Oi FUTURO CONTA A HISTÓRIA DA ILUMINAÇÃO CÊNICA NA EXPOSIÇÃO “ILUMINANDO O FUTURO – 50 ANOS JORGINHO DE CARVALHO”
De 04 de abril a 03 de junho, o Oi Futuro em Ipanema leva à sua galeria 50 anos da carreira de Jorginho de Carvalho, pioneiro na iluminação cênica moderna no Brasil, com mais de mil espetáculos no currículo
- A exposição trará fotos, textos e vídeos com entrevistas e depoimentos de artistas que trabalharam com Jorginho de Carvalho, responsável por elevar os antigos eletricistas à categoria de iluminadores
- Uma maquete reproduzirá um dos cenários do espetáculo "4x4" da Cia. de Dança Deborah Colker, que os visitantes poderão iluminar através de mini-refletores
Rio de Janeiro, 29 de março de 2012 – A partir de 04 de abril, o Oi Futuro conta a história da iluminação cênica moderna, no Brasil e no mundo, através de um passeio pela carreira do pioneiro iluminador do Tablado, Jorginho de Carvalho, responsável por gerar o cargo de "iluminador", em substituição ao de eletricista.
O público poderá conferir no Oi Futuro de Ipanema refletores de diversas épocas e procedências e cerca de 140 fotos cobrindo a carreira de Jorginho e de outros iluminadores. Quatro monitores exibirão vídeos com imagens de peças em que o iluminador trabalhou. A mostra também terá entrevistas de artistas que trabalharam com Jorginho e de outros iluminadores falando sobre seus processos de criação.
Com produção da EPA!, de Miguel Colker, o evento apresenta quatro núcleos: Iluminação Cênica, Passo a Passo, 50 anos Jorginho de Carvalho e Luz Interativa. Este último núcleo terá uma maquete do cenário assinado pelo artista visual Cido Meirelles para a coreografia "Cantos", que fez parte do espetáculo "4x4" (2002), da Cia. de Dança Deborah Colker. Os visitantes vão poder usar minirrefletores para criar sua própria iluminação na maquete do espetáculo.
O primeiro núcleo, Iluminação Cênica, contar um pouco da história da atividade no Brasil, trazendo registros de um dos primeiros sistemas de iluminação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e a mesa de iluminação utilizada após sua reforma, em 1934, a ADB Memolight. Também fazem parte do módulo o primeiro refletor cênico fabricado em série no Brasil, e nove dos principais tipos de refletores utilizados no teatro. Um vídeo reúne depoimentos de vinte dos mais importantes iluminadores nacionais, entre eles, Aurélio de Simoni, Maneco Quinderé, Luiz Paulo Neném, Renato Machado, Paulo César Medeiros e Djalma Amaral, que falam sobre seus processos de criação.
Os outros dois módulos exploram os 50 anos de carreira de Jorginho Carvalho, em fotos, textos, entrevistas e depoimentos de 65 artistas, entre atores, diretores, produtores e cenógrafos, que contam histórias e curiosidades profissionais e pessoais do iluminador. Dentre os entrevistados estão Deborah Colker, Osmar Prado, Antônio Abujamra, Maneco Quinderé, Lázaro Ramos, Aderbal Freire, Felipe Hirsh e Jô Soares. Além disso, quatro monitores exibirão fotos de alguns espetáculos iluminados por Jorginho de Carvalho.
Com patrocínio da Oi, apoio cultural do Oi Futuro e incentivo da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, a EPA! idealiza e realiza o projeto da exposição.
Biografia de Jorginho de Carvalho
"Eu morria de vergonha de ser ator, de estar no palco. Virei iluminador porque era a única forma de continuar atuando, de estar nos palcos, mas através das luzes",Jorginho de Carvalho.
O iluminador e diretor pioneiro da iluminação moderna no Brasil começou em 1960, no Tablado, onde, depois de se encarregar da montagem de luz de alguns espetáculos, assina sua primeira iluminação autônoma para "Ândrocles e o Leão", de Bernard Shaw, com direção de Roberto de Cleto, em 1966.
Jorginho tinha 12 anos quando foi convidado por Maria Clara Machado para trabalhar no Tablado. Fez todos os cursos, mas não o de iluminação – na época, uma função delegada aos eletricistas. "Até hoje se tem um eletricista. Os diretores e os cenógrafos, às vezes, davam uma indicação, mas não se estabelecia como linguagem. Iluminação de fulano de tal não existia. Ninguém nem sabia direito. Não tinha roteiro. Às vezes a luz já começava antes do público entrar. E não mudava também", relembra Jorginho.
Como iluminador, é premiado em 1977 com o Molière e o Troféu Mambembe pelo conjunto de trabalhos – "A Chave das Minas", de José Vicente, com direção de Ivan de Albuquerque, para o Teatro Ipanema; e "Trate-me Leão", do Asdrúbal Trouxe o Trombone. Em 1978, leva mais uma vez o Mambembe, pelo conjunto de trabalhos no teatro infantil; e, em 1980, ganha o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte, APCA, e Mambembe pelo conjunto de trabalhos com "Aquela Coisa Toda", novamente do Asdrúbal, e "Rasga Coração", de Oduvaldo Vianna Filho, dirigido por José Renato.
Sobre a EPA!
A EPA! é uma produtora de conteúdo de comunicação que cria planos estratégicos de comunicação e experiências voltadas ao público jovem. Para mais informações: www.sitedaepa.com.br.
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