Escritor João Paulo Cuenca fala sobre a literatura contemporânea de autores jovens
O autor brasileiro é o entrevistado do episódio inédito Não Confie em Ninguém com mais de 40 anos, da série Super Libris, que será exibido no dia 3/9, segunda-feira, às 21h, no SescTV
Foto: Piu Dip.
Nunca é tarde para se tornar um escritor, mas na maioria das vezes isso acontece ainda na juventude, como é o caso do carioca João Paulo Cuenca, que também é cineasta. Ele acabou de completar quatro décadas de vida e escreve desde os 21 anos. Em episódio inédito da série Super Libris, Não Confie em Ninguém com mais de 40 anos, o autor conversa sobre escritores que começam cedo suas carreiras, aponta os temas frequentes em seus livros e fala sobre a forma como estes desenvolvem suas narrativas. Com direção do cineasta José Roberto Torero, o episódio vai ao ar no dia 3/9, segunda-feira, às 21h (assista também em sesctv.org.br/aovivo).
João Paulo Cuenca é romancista, contista, cronista e roteirista. Iniciou sua carreira literária em 1999, publicando seus primeiros textos no blog Folhetim Bizarro.Corpo Presente, seu primeiro romance, foi lançado em 2003 e, a partir daí passou a escrever crônicas para jornais como O Globo, Jornal do Brasil e Folha de S.Paulo. Dentre seus livros estão O Dia de Mastroianni (2007), que no ano seguinte foi editado na Itália e em Portugal, e Descobri que Estava Morto (2016), vencedor do Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional como Melhor Romance, em 2017.
Para João Paulo, historicamente deve-se confiar em autores jovens. "São raras as exceções em que os escritores começam tarde", assegura e menciona o português José Saramago (1922 – 2010) como sendo um destes. Ele tinha 60 anos quando seu primeiro livro foi publicado. Porém, o carioca acredita que iniciar cedo, muitas vezes, leva o autor a se repetir desde o momento em que atinge a casa dos 40. Para ele, Mario Vargas Llosa (Peru, 1936), que lançou sua primeira obra aos 27, é um exemplo. "Um cara que começou com uma potência incrível e depois vai escrevendo o mesmo livro, com altos e baixos", diz, mas garante que existem casos e casos.
João Paulo observa que há temas em comum nas obras dos jovens escritores de hoje. Dentre eles, o desencanto e o medo. "É uma geração assustada". Ele articula sobre a forma individualista como estes se dedicam ao seu trabalho, diferente da dos autores da primeira metade do século 20, que se agrupavam e participavam de movimentos, e também destaca a facilidade de editar um livro atualmente.
Além da entrevista principal, João Paulo Cuenca participa dos quadros: Pé de Página, no qual mostra seu local de trabalho e fala como e porque o faz; ePrimeira Impressão, onde indica Recordações do Escrivão Isaías Caminha, primeiro romance de Lima Barreto (1881 – 1922), que aborda racismo e subordinação.
O episódio traz ainda os quadros: Orelhas, que apresentada a biografia do escritor Castro Alves (1847 – 1871), autor de Navio Negreiro, poema que denuncia a crueldade da escravidão; Prefácio, com Dolores Prades, consultora na área editorial de literatura para crianças e jovens, que sugere a obra infantil O Fazedor de Velhos, de Rodrigo Lacerda; Quarta Capa, no qual a youtuber Denise Mercedes, do blog Cem Anos de Literatura, que comenta o romance Quiçá, escrito por Luisa Geisler quando tinha 20 anos; e Epígrafe, quadro novo da segunda temporada da série Super Libris. Nele, o ator Pascoal da Conceição revela como fez a adaptação de poemas de Castros Alves para a peça Espumas Flutuantes.
João Paulo Cuenca é romancista, contista, cronista e roteirista. Iniciou sua carreira literária em 1999, publicando seus primeiros textos no blog Folhetim Bizarro.Corpo Presente, seu primeiro romance, foi lançado em 2003 e, a partir daí passou a escrever crônicas para jornais como O Globo, Jornal do Brasil e Folha de S.Paulo. Dentre seus livros estão O Dia de Mastroianni (2007), que no ano seguinte foi editado na Itália e em Portugal, e Descobri que Estava Morto (2016), vencedor do Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional como Melhor Romance, em 2017.
Para João Paulo, historicamente deve-se confiar em autores jovens. "São raras as exceções em que os escritores começam tarde", assegura e menciona o português José Saramago (1922 – 2010) como sendo um destes. Ele tinha 60 anos quando seu primeiro livro foi publicado. Porém, o carioca acredita que iniciar cedo, muitas vezes, leva o autor a se repetir desde o momento em que atinge a casa dos 40. Para ele, Mario Vargas Llosa (Peru, 1936), que lançou sua primeira obra aos 27, é um exemplo. "Um cara que começou com uma potência incrível e depois vai escrevendo o mesmo livro, com altos e baixos", diz, mas garante que existem casos e casos.
João Paulo observa que há temas em comum nas obras dos jovens escritores de hoje. Dentre eles, o desencanto e o medo. "É uma geração assustada". Ele articula sobre a forma individualista como estes se dedicam ao seu trabalho, diferente da dos autores da primeira metade do século 20, que se agrupavam e participavam de movimentos, e também destaca a facilidade de editar um livro atualmente.
Além da entrevista principal, João Paulo Cuenca participa dos quadros: Pé de Página, no qual mostra seu local de trabalho e fala como e porque o faz; ePrimeira Impressão, onde indica Recordações do Escrivão Isaías Caminha, primeiro romance de Lima Barreto (1881 – 1922), que aborda racismo e subordinação.
O episódio traz ainda os quadros: Orelhas, que apresentada a biografia do escritor Castro Alves (1847 – 1871), autor de Navio Negreiro, poema que denuncia a crueldade da escravidão; Prefácio, com Dolores Prades, consultora na área editorial de literatura para crianças e jovens, que sugere a obra infantil O Fazedor de Velhos, de Rodrigo Lacerda; Quarta Capa, no qual a youtuber Denise Mercedes, do blog Cem Anos de Literatura, que comenta o romance Quiçá, escrito por Luisa Geisler quando tinha 20 anos; e Epígrafe, quadro novo da segunda temporada da série Super Libris. Nele, o ator Pascoal da Conceição revela como fez a adaptação de poemas de Castros Alves para a peça Espumas Flutuantes.
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