BBC Earth apresenta episódio inédito de Brasil: DNA África dia 18 de novembro, na semana da Consciência Negra
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Na próxima sexta-feira, dia 18 de novembro, às 20h10, durante a semana de comemorações pelo Dia da Consciência Negra, o BBC Earth apresenta o segundo episódio inédito de Brasil: DNA África. A série é uma produção da Cine Group, de 2016, que desvenda a origem genética de 150 afrodescendentes brasileiros. Os personagens foram escolhidos nos estados que mais receberam escravos- Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro- e viajaram à África em busca de suas origens. Este episódio, filmado no Rio de Janeiro, mostra o resgate histórico e emocional das raízes africanas da empresária de moda carioca Juliana Luna. Assim como milhões de negros brasileiros, Juliana desconhecia sua origem. Graças ao exame de DNA, ela descobriu ser descendente dos Iorubá e Fulani e viajou à Nigéria em busca de mais informações destes povos. A atriz Zezé Motta e os jornalistas Ancelmo Góis, Flávia Oliveira e Luciana Barreto também participaram do mapeamento genético no Rio de Janeiro. Outros personagens da cena carioca que participaram do projeto são Antonio Pitanga, Luiz Melodia, Martinho da Vila, Benedita da Silva, Ana de Holanda e Selminha Sorriso. O segundo episódio da série Brasil: DNA África será reapresentado pelo canal BBC Earth no sábado, 19 de novembro, às 06h59 e 12h24. A história contada pelo DNA Segundo dados do Trans-Atlantic Slave Trade Databases site onde estão catalogadas 29 mil travessias transatlânticas de navios negreiros, barcos com bandeira de Portugal chegaram a transportar 5,8 milhões de escravos para o Brasil. Em mais de quatro séculos, eles se multiplicaram e contribuíram para a formação do povo, de sua cultura, culinária e religião. Hoje, 53% dos brasileiros se declararam pardos ou negros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2014, do IBGE, mas a imensa maioria desconhece suas reais origens africanas. "Uma viagem para dentro de mim", disse Juliana Convidada a conhecer a Nigéria, a empresária carioca Juliana Luna definiu assim o encontro com suas origens: "vai ser uma viagem para dentro de mim". No encontro com o músico Femi Kuti, filho do pioneiro do Afrobeat Fela Kuti, ela afirmou: "Eu sinto que conhecer minha ascendência é o que vai fazer deste um mundo de paz". Juliana conheceu o Bairro Brasileiro, formado por ex-escravos libertos no século XIX e que conseguiram retornar para a África. Na companhia do professor e historiador Félix Ayoh'Omidire, conheceu o mito de criação do povo Iorubá e foi recebida pelo rei Oba Aderemi Adedapo, que lhe concedeu uma bênção de paz e saúde. Mas o sentimento falou mais alto quando ela visitou o Barracão Brasileiro, no porto de Bagadry, local de partida de milhares de africanos escravizados para o Brasil e que hoje é um museu. "Meu nome é Juliana Luna de Moura e isso quer dizer que eu ainda tenho o nome de escrava", conclui ao reconhecer que possui o sobrenome da família que escravizou seus antepassados. O terceiro episódio conta a história do jornalista e poeta maranhense Raimundo Garrone, que descende do povo Balanta e viaja para Guiné-Bissau. O músico Sérgio Pererê, de Minas Gerais, conhece Angola após descobrir que os seus ancestrais são do povo Ovimbundu no quarto programa. No último episódio, o músico e educador Levi da Silva Lima, de Pernambuco, descobre que descende dos Macua e visita Moçambique. Ficha Técnica: |
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