Chay Suede, Emílio Dantas e Fabrício Boliveira são as capas da GQ de setembro

Em cliques de Hick Duarte, os galãs da nova safra da Globo ressaltam que o novo homem já existe. Pelo menos na TV! As entrevistas são completadas com falas do roteirista e diretor de TV, Rafael Dragaud, e da diretora geral de Segundo Sol, Maria de Médicis

Fotos: Hick Duarte/GQ Brasil


Aos 35 anos, Emílio Dantas vive Beto Falcão na novela "Segundo Sol", trama de João Emanuel Carneiro, exibida às 21h, na Globo. Seu protagonista é um galã comum, distante daquela imagem criada pela mídia em que o sex appeal está em primeiro plano. Ele faz parte de uma leva de atores que se sente mais à vontade e, apenas sendo, ajuda a redefinir essa imagem. "Sou assim e pronto. Já fui noiado com essa coisa de tirar a camisa, já me preocupei porque meu corpo não é maneiro. Porém, quando vejo as mulheres falando sobre aceitação, isso traz confiança. Por isso, fui com a minha pança mesmo, ela tem algo a oferecer. E meu sovaco cabeludo também. Quando me escolheram, já estava tudo ali, inclusive a pança", ri.

Ao lado de Chay Suede e Fabrício Boliveira, ele está na GQ Brasil de Setembro, edição número 88, que sai com múltiplas capas - fato que já tinha acontecido em março, quando circularam capas de Camila Pitanga, Leandra Leal, Bruna Linzmeyer e Taís Araújo no projeto GQPorElas, que teve Antonia Pellegrino como editora convidada. "Será que a gente está mudando tudo? Se for, que bom. Aí fico orgulhoso", admite ele, que tem perfil mais low-profile e que foge do estereótipo de bonzinho. "É um engano. Não sou bom moço, já fiz muita merda. Mas perco muito tempo, por prazer, tentando encontrar um jeito melhor de se viver. Falta uma energia mais feminina, essa energia do cuidado, do afeto", completa Emílio.

Sobre a superexposição, aos 26 anos, Chay - que tem a mesma leveza de seu personagem, o garoto de programa Ícaro - tira de letra. "Tento ser espontâneo, posto o que me dá vontade, não fico refletindo muito sobre o que vou dizer, o que vou postar", resume. Recentemente, o ator viu seu término de noivado com a atriz e modelo Laura Neiva ser escancarado nas redes sociais. "As pessoas criam expectativas em relação a todos os indivíduos. Com o artista é igual, às vezes essa expectativa é frustrada. (...) Quando o que dizem se distancia muito da realidade é preocupante, não pelo que estão dizendo, mas me pergunto por que é importante desfigurar alguém? Mas não perco meu sono por isso".

Mesmo sendo gago na infância, Fabrício Boliveira - hoje aos 36 anos - sempre sonhou em ser um contador de histórias. E conseguiu! Ele ajuda a compor um cenário de homens mais sensíveis, menos reféns do machismo e da beleza imposta em gerações passadas, o que para ele são os exemplos deste novo tempo. "Não é mais confortável viver neste lugar, a não ser que você seja branco, hétero e rico. O machismo é uma escravidão, até mesmo para quem tem todos esses privilégios", pontua. Sobre o fictício Roberval, ele diz que é maravilhoso fazer pela primeira vez na TV um personagem "negro, rico e vilão".

Em uma pausa da reta-final da novela da Globo, os galãs da nova geração são homens comuns e foi isso que a publicação quis destacar nos ensaios super coloridos, clicados por Hick Duarte, em um estúdio de São Paulo. Em comum, seus personagens estão longe do estereótipo de machão, como nos folhetins dos idos anos 90, e se aproximam mais da realidade atual. As entrevistas dos astros globais são complementadas com falas do roteirista e diretor de TV, Rafael Dragaud, e da diretora geral de "Segundo Sol", Maria de Médicis.

A revista - das Edições Globo Condé Nast - tem como tema desta edição o homem moderno, mais real, com conflitos, fragilidades e ambiguidades: "o novo já existe. pelo menos na TV", diz a chamada de capa. As entrevistas foram conduzidas por Natália Leão (com colaboração de Daphne Ruivo), Ademir Correa e Verônica Campos, respectivamente. Com styling de Luiz Bonassoli, os atores usam na capa Hugo Boss (Suede), Vila Romana (Dantas) e Louis Vuitton (Boliveira). A revista estará nas bancas de todo o Brasil a partir de 6 de setembro.

Outros assuntos
Ainda nesta edição, a revista tem entrevistas com Sérgio Marques (da marca Savvy), conhecido como o barão do gim, pernambucano que montou produção do destilado em Portugal; o novo curador da Bienal de São Paulo, o espanhol Gabriel Pérez-Barreiro; Lis Cereja, dona da enoteca Saint Vin Saint, que lançou um wine bar com vinhos naturais; Ricardo Kugelmas (da galeria Auroras) e Camila Yunes (discutindo o acervo de Arte da família). Por fim, uma matéria sobre os empresários brasileiros que estão investindo na produção de maconha legal, nos Estados Unidos.

FICHA TÉCNICA - CAPA

Textos: Ademir Correa, Natália Leão (colaborou: Daphne Ruivo) e Verônica Campos
Fotos: Hick Duarte
Styling: Luiz Bonassoli


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