Criado no Rio de Janeiro, Grupo Semente visita São Paulo e mostra a relação entre o samba carioca e a capital paulista
Documentário acompanha o passeio dos músicos pelo centro de São Paulo, e show inédito apresenta repertório de samba com tons de choro e música popular brasileira
Marcos Esguleba, do Grupo Semente. Foto: Piu Dip.
No dia 22/7, domingo, a partir das 21h, o SescTV exibe duas produções que apresentam o Grupo Semente, cujo repertório musical passa pelo samba, choro e música popular brasileira. O Passagem de Som mostra o passeio do grupo pelo bairro da Liberdade, em São Paulo, pelo Teatro Fecap e pelo bar Na Aba, além de revelar os bastidores do show que o conjunto gravou no Teatro Anchieta, que é exibido na sequência, no Instrumental Sesc Brasil. A direção geral das duas produções é de Max Alvim. (Assista também emsesctv.org.br/aovivo).
O Grupo Semente foi formado em 1998, com o violonista Bernardo Dantas e a cantora Teresa Cristina em meio a uma roda de samba na Lapa, no Rio de Janeiro, quando o bairro ainda enfrentava um período de decadência e abandono. A partir dos anos 2000, novos bares, restaurantes e casas de shows começaram a impulsionar a revitalização do bairro, que hoje é considerado um dos pontos mais famosos da noite carioca. "O grupo Semente foi um pouco dessa novidade", lembra Bernardo, em entrevista ao programa Passagem de Som.
Anos mais tarde, quando Teresa Cristina seguiu em carreira solo, o grupo havia ganho dois membros para a percussão: Mestre Trambique, então da Unidos da Vila Isabel, e Marcos Esguleba, que integrava a Unidos da Tijuca e acompanha há mais de 30 anos o cantor Zeca Pagodinho. Marcos foi quem mais estimulou a continuação do grupo, que estava hesitante após a saída da cantora. "Quando Esguleba chegou incentivando, já era motivo suficiente para tocar a história", conta Bernardo.
Em 2016, após a morte de Mestre Trambique, vítima de um câncer, seu filho, apelidado de Maninho, o substituiu. Ele revela que foi a partir do Grupo Semente que descobriu de fato quem fora seu pai. "Toda a importância que ele teve para pessoas e gerações tão distintas, a gente percebe agora", afirma.
O nome Grupo Semente foi idealizado em referência ao bar onde eles se apresentavam, o Bar Semente. "No Dia Nacional do Samba, um jornalista escreveu sobre o evento e usou esse nome, que ficou", explica Bernardo. O grupo lançou seu primeiro álbum solo em 2014, um disco homônimo que, no ano seguinte, foi indicado em duas categorias do Prêmio de Música Brasileira, vencendo como Melhor Grupo de Samba. João Callado, cavaquinista do conjunto, tenta explicar o sucesso. "É um grupo bem heterogêneo, cada um veio de um lugar com uma história. É um grupo com várias vozes para somar".
Logo após o Passagem de Som, o Instrumental Sesc Brasil apresenta o show do Grupo Semente, gravado no Teatro Anchieta, no Rio de Janeiro, em março de 2018. No repertório, composições autorais e releituras de choro, samba e música popular brasileira.
Repertório: Choro Negro (Paulinho da Viola e Fernando Costa), Folhas Secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), Um Chorinho em Cochabamba (Eduardo Neves e Rogério Caetano), Caminhando (Nelson Cavaquinho), João Teimoso (João Callado), Gafieira no Coreto (João Callado), Barão da Penha (Gino de Moraes e D. Nasser), Rastapé no Chaparral (Eduardo Neves), Do Oito até a Pedra (Bernardo Dantas), Alegria em Casa (Bernardo Dantas), Damas Grátis (Eduardo Neves), Ideia (Bernardo Dantas), Na Maciota (João Callado e Mauro Aguiar) e Assanhado (Jacob do Bandolim).
Músicos: Marcos Esguleba (percussão), Maninho (percussão), Bruno Barreto (percussão), João Calado (cavaquinho) e Bernardo Dantas (violão 7 cordas) – Participação especial de Eduardo Neves (flauta e saxofone tenor).
O Grupo Semente foi formado em 1998, com o violonista Bernardo Dantas e a cantora Teresa Cristina em meio a uma roda de samba na Lapa, no Rio de Janeiro, quando o bairro ainda enfrentava um período de decadência e abandono. A partir dos anos 2000, novos bares, restaurantes e casas de shows começaram a impulsionar a revitalização do bairro, que hoje é considerado um dos pontos mais famosos da noite carioca. "O grupo Semente foi um pouco dessa novidade", lembra Bernardo, em entrevista ao programa Passagem de Som.
Anos mais tarde, quando Teresa Cristina seguiu em carreira solo, o grupo havia ganho dois membros para a percussão: Mestre Trambique, então da Unidos da Vila Isabel, e Marcos Esguleba, que integrava a Unidos da Tijuca e acompanha há mais de 30 anos o cantor Zeca Pagodinho. Marcos foi quem mais estimulou a continuação do grupo, que estava hesitante após a saída da cantora. "Quando Esguleba chegou incentivando, já era motivo suficiente para tocar a história", conta Bernardo.
Em 2016, após a morte de Mestre Trambique, vítima de um câncer, seu filho, apelidado de Maninho, o substituiu. Ele revela que foi a partir do Grupo Semente que descobriu de fato quem fora seu pai. "Toda a importância que ele teve para pessoas e gerações tão distintas, a gente percebe agora", afirma.
O nome Grupo Semente foi idealizado em referência ao bar onde eles se apresentavam, o Bar Semente. "No Dia Nacional do Samba, um jornalista escreveu sobre o evento e usou esse nome, que ficou", explica Bernardo. O grupo lançou seu primeiro álbum solo em 2014, um disco homônimo que, no ano seguinte, foi indicado em duas categorias do Prêmio de Música Brasileira, vencendo como Melhor Grupo de Samba. João Callado, cavaquinista do conjunto, tenta explicar o sucesso. "É um grupo bem heterogêneo, cada um veio de um lugar com uma história. É um grupo com várias vozes para somar".
Logo após o Passagem de Som, o Instrumental Sesc Brasil apresenta o show do Grupo Semente, gravado no Teatro Anchieta, no Rio de Janeiro, em março de 2018. No repertório, composições autorais e releituras de choro, samba e música popular brasileira.
Repertório: Choro Negro (Paulinho da Viola e Fernando Costa), Folhas Secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), Um Chorinho em Cochabamba (Eduardo Neves e Rogério Caetano), Caminhando (Nelson Cavaquinho), João Teimoso (João Callado), Gafieira no Coreto (João Callado), Barão da Penha (Gino de Moraes e D. Nasser), Rastapé no Chaparral (Eduardo Neves), Do Oito até a Pedra (Bernardo Dantas), Alegria em Casa (Bernardo Dantas), Damas Grátis (Eduardo Neves), Ideia (Bernardo Dantas), Na Maciota (João Callado e Mauro Aguiar) e Assanhado (Jacob do Bandolim).
Músicos: Marcos Esguleba (percussão), Maninho (percussão), Bruno Barreto (percussão), João Calado (cavaquinho) e Bernardo Dantas (violão 7 cordas) – Participação especial de Eduardo Neves (flauta e saxofone tenor).
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