Investimentos e adaptações de infraestrutura garantem aos cadeirantes mais acesso à cultura


Além de leis sobre lugares reservados e meia entrada, é preciso aproveitar o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência para conversar mais sobre a acessibilidade dentro dos estabelecimentos

Foi celebrado em 21 de setembro o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Definida propositalmente para ser próxima do início da primavera, a data tem o bonito significado de representar o nascimento e a renovação da luta das pessoas com deficiência, para que essa luta sempre floresça, assim como as flores durante a estação.

Mas não é só de simbolismos que essa data é feita. O Dia, na verdade, surgiu como forma de garantir a integração dessas pessoas na sociedade de maneira igualitária e sem preconceitos. Mais do que apenas garantir benefícios financeiros, como meia entrada ou gratuidade em shows, peças e cinemas, é preciso investir em infraestrutura, reservar locais e garantir que o acesso seja o mais simples possível.

Para assegurar que os cadeirantes tenham ainda mais facilidade de acompanhar esses eventos, o presidente Michel Temer assinou, em junho deste ano, um decreto que aumenta o número de lugares reservados para pessoas com deficiência em cinemas, teatros, auditórios e estádios, entre outros locais. A medida altera outro decreto, de 2004, que regulamenta a reserva desses espaços. O novo texto faz uma diferenciação entre os locais com até mil lugares, e os que têm mais que isso. No primeiro caso, deverão ser reservados 2% de espaços para cadeirantes, e outros 2% de assentos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Já no caso de locais com mais de mil lugares, são vinte espaços para cadeirantes, mais 1% do excedente dos mil lugares, e o mesmo número de assentos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Mas, contextualizado em um cinema, por exemplo, esse decreto está pensando na última etapa que o cadeirante vai ter que passar antes de assistir ao filme. Garantir que lugares sejam reservados e meias entradas sejam cobradas não muda em nada o fato de que em parte dos cinemas do Brasil o cadeirante precisa transpor barreiras físicas (como degraus, portas de banheiro estreitas, escadas) para depois ainda assistir ao filme em um local pouco privilegiado, próximo demais da tela.

Pensando em como deixar a experiência desse consumidor mais completa, a Rede Cinesystem Cinemas, por exemplo, que está presente em 26 estados brasileiros, investiu mais em infraestrutura nos últimos empreendimentos lançados e vem recebendo feedbacks positivos. O foco foi adaptar da melhor maneira os ambientes para que o cadeirante se sinta tão confortável quanto qualquer outro cliente ao entrar naquele local.

Ao chegar em um desses cinemas adaptados, os cadeirantes podem realizar a compra na bomboniére em uma fila preferencial e se dirigirem às salas por meio de um elevador exclusivamente projetado para isso. Nesses cinemas o local mais bem posicionado da sala, com uma boa distância da tela e em um corredor bem centralizado, é reservado para os cadeirantes. Os corredores nessa fileira são mais largos – para que uma cadeira de rodas possa circular sem obstáculos – tem espaço para os acompanhantes não cadeirantes e até poltronas de alta qualidade e conforto.

Ao todo hoje seis cinemas da Cinesystem já são totalmente equipados com plataformas elevatórias, elevadores e locais privilegiados durante a exibição. Para aqueles que querem assistir aos principais lançamentos do mercado em um local especial, os multiplex são: Shopping Metrópole (PA), Parque Shopping (AL), Shopping Paulista North Way (PE), Morumbi Town Shopping, Shopping Itaboraí (RJ) e Américas Shopping (RI). Em dois desses casos, em Maceió e na capital paulista, os lugares reservados ficam dentro da área VIP – sem que valor nenhum extra seja cobrado por conta disso.


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