TV Cultura apresenta Jazz Sinfônica em Noite Portenha
Em gravação exclusiva na Sala São Paulo, Orquestra interpreta o melhor da música portenha com obras de Astor Piazzolla, Carlos Gardel e outros, sob a regência de Fábio Prado
São Paulo, 8 de novembro de 2016 – O programa Classicos exibe no próximo sábado (12/11) o concerto Noite Portenha com a Jazz Sinfônica. A apresentação inédita, gravada com exclusividade na Sala São Paulo, traz obras de grandes nomes como Astor Piazzola e Carlos Gardel, sob a batuta do maestro Fábio Prado. Vai ao ar a partir das 21h30, na TV Cultura.
Com o intuito de resgatar as tradições das orquestras de rádio e televisão que fizeram sucesso entre os anos 1930 e 1970, e com a proposta de dar um tratamento sinfônico à música popular brasileira e universal, a Orquestra Jazz Sinfônica foi criada. Sua formação é bastante singular. Une a orquestra nos moldes eruditos a uma big-band de jazz, produzindo uma sonoridade ímpar.
O penúltimo concerto da série Concertos na Sala São Paulo da Jazz Sinfônica apresentou o melhor da música portenha com obras de Astor Piazzolla, Carlos Gardel, Richard Galliano e Rodolfo Mederos. Com regência de Fábio Prado, o grupo sinfônico se apresentou no último dia 5 de outubro, com gravação exclusiva para TV Cultura e Rádio Cultura FM.
A Jazz Sinfônica tem como marca o tratamento sinfônico que dá à música popular, brasileira e de todo o mundo. Ao longo dos anos, a orquestra tem sido pioneira ao apresentar repertório popular de outros países da América Latina, com destaque especial à música argentina.
O intercâmbio musical realizado com convidados como Pablo Ziegler, Ramiro Boero e Diego Schissi despertou não somente o interesse pela música de nossos vizinhos, mas também trouxe à tona o encaixe magistral entre música portenha e conjunto sinfônico acrescido do ataque da big band, revelando assim uma surpreendente veia tanguera da Jazz Sinfônica.
No repertório, o grupo sinfônico apresentou músicas de Astor Piazzolla, como Introduccion al Angel, Adios Nonino, Otoño e Invierno; das "Quatro estações Porteñas", Soledad, Fuga 9, Oblivion, Libertango, Fuga y Misterio, La Mufa e Years of Solitude. De Rodolfo Mederos trouxe La Pajarera de Pentecostés; de Richard Galliano, o Tango pour Claude; e de Carlos Gardel, executou Por una Cabeza.
Essa homenagem à música argentina se deve à sua importância internacional e por encontrar enorme receptividade junto ao público brasileiro, que responde sempre calorosamente a esse tipo de repertório latino.
Vários arranjos foram criados por Cyro Pereira, maestro fundador da Jazz Sinfônica, que reconhecia a música argentina como uma das três principais influências em sua vida musical (as outras são os musicais americanos e o compositor e arranjador Radamés Gnatalli). Outras obras do programa foram arranjadas por três músicos da Jazz Sinfônica: Marcelo Ghelfi, Bel Rebelo e Cintia Zanco.
Apesar do bandoneon ser considerado um instrumento marcante da música portenha, neste concerto da Jazz ele é substituído, e muito bem, por outros instrumentos, como o piano e os saxes alto e barítono, a cargo de solistas da própria orquestra – Marcelo Ghelfi no piano, Paula Valente no sax alto e Francisco Macedo no sax barítono.
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