DOCUMENTÁRIO INÉDITO DISCUTE O FUTURO DAS GRANDES CIDADES NA TV CULTURA



Especial da TV Cultura avalia consequências e propõe reflexões sobre o mundo que construímos





Diante dos inúmeros problemas das grandes cidades, com influência direta na qualidade de vida de seus moradores, e com o objetivo de levantar discussões sobre cidadania, a TV Cultura apresenta o documentário especial Cidades - o mundo que construímos, a ser exibido no próximo domingo, dia 28 de março, às 22h.



Para chegar aos dias de hoje, o programa segue uma linha do tempo e traça um paralelo entre épocas e locais que impressionam pelo crescente dos números. Exemplo disso é quando identifica que nos anos 1950 o mundo tinha 86 cidades com mais de um milhão de habitantes e agora já são 400, sendo 15 no Brasil. Nesse ranking, a área metropolitana de Tóquio está em primeiro lugar (35,6 milhões de habitantes), seguindo-se Cidade do México (19,1 milhões), Nova York (19 milhões), Mumbai (18,8 milhões) e São Paulo (18,5 milhões de pessoas).



O especial, com uma hora de duração, mostra as consequências dessa evolução. E a insegurança é uma delas, o que tem levado cada vez mais gente a se refugiar em condomínios e a substituir a praça pública pelo shopping. Com isso, perdem-se os laços de afeição com o lugar. Também a falta de transporte público em grandes concentrações, como São Paulo e Brasília, gera congestionamentos, trânsito ruim, irritação dos motoristas e mais poluição, impactando a saúde pública.



A mulher da periferia tem seu espaço no programa quando aborda as desigualdades existentes nas cidades. Ela é o elo fraco e, não raras vezes, assume o papel de chefe da família, tendo que sobreviver com a baixa renda de trabalhos informais, morando em habitações precárias em locais sem saneamento, longe de serviços públicos como postos de saúde para os filhos.



Cidades - o mundo que construímos expõe, questiona e ouve profissionais que podem contribuir com diferentes visões. As saídas que os entrevistados apontam são uma maior participação da sociedade na discussão de seus problemas, no exercício pleno da cidadania, e a adoção de políticas públicas baseadas no desenvolvimento sustentável, englobando crescimento econômico, justiça social e proteção ambiental. Assuntos que também devem pautar o Fórum Urbano Mundial, que acontece no Rio de Janeiro, de 22 a 26 de março, promovido pelo UN-Habitat, da ONU, e que motivou a produção do especial. A ONU, inclusive, acaba de divulgar um relatório apontando Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte e Brasília como as cidades mais desiguais do Brasil. Em comparação às cidades no mundo, só perdem para três cidades sulafricanas: Buffalo City, Johannesburgo e Ekurhuleni. No entanto, o Brasil ainda é considerado pela Organização das Nações Unidas o pior da América Latina em termos de desigualdade.



Foram ouvidos, entre outros, o economista Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris; o arquiteto Nestor Goulart Reis Filho, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e o ambientalista prof. Sabetai Calderoni, consultor da Organização das Nações Unidas (ONU).



O jornalista Júlio Moreno, autor do livro O futuro das Cidades (Senac-SP), dirige o programa. Alexandre Handfest é o editor; Andresa Boni responde pelas reportagens em São Paulo; Laila Dawa é a apresentadora; e Mayana Leocádio, a coordenadora de produção.

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