Os anti-heróis no cinema são tema de debate em programa inédito no SescTV
Hugo Possolo e Tadeu Chiarelli discutem o assunto em episódio da série Contraplano, no dia 14/02, sexta, às 22h
Foto: Claudia Pinheiro
Mocinho ou bandido? Qual é a importância do anti-herói no cinema? Como ele seduz o público? Essas são algumas das questões debatidas no episódio Anti-Heróis, da série Contraplano, que o SescTV estreia no dia 14/02, sexta, às 22h, com direção de Luiz R. Cabral.
Tadeu Chiarelli, professor e curador de Artes Plásticas, e Hugo Possolo, palhaço, dramaturgo e diretor, discutem o tema a partir dos filmes Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967), com direção de José Mojica Marins; Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; A Rainha Diaba (1974), de Antônio Carlos Fontoura; e Lúcio Flávio – Passageiro da Agonia (1977), de Hector Babenco.
Hugo Possolo fala sobre a filosofia macabra utilizada pelo diretor José Mojica Marins em Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver. Para Possolo, apesar de macabra, reflete a relação existente entre os poderes de uma cidade. Tadeu Chiarelli define o filme como de terror e explica por que pensa assim.
Ao discutirem sobre Macunaíma, filme inspirado no livro homônimo de Mário de Andrade de 1928, os debatedores destacam as características de um anti-herói, que, apesar de não ter caráter, não é maligno, e sobre a sua importância. Eles também tratam da visão antropofágica do diretor Joaquim Pedro de Andrade.
Quando o assunto é A Rainha Diaba, Chiarelli e Possolo analisam o anti-herói deste filme, que é definido por eles como um marginal herói a partir da personagem inspirada na história de um transformista brasileiro conhecido como Madame Satã.
Os debatedores também comentam o anti-herói na pele de grandes assaltantes de bancos, como Lúcio Flávio, que ficou famoso nos anos 70, no Rio de Janeiro, por fazer grandes roubos a bancos, retratado no filme Lúcio Flávio – Passageiro da Agonia.
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