Música popular e erudita se misturam em concerto inédito no SescTV
O espetáculo traz o encontro do Coral Jovem do Estado com a cantora suiça Arianna Savall
Foto: Leco de Souza.
Exibido pela primeira vez na televisão, o concerto com o Coral Jovem do Estado - formado por 40 bolsistas ligados à Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP Tom Jobim) – e a soprano e harpista Arianna Savall estreia no dia 28/6, quarta, às 22h, no SescTV (assista também em sesctv.org.br/aovivo). O espetáculo integrou a segunda edição do Festival Sesc de Música de Câmara, em 2016, realizado na unidade Consolação, na capital paulista. Com direção para TV de Daniela Cucchiarelli, apresenta repertório que transita entre o erudito e o popular.
O Coral Jovem do Estado foi criado em 1979, durante o décimo Festival de Inverno de Campos do Jordão, no interior de São Paulo. Seu objetivo é desenvolver habilidades de jovens cantores, vindos de diversas regiões do Brasil, para que possam fazer parte de um coro profissional no futuro. Com a regência de Tiago Pinheiro e a preparação vocal de Marília Vargas, o grupo possui um núcleo erudito e outro popular. "Nossos eruditos cantam popular e os nossos populares cantam erudito, fazendo uma fusão democrática da música", explica Marília.
No concerto, o Coral Jovem do Estado recebe a soprano e harpista Arianna Savall e apresenta repertório que mescla música erudita à popular, em peças como Convidando Esta la Noche, de Juan García de Zéspedes (México, 1619 – 1678); Canten 2 Jilguerilos, de Francisco Escala; e Oy Nasce una Clara Estrella, de Anônimo – arquivo musical da Catedral de Bogotá, Colômbia.
Nascida na Suiça, Arianna Savall é filha de dois catalães que são referências em ritmos eruditos: a soprana Montserrat Figueras, já falecida, e o gambista, regente e compositor Jordi Savall. A artista estudou piano, harpa e canto e, em 2002, estreou no Grande Teatro do Liceu, de Barcelona, na Espanha, na ópera Orfeo, de Monteverdi, no papel de Eurídice, sob a direção de seu pai. Este trabalho abriu caminho para diversos outros importantes em sua carreira como cantora e harpista.
Arianna conta que conheceu Marília Vargas há 20 anos, na escola de música que cursavam na cidade de Basileia – em seu país –, e dessa amizade surgiu o convite para fazer parte do projeto no Brasil. "O concerto tem influências mais tradicionais da América do Sul e também europeias", diz a soprano. "É uma mistura muito bonita, com momentos muito intensos, no qual todos nós tocamos e cantamos; e momentos mais íntimos, com apenas guitarra, flauta e harpa, ou eu, ou a Marília, ou o Tiago cantando", completa.
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