Teatro de Resistência é tema do programa CurtaDoc no SESCTV

Dirigido por Kátia Klock, programa vai ao ar dia 17 de abril, às 21 horas, e tem participação de Brígida Miranda

O programa CurtaDoc, do SESCTV, de terça-feira, 17 de abril, reúne os curtas Oficina Perdiz, de Marcelo Díaz, Zé[s], de Piu Gomes e Teatro de Titãs, de Fernando Belens. Comentados pela professora de Artes Cênicas da UDESC/ Florianópolis, Brígida Miranda, as produções refletem sobre a legitimidade da prática do teatro de resistência em diferentes espaços físicos e a importância do registro do espetáculo. 

Panorama da produção de curtas-metragens no gênero documentário, o programa CurtaDoc, produzido pela Contraponto e dirigido por Kátia Klock, reúne temas em episódios semanais com uma hora de duração. Os curtas são comentados por produtores, cineastas e pesquisadores e discutem os mais variados assuntos da cultura brasileira. No episódio Teatro de Resistência, o papel político das artes e a legitimação da prática teatral são abordados pelos curtas de Marcelo Díaz, em Oficina Perdiz, Piu Gomes, em Zé[s], e Fernando Belens, em Teatro de Titãs.

Em Oficina Perdiz, produção de 2006, Díaz apresenta a história de José Perdiz, senhor de temperamento forte e dono de uma oficina de peças de Brasília, que abriu o seu espaço de trabalho para a prática do teatro e se tornou referência no cenário teatral da capital do país. A pedido do sobrinho e ator Ivan Marques (1957 – 1995), Perdiz cedeu sua oficina para os ensaios da peça Esperando Godot, de Becket e nunca mais parou. Aos poucos a Oficina Perdiz se tornou o Teatro Oficina Perdiz, que popularizou a arte local sempre ofuscada pelo movimento artístico do eixo Rio/São Paulo. Por ser construída em espaço público, o Governo do Estado en trou com ação para demolição da oficina e esbarrou na contestação de familiares e demais envolvidos com o Teatro Oficina Perdiz. O curta traz depoimentos do próprio José Perdiz, familiares e das autoridades envolvidas no caso.

Complementar ao primeiro curta, Zé[s], produzido em 2010 por Piu Gomes, traça um paralelo entre as histórias de Zé Perdiz, de Brasília, e José Celso Martinez Corrêa, reconhecido dramaturgo e principal diretor do Teatro Oficina, fundado em 1958, no bairro da Bela Vista de São Paulo. O curta celebra a história desses dois ícones que enfrentaram problemas por fazerem teatro em lugares não permitidos. Mostra também o encontro emocionado dos dois em Brasília, no ano 2007, e reflete sobre a política e a reflexão social proposta pelo trabalho de ambos.

Teatro de Titãs (2008), de Fernando Belens, fecha o programa relativizando o espaço em que o teatro acontece. Nele o escritor espanhol, dramaturgo e expatriado Fernando Arrabal, faz uma reflexão de oito minutos ininterruptos sobre o teatro como atividade política permanente. O curta utiliza linguagem original com telas e marcações divididas, além da trilha sonora hipnotizante que convida o espectador a analisar o assunto por diferentes pontos de vista.

SERVIÇO
Programa CurtaDoc
TEATRO DE RESISTÊNCIA
Direção: Kátia Klock
Exibição: Terça-feira, 17/4, às 21h00.
Classificação: 16 anos 
Sinopse:

A professora Brígida Miranda, professora de Artes Cênicas da Universidade de Santa Catarina, comenta os curtas Oficina Perdiz, de Marcelo Díaz, Zé[s], de Piu Gomes e Teatro de Titãs, de Fernando Belens, que discutem o papel político das artes e também a legitimação da prática teatral em espaços não convencionais. 

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