grande São Paulo), onde 1 ponto equivale a 69.416 domicílios.

O personagem mais famoso do comediante, foi, sem dúvidas, "Jeca Tatu", de 1959, dirigido por Milton Amaral. E nesta quarta (21), ele está de volta à tela da TV Aparecida, às 20h40.

"Jeca Tatu" conta a história de um caipira preguiçoso que vê a sua propriedade ameaçada por causa da ganância de um latifundiário vizinho, Sr. Giovanni. Entre a briga dos dois, está o personagem Vaca-Brava, o vilão da história, que, ao saber da paixão da filha do jeca pelo filho do latifundiário, começa a armar para que a disputa dos dois proprietários atrapalhe o romance.

Jeca é capaz de, ainda hoje, despertar risos, comover o espectador e trazer para a discussão a polêmica levantada por Mazzaropi numa entrevista à Veja em 1970, quando foi questionado sobre o Cinema Novo. "Só acho que a gente tem que se decidir: ou faz fita para agradar os intelectuais (uma minoria que não lota uma fileira de poltronas de cinema) ou faz para o público que vai ao cinema em busca de emoções diferentes. O público é simples, ele quer rir, chorar, viver minutos de suspense. Não adianta tentar dar a ele um punhado de absurdos: no lugar da boca põe o olho, no lugar do olho põe a boca. Isso é para agradar intelectual".

No ano de 1978, Mazzaropi também ressaltou em entrevista ao Folhetim da Folha de São Paulo, no dia 2 de julho de 1978, sobre a importância de não se negar as raízes. "O que eu entendo por cultura popular? As raízes do povo brasileiro. Assim, negar o caipira brasileiro é negar a própria raiz. Acho que cultura é justamente não esquecer o passado, não esquecer nossas tradições ... O meu público está comigo há 40 anos e não me larga. Quer dizer que ele me entende".

Confira a chamada do filme "Jeca Tatu"

Serviço:
Filme: "Jeca Tatu"
Exibição: 21/09, às 20h40
Gênero: comédia. 
Classificação indicativa: Livre
Tempo: 95 min.

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