Pernambuco é destaque do último episódio inédito de Brasil: DNA África no canal BBC Earth, sexta- feira, dia 9 de dezembro
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O músico e educador pernambucano Levi Lima é o personagem do quinto e último episódio inédito da série Brasil: DNA África, exibida na próxima sexta-feira, dia 9 de dezembro, às 20h10, pelo canal BBC Earth. A série é uma produção da Cine Group, de 2016, que desvenda a origem genética de 150 afrodescendentes brasileiros. Os personagens foram escolhidos nos estados que mais receberam escravos – Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro – e viajaram a África em busca de suas origens. Em Pernambuco, 30 pessoas participaram do projeto. Além de Levi, os músicos Guitinho de Xambá e Cannibal, a cozinheira dos Orixás Carmem Virgínia Iyabassé, o psicólogo Lepê Correia, a professora Lúcia dos Prazeres e a cirandeira Lia de Itamaracá, entre outros, fizeram o exame. Lima ficou surpreso ao saber da sua origem, os Macuas de Moçambique, e ao receber o convite para conhecer o país. O quinto episódio da série Brasil: DNA Áfricaserá reprisado pelo canal BBC Earth no dia 10 de dezembro, às 6h45 e 12h02. A história contada pelo DNA Segundo dados do Trans-Atlantic Slave Trade Databases site onde estão catalogadas 29 mil travessias transatlânticas de navios negreiros, barcos com bandeira de Portugal chegaram a transportar 5,8 milhões de escravos para o Brasil. Em mais de quatro séculos, eles se multiplicaram e contribuíram para a formação do povo, de sua cultura, culinária e religião. Hoje, 53% dos brasileiros declararam-se pardos ou negros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2014, do IBGE, mas a imensa maioria desconhece suas reais origens africanas. Emoção e lágrimas em Moçambique- dia 9 de dezembro Em sua viagem a Moçambique, Lima teve contato com a história e a cultura de seus antepassados e pode conhecer mais sobre as tradições locais. Este episódio conta com a participação do aclamado escritor Mia Couto, que é moçambicano. "Nós temos mais de 20 etnias diferentes. Então podemos dizer que Moçambique é uma nação multinacional", afirma. Couto também comentou a dificuldade que o país ainda tem de falar sobre a escravidão: "Há certa vigilância sobre o tema para que não se despertem fantasmas.Esta é uma história que não se quer lembrar". Durante a visita, Lima participou da roda de dança Tufo da Mafalada, dançada por mulheres que trazem no rosto uma pintura em forma de renda. O músico não conteve as lágrimas quando uma das integrantes do grupo leu sua mão e disse que ele era "um macua que foi ao Brasil para estudar". Ao final da viagem, Lima conheceu o Forte de São Sebastião, sítio arqueológico do antigo mercado de escravos na Ilha de Moçambique. E se emocionou novamente ao visitar o Jardim da Memória, espaço construído ao lado das ruínas do forte em memória daqueles que foram levados à força como escravos. "Estar aqui me faz lembrar o quanto a escravatura ainda é um momento de tristeza", concluiu. Ficha Técnica: |
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