3ª Mostra Sesc de Cinema será lançada em Paraty com homenagem a Adélia Sampaio
Programação gratuita exibirá os 42 filmes selecionados de todo o país, além de promover oficinas e mesas de debate com cineastas
De 2 a 9 de novembro, Paraty recebe o lançamento da 3ª Mostra Sesc de Cinema. Essa é a primeira vez que a abertura acontece na cidade da Costa Verde, no Rio de Janeiro. Este ano o evento homenageia Adélia Sampaio, a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil, "Amor Maldito", de 1984. Durante uma semana serão exibidos na Unidade Sesc Santa Rita e no Cinema da Praça, os 42 filmes selecionados, sendo 32 do Panorama Brasil e 10 do Panorama infanto-juvenil, que compõem a Mostra Sesc de cinema 2019. De lá, as produções circularão por todo país até o dia 15 de dezembro. Além disso, a programação contará com mesas de debates sobre as produções e temas relacionados ao atual cenário do audiovisual no país.
"Esta é uma iniciativa de valorização da produção audiovisual nacional. A Mostra conta com representantes de todas as regiões do país e amplia o acesso da população a uma filmografia que expresse a diversidade contemporânea", explica Marco Aurélio Fialho, analista de Cultura do Departamento Nacional do Sesc.
A programação terá a exibição dos filmes selecionados, sessões especiais com produções reconhecidas, como "Bacurau", dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, "A Rainha Nzinga chegou", de Junia Torres, e "Mata Negra", de Rodrigo Aragão, além de debates, oficinas e duas pré-estreias: "Rua Guaicurus", de João Borges, e "Nois por nois", de Aly Muritiba. "Com a Mostra, o Sesc cumpre uma missão importante da sua atuação na área cultural, que é democratizar o acesso ao cinema, além de permitir que artistas e cineastas de todo o Brasil mostrem seus trabalhos ao grande público", reforça Fialho.
No dia 3, às 18h30, o destaque fica por conta da sessão em homenagem a Adélia Sampaio, com exibição do longa "Amor Maldito (RJ)" e debate com a cineasta. No dia 4 será a vez da diretora Junia Torres, de "A Rainha Nzinga chegou" participar de conversa com o público. Já no dia 9 serão anunciados os cinco filmes de destaque da Mostra, a partir da escolha popular e de um júri formado por cinco profissionais, com um representante de cada região brasileira.
O público também poderá participar das oficinas "Crítica de Cinema Feminista", com Isabel Wittmann (2 e 3/11); "Curadoria e Programação em Cinema: Reflexões Teóricas e Práxis Crítica, com Amaranta Cesar, (3 e 4/11); "Efeitos especiais em maquiagem", com Rodrigo Aragão, que irá ensinar ferramentas e conhecimentos básicos para quem quer trilhar e explorar as maquiagens FX, utilizada principalmente em filmes de terror; "Como produzir, realizar e distribuir um filme de baixo orçamento", com Cavi Borges e Patricia Niedermeier (4 a 8/11), entre outras.
Estão na programação os longas "Estrangeiro" (PB), escrito e dirigido por Edson Lemos Akatoy, que mostra uma viagem sensorial e poética nas memórias de Elisabete; "Abrindo as Janelas do Tempo" (SC), dirigido por Santiago José Asef, que traduz uma história de amor, de perda, espera e aceitação; os médias-metragens "Catadora de Gente" (RS), um tocante depoimento dos preconceitos e da dura trajetória de Maria Tugira Cardoso, uma mulher como tantas outras catadoras no Brasil, e o documentário "O céu dos índios Desâna e Tuiuca" (AM), que tenta desvendar a astronomia indígena produzida por estas etnias amazônicas. Entre os curtas estão "Aurora" (SE), um ensaio cinematográfico sobre as angústias que sofre uma mulher em três diferentes fases da vida; "Chamando os Ventos: por uma cartografia dos assobios" (PA), documentário sobre a ação imaginária de chamar os ventos por meio de assobios, uma dinâmica que envolve entretenimento, ancestralidade, imaginação, afetividade e memória.
A programação completa pode ser conferida em http://www.sesc.com.br/portal/site/mostradecinema/2019
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