Isfar Sarabski Trio & Shahriyan Imanov apresentam show inédito de jazz do Azerbaijão
Mesclando jazz com música persa, o espetáculo foi gravado no Festival Sesc Jazz 2018 e será exibido no SescTV como especial de fim de ano, no dia 26/12, quarta, às 22h
Isfar Sarabski. Foto: Parvis Yasdani.
Vencedor do prêmio de Melhor Pianista Solo no Festival de Montreux, na Suíça, em 2009, Isfar Sarabski, que ainda é produtor e compositor de música eletrônica, se apresenta em show inédito exibido pelo SescTV. O trio composto pelo pianista é acompanhado por Shahriyan Imanov, que toca tar, instrumento de cordas iraniano. Exibido como especial de fim de ano no canal, o espetáculo traz no repertório uma fusão de jazz com música mugham, uma das composições folclóricas da República do Azerbaijão, país de origem dos artistas. Com direção para TV de Daniel Pereira, a produção, que integrou o Festival Sesc Jazz, em agosto de 2018, na unidade Pompeia, na capital paulista, vai ao ar no dia 26/12, quarta, às 22h, e pode ser assistida também em sesctv.org.br/aovivo.
Isfar Sarabski nasceu no Azerbaijão em 1989. Ele conta que iniciou na música aos três anos de idade, quando ganhou um pequeno sintetizador de seu pai. "Eu tentava fazer alguma coisa. Ouvia composições bonitas e tentava tocar igual", recorda o artista que mais tarde foi estudar música em conservatório e em universidade.
Sobre a sonoridade do Azerbaijão, o pianista fala que surgiu entre o final do século 18 e início do 19, quando os instrumentistas tocavam mughams, cada um a sua maneira. Segundo ele, nessa época, o compositor soviético Uzeyir Hajibeyov criou a primeira música do mundo islâmico, mesclando o clássico daquele país com a ópera. "Agora continuamos isso com o jazz", comenta Sarabski, que revela que o primeiro a fazer esta combinação de clássico com o jazz, no Azerbaijão, foi o compositor e pianista Vagif Mustafazade.
Sarabski também teve contato com a MPB, quando ainda era criança. "Meus pais me deram a linda música de Antônio Carlos Jobim. Eu escutei e foi como um nascimento, porque as melodias e harmonias da música brasileira são lindas", assegura e diz que aprendeu muito sobre composição ouvindo Jobim.
No show, Isfar Sarabski acentua a fusão da música persa com o jazz ao dividir o palco com Shahriyar Imanov, que toca um instrumento peculiar da região destes artistas. "O tar é nosso instrumento nacional, muito antigo", explica Imanov, que acredita que esta mistura de sons acontece porque o Azerbaijão está situado entre o ocidente e o oriente.
Com Isafar Sarabski, no piano; Maurizio Congin, no contrabaixo; Sasha Zinger, na bateria; e Shahriyar Imanov, no tar, os músicos tocam Prelude; Planet; e G-Man, composições do pianista, além de The Edge e Novruz, que Sarabski fez em parceria com Imanov.
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