Ingrid Guimarães e Preta Gil agitam o Mercadão de Madureira no "Além da Conta: Caindo na Real"


 

  

Foto: André Bittencourt / Divulgação GNT (Para salvar em alta resolução, clique na imagem com o botão direito do mouse e selecione "Salvar imagem como...")

 

Bal Harbor? 5ª Avenida? Que nada! Preta Gil leva Ingrid Guimarães e o "Além da Conta" para conhecer um dos melhores lugares de compras no subúrbio carioca, o Mercadão de Madureira. "Ofereci Miami e nada, Ofereci Nova York e nada. Aí, por incrível que pareça, quando eu falei consumo popular no Brasil ela topou na hora", diz Ingrid Guimarães, que há três anos sonha com a participação da cantora no programa. Frequentadora do subúrbio do Rio, Preta é amante declarada do Mercadão. "Me amarro num subúrbio, casei com um cara da Penha, frequento bastante, faço muitos shows por aqui, e eu amo o Mercadão de Madureira, faz anos que eu venho", revela. O episódio vai ao ar no dia 25 de janeiro, às 22h30, no canal GNT

Entre uma loja e outra, elas discutem beleza, vaidade e consumo, temas cada vez mais entrelaçados. O Brasil é o segundo maior país consumidor de produtos e serviços que visam a beleza, ficando atrás somente dos EUA. Para Preta Gil, isso decorre de uma incansável busca pela perfeição. "Existe uma indústria frenética que oferece cada vez mais opções com promessas de melhorar o corpo, o cabelo, a pele... A gente tem uma insatisfação e vive sempre em busca do melhor. E isso, independente da condição social, faz com que as mulheres caiam nessas promessas", diz.

Bem resolvida, é assim que Preta Gil se refere a si mesma, e com orgulho. Mas não foi sempre assim. "Eu perdi um bom tempo tentando ser quem eu não era", declara. Entre altos e baixos, ela confessa que já tentou todos os tipos de remédios, dietas e tratamentos estéticos para chegar a um ideal que não a representava. "Só mais tarde, com a terapia, eu entendi que aquilo era um ato de automutilação, e a mulher não precisa chegar a esse nível. Tratamentos existem para ajudar, a banalização deles é que não dá", comenta a cantora. Hoje, já de bem com sua imagem, ela defende que ser belo é ser diferente, é saber ser a melhor versão de si mesmo, sem perder a própria identidade. 

Entre os muitos assuntos abordados durante as andanças pelo Mercadão, Ingrid e Preta falam da prática do consumo diante de uma das maiores crises econômicas enfrentadas pelo país. Neste contexto, a cantora confessa que hoje tem uma relação mais saudável com o consumo, mas que já enfrentou grandes problemas de compulsão há 18 anos. "A gente não tá falando de futilidade, a gente tá falando de ser humano, que foi impregnado por tudo isso que é o mal do século. Eu agora sou uma mulher de 42 anos, mais madura e melhorei muito, mas eu já tive problemas sérios de consumo compulsivo, no nível de ter que fazer terapia", revela.

A oneomania, conhecida como doença do consumo, é um comportamento exagerado em que a pessoa usa o consumo como remédio para aliviar as emoções, tanto as negativas quanto as positivas. Preta nem sabia que a doença tinha um nome. Para entender mais sobre esse vício em compra, Ingrid Guimarães conversa com a psicóloga Tatiana Filomensky. "É como o vício em jogo, é um vício comportamental, porque não envolve substâncias químicas, mas gera um monte de sensações físicas, como descarga de prazer, adrenalina e excitação", explica a doutora.

Preta Gil revela que a doença a acompanhou por um período de sua vida, e foi com a ajuda da família que ela hoje vive uma prática de consumo consciente e equilibrada. Para transformar sua antiga compulsão em algo que ajudasse as pessoas, ela criou o Bazar da Preta no qual todas as vendas são revertidas para instituições de caridade. "O primeiro bazar que eu fiz foi muito difícil, já tem 10 anos. Eu juntei todas as minhas coisas, e com a ajuda da minha família e amigos, vendi tudo e doei para uma instituição de caridade. Isso foi transformador e eu comecei a entender que eu não precisava de nada daquilo para ser feliz", conta.

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