Até que a Morte nos Separe é a nova produção nacional do A&E sobre crimes passionais brasileiros


Seis crimes, Seis episódios, Seis universos são documentados em nova produção original do canal

Assassinatos envolvendo um homem, uma mulher e uma história de amor. Paixão, ciúme, desconfiança? Em que momento um caso de amor ou um casamento de muitos anos se torna uma ameaça em potencial? Quais os motivos que levam um marido a tramar e executar friamente sua companheira, muitas vezes mãe de seus filhos? É justamente essa passionalidade o cerne da série em seis episódios Até Que a Morte nos Separe, coprodução do A&E com a Prodigo Films, que estreia no dia 10/4, terça-feira, às 23h.

A série traz à tona crimes passionais que aconteceram no Brasil desde a década de 90, com grande cobertura da imprensa e mobilização da opinião pública. De maneira inédita e reveladora, contextualizando ambiente, aspectos culturais e profissão dos personagens ligados diretamente ao crime, a primeira temporada de Até Que a Morte nos Separe se debruça sobre os casos Pimenta Neves e Sandra Gomide, Lindemberg Alves e Eloá Cristina Pimentel, goleiro Bruno e Eliza Samudio, José Carlos dos Santos e Ana Elizabeth Lofrano, Igor Ferreira da Silva e Patrícia Aggio Longo e Coronel Ubiratan Guimarães e Carla Cepollina.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, crime passional é aquele "versado doutrinariamente pela particularidade de ser perpetrado em razão da paixão", ou seja, o crime gerado a partir de uma emoção tão subjetiva quanto positiva – a paixão. Segundo a OMS, o crescimento desse tipo de crime é evidente. Em 1991, 22% dos assassinatos cometidos no país tinham como motivações tentativas de separação, ciúme ou suspeita de adultério; em 2001 esse número saltou para 28%. 

Com inspiração nos filmes e seriados policiais dos anos 50 e 60, como se houvesse um detetive à frente das investigações, cada programa traz as versões dos dois lados, com depoimentos de familiares, amigos, psiquiatras forenses, juristas, advogados, promotores, detetives, jornalistas e psicólogos.  Pertencentes a universos bem distintos, os episódios de Até Que a Morte nos Separe avançam nos bastidores de cada situação. A narração ficou a cargo do apresentar Luiz Carlos Miele, uma voz conhecida do público, que dá um tom retrô à produção, respeitando a sobriedade exigida pelo assunto.

Outra novidade da série, além do enfoque do conteúdo, é a inovação na linguagem. Em vez de dramatizar as cenas do crime com atores – recurso comum das produções que utilizam reencenação –, os criadores optaram pela animação, cuja direção de arte ficou sob responsabilidade de Rodrigo Pimenta, que se inspirou no estilo noir, frequentemente usado em comic books. Rodrigo ainda é responsável pelo tratamento das imagens de arquivos e vinhetas de abertura e encerramento dos programas, também em animação, o que dá um acabamento original para uma série de documentários.

Uma parceria do A&E com a Prodigo Films, Até Que a Morte nos Separe foi criada por Giuliano Cedroni, também responsável pela direção de conteúdo, dirigida por Eduardo Rajabaly, com produção de Beto Gauss. Em função do assunto abordado, o trabalho foi conduzido com extrema discrição e cautela. Foram seis meses de filmagens nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mais de setenta entrevistas, dezenas de horas de telefonemas com advogados e parentes, e vários depoimentos inéditos, na maioria das vezes emocionantes.

O episódio de estreia, Amor e Morte na Imprensa Brasileira, narra um dos assassinatos que mais chamou a atenção dos jornais justamente por ter sido protagonizado por um dos grandes nomes da área - Antônio Marcos Pimenta Neves, diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo. O programa investiga porque um intelectual reverenciado em sua área de atuação resolveu matar friamente, com dois tiros à queima-roupa, sua ex-namorada, Sandra Gomide – 31 anos mais nova e à época, sua subordinada. Sabe-se, hoje, que o jornalista não aceitava o fim do relacionamento com Sandra e por isso a havia demitido e a estava ameaçando de morte. O desfecho da história foi um encontro dos dois num haras onde ela praticava equitação, ao qual Pimenta chegou com a intenção de se vingar.

O programa também analisa a cobertura realizada pelos principais noticiários sobre o caso e as frestas e falhas da justiça brasileira, uma vez que mesmo réu confesso e com testemunhas oculares do crime, Pimenta Neves respondeu ao processo em liberdade, sendo preso apenas 11 anos depois do assassinato. Foi só em 24 de maio de 2011 que o Supremo Tribunal Federal confirmou a pena e o jornalista foi finalmente preso. Os principais depoimentos são de: Eugênio Bucci, jornalista e especializado em mídia; João Gomide, pai da vítima; Marcelo Damas, delegado responsável pelo caso; Sandro Vaia, jornalista e ex-diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo, mesmo cargo ocupado por Pimenta Neves; Vicente Vilardaga, jornalista da revista Alfa, trabalhou com Pimenta;Carlos Franco, jornalista e ex-namorado de Sandra; Deomar Setti, dono do Haras onde Sandra foi morta; Sergei Arbex, advogado de defesa de Sandra Gomide; e Maria José da Costa Ferreira, advogada de defesa de Pimenta Neves.



Até Que a Morte nos Separe – coprodução A&E e Prodigo Films
Primeira temporada: seis episódios
A partir de 10/4, terça-feira, às 23h


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