HISTORY participa de expedição que desvenda, 100 anos depois, como, de fato, o Titanic se partiu e afundou

 

Especial inédito revela o mapeamento completo do local onde o acidente ocorreu, descobre novas peças do navio e acaba com dúvidas remanescentes

 

Um time de cientistas, engenheiros, arqueólogos e especialistas em imagens uniram forças para responder a questão que envolve o lendário desastre. Até bem pouco tempo atrás, ainda questionava-se como o insubmergível se quebrou e afundou nas águas geladas do Atlântico Norte em 15 de abril de 1912.

 

Em Titanic – O Mistério Resolvido, que estreia no dia 15/4, domingo, às 20h, o HISTORY acaba com as dúvidas e apresenta os achados da mais recente missão expedicionária ao local, que descobriu as peças que faltavam para resolver esse quebra-cabeça.

 

Em 2010, o HISTORY se aliou a renomados especialistas em pesquisa submarina para detalhar com exatidão o local do naufrágio. O empreendimento, liderado pelo RMS Titanic Inc., responsável pelo controle do lugar onde se encontram os destroços, anunciou novas descobertas e o primeiro mapa do "túmulo do Titanic" – que repousa em uma área de 13 km² de solo oceânico.

 

Titanic: Mistério Resolvido traz com exclusividade detalhes dessa expedição. Além disso, a partir do mapeamento, o especial também revela pela primeira vez uma visão completa do navio partido e afundando, com o recurso virtual hangar. Aplicando as técnicas utilizadas em investigações de aeronaves e espaçonaves, o time de especialistas criou uma reconstrução holográfica virtual do local do naufrágio.

 

O que faz da expedição especial é que desde que os destroços foram encontrados, há 25 anos, nunca outra equipe havia mapeado e vasculhado a área de maneira tão detalhada e completa. Ou seja, ninguém tinha as chaves para entender o que realmente havia acontecido na noite do acidente, uma vez que metade da área continuava intocada e desconhecida e ainda havia porções do navio que poderiam demonstrar como havia se quebrado.

 

Parceiros de expedição - Primeira a visitar o Titanic em cinco anos, a expedição de 2010, liderada pela RMS Titanic Inc., curadora e dona da custódia legal do Titanic, reuniu várias organizações conceituadas que nunca haviam trabalhado juntas antes. Woods Hole Oceanographic Institution's Advanced Imaging & Visualization Laboratory, líder mundial em imagem submarina, desenvolveu câmeras em 3-D e 2-D especialmente para a missão, as quais continham filmes de alta qualidade que forneciam muita claridade às imagens feitas em terreno tão profundo. O Waitt Institute for Discovery forneceu robôs autossuficientes - os AUVs (veículos marinhos autônomos), capazes de sobreviver independentes no local utilizando sonar de alta resolução. Esses dispositivos trabalharam em conjuntos com um ROV (veículo operado remotamente) fornecido pela Phoenix International, empreiteira de serviços submarinos.

 

O National Oceanographic and Atmospheric Administration (NOAA), o National Park Service's Submerged Resources Center e o Institute of Nautical Archaeology da Universidade A&M do Texas também contribuíram para a expedição. O engenheiro Parks Stephenson, o artista marinho Ken Marschall, o investigador de acidentes Jim Chiles e o especialista em Titanic Bill Sauder também serviram de consultores em nome do HISTORY.

A Tecnologia - Os AUVs percorreram toda a área de pesquisa e voltaram com imagens de alta resolução que foram agregadas a um mapa sonar. No segundo passo do processo, foi enviado um ROV com câmeras para percorrer o local onde se depositavam os detritos. "O mapa sonar é a base de toda a análise", diz Parks Stephenson. "Basicamente nos mostrou onde todos os destroços aterrissaram, o que nos deu ótima resolução para enxergar aquelas peças, incluindo algumas que nunca havíamos visto antes". David Gallo, diretor de projetos especiais da Woods Hole, disse que o filme capturado pelo ROV tinha imagens assustadoras. "Você é transportado para o chão do oceano. Até veteranos que foram ao Titanic várias vezes ficaram de queixo caído".

 

A equipe acredita que a descoberta representa uma quebra de paradigma na arqueologia debaixo d´água "Falando como arqueólogo, acho que é muito animador", diz James Delgado, diretor de herança marinha do Escritório NOAA's de Santuários Marinhos Nacionais. "Essa tecnologia e esses AUVs são uma virada no jogo", diz Chris Davino, presidente do RMS Titanic, Inc, que acrescenta que o estudo preencheu um longo vácuo na pesquisa do naufrágio: "Muito do que fizemos foi inédito. Pessoas vêm pedindo por isso há décadas".

 

A Missão e o Mapa - Os participantes da expedição geraram um mapa que não era apenas mais completo, mas mais preciso que em outras tentativas. "Houve dúzias de expedições ao Titanic, mas sem a expertise e a tecnologia necessárias nenhuma conseguiu criar um mapa de pesquisa do local", disse Chris Davino. Parks Stephenson também explicou que "expedições anteriores fracassaram porque o equipamento só conseguia cobrir uma parte do navio, já que tinham que voltar logo à superfície." Quando os especialistas fundiam essas informações fragmentadas, dados-chave eram perdidos – incluindo a localização exata de artefatos e fragmentos.

 

Além disso, ao oferecer um olhar detalhado sobre elementos do naufrágio — incluindo as superfícies do fundo do casco —, o mapeamento revelou novas peças de que se sabia pouco ou nada. Por exemplo, uma pilha de cascalho não identificado, que Stephenson e outro analista do HISTORY apelidaram de "resíduos do convés", que revelou ser a base do terceiro funil, e os decks que o rodeavam. "Isso nos deu a primeira indicação de como o navio, de fato, se partiu", afirmou Stephenson. Para David Alberg, superintendente do santuário marinho nacional do NOAA's, "é interessante entender como foi violenta essa quebra do navio para depois aterrissar nas profundezas do mar".


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