Fela Kuti é tema do documentário "Meu Amigo Fela" que estreia dia 7 de novembro nos cinemas

Filme sobre músico nigeriano que virou lenda em seu país já foi exibido e premiado em festivais internacionais; direção é de Joel Zito Araújo e distribuição da O2 Play

Fela Kuti em ação no documentário "Meu Amigo Fela"

São Paulo, outubro de 2019 – O documentário musical "Meu Amigo Fela" sobre o músico Fela Kuti estreia dia 7 de novembro nos cinemas. Dirigido pelo brasileiro Joel Zito Araújo ("A Negação do Brasil" e "As Filhas do Vento), o filme já percorreu festivais no Brasil e no exterior. Veja o trailer www.youtube.com/watch?v=uUR1d0nAUxU

Nascido na Nigéria em outubro de 1938, Fela estudou música em Londres e se tornou uma lenda em seu país. O documentário traz uma nova perspectiva sobre ele, considerado um dos maiores nomes da música africana e o criador do afrobeat.

Na história acompanhamos a complexidade de sua vida, desvendada através dos olhos e conversas de seu amigo íntimo e biógrafo oficial, o africano-cubano Carlos Moore. Segundo o diretor, a intenção do filme não é ser celebrativo, mas mostrar lados do cantor que poucos conhecem. "A minha tentativa de contar a história de um gênio musical, chamado Fela Kuti, foi a de que, apesar do seu grande sucesso internacional, ele passou despercebido no Brasil, e encarando de frente seu lado de sombra e as tragédias que abateram o seu espírito guerreiro." afirma.

Kuti faleceu em agosto de 1997 em decorrência de uma complicação devido ao vírus HIV.

"Meu Amigo Fela" é uma produção da Casa de Criação Cinema e faz parte do programa O2 Play Docs, da distribuidora O2 Play, ocupando salas de cinema em cidades brasileiras de todas as regiões com sessões em horário nobre.

A arte do pôster (veja foto abaixo) de "Meu Amigo Fela" foi criada por Babatunde Banjoko, artista que trabalhou com Kuti e que fez capas de discos clássicos do músico, como "Coffin for Head of State".

Fela Kuti em cena do documentário que estreia dia 7 de novembro

Dez anos até a conclusão do longa

Entre a concepção e a finalização do documentário o diretor levou dez anos. O período entre filmagens, montagem, a longa negociação por seus direitos de imagem e de música até o lançamento foram quatro anos. "Esse filme me tomou muito tempo, desde o momento que resolvi contar esta história e busquei patrocínio no Brasil. Além de ser a história de um rebelde e iconoclasta negro, era a história de um africano pouco conhecido por aqui", avalia.

Foi o próprio biógrafo de Fela, Carlos Moore, que tomou a iniciativa de procurar Joel para sugerir o filme. "Me encantei com a idéia e passei a pensar como seria a forma mais viável de contar esta história, diminuindo a pressão dos direitos. Mas confesso que o momento chave em que me encantei, foi ao ler a biografia escrita por Carlos Moore e perceber que tinha muita coisa para ser contada além dos documentários existentes. Especialmente, o pan-africanismo e o lado trágico da última parte da vida de Fela, evitada pelos outros filmes", comenta Araújo.

Prêmios internacionais

"Meu Amigo Fela" ganhou o Prêmio Paul Robeson, como o Melhor Filme realizado na diáspora africana (o que significa fora da África) no Fespaco (Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou) de Burkina Faso, que é o maior festival de cinema africano, realizada a cada dois anos. Por lá, o documentário já é considerado um dos 15 melhores filmes do ano, apesar de ter sido concebido e dirigido por um diretor afro-brasileiro. E está indicado para disputar o Oscar Africano.

"Meu Amigo Fela" também foi contemplado com o "Prêmio Especial de Júri – Competição Internacional de Longas e Médias-Metragens" no "Festival É Tudo Verdade" e ainda o prêmio de Melhor Documentário do Festival "Ecrans Noirs" do Camarões. E ainda participou de festivais importantes como o International Film Festival Rotterdam e o The Durban International Film Festival.

Antes mesmo de chegar aos cinemas brasileiros o filme já está com todas sessões esgotadas no BIF London Film Festival.

Pôster do filme

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