Três gerações da família de Robert F. Kennedy em visita a diversas cidades do estado do Alabama Quando Martin Luther King Jr. proferiu discursos antológicos que ainda hoje ecoam, ele sintetizou a luta de cidadãos que não tiveram medo de assumir a liderança no movimento contra a segregação racial – entre esses líderes esteve Robert F. Kennedy, que influenciou decisões políticas cruciais para que o ativismo vencesse a discriminação. Na segunda-feira, 30 de março, às 20h o Investigação Discovery ouve pessoas que colocaram a causa na frente de seus interesses pessoais, aqueles que estiveram ao lado de Luther King e colaboraram diretamente para a revolução social que mudaria os Estados Unidos e o mundo. Marcha pela Justiça: Domingo Sangrento (March to Justice) é uma viagem no tempo por meio dos depoimentos e lembranças daqueles que sobreviveram ao passado violento e obscuro, quando o racismo era parte das regras da sociedade. Ao longo de uma hora, a produção acompanha representantes de três gerações da família de Robert F. Kennedy em visita a diversas cidades do estado do Alabama nas quais eclodiu e se desenvolveu o movimento contra a segregação racial. Imagens de arquivo e entrevistas com fontes que protagonizaram a luta por igualdade conduzem a narrativa do documentário. Nos Estados Unidos da década de 1950 nascia a resistência a uma nação racista que separava negros e brancos nas escolas, ônibus e ruas. Era 1º de dezembro de 1954 quando a jovem negra Rosa Parks tomou assento em um ônibus – gesto político que deu origem a um boicote à rede de transporte público na cidade de Montgomery, Alabama. A prisão de Rosa impactou o então adolescente John Lewis, que vivia em uma cidade vizinha e se tornaria um dos líderes na conquista por direitos humanos no Congresso dos Estados Unidos, atuante ainda hoje. John conta às câmeras do Investigação Discovery a efervescência dos ideais libertários, conduz o telespectador por cinco décadas de conquistas e explica as batalhas que ainda não foram ganhas. Em 1961 John esteve entre os jovens que cruzaram os Estados Unidos em ônibus, em uma jornada por liberdade que enfrentou atentados perpetrados por multidões raivosas. Cinco décadas depois, John visita as mesmas paradas que fez durante o episódio conhecido como "Freedom Rides" acompanhado por Kerry Kennedy, filha de Robert F. Kennedy, e das crianças da família Kennedy. A elas, descreve o medo e a obstinação que ele e seus companheiros compartilhavam enquanto combatiam com coragem. Outra fonte ouvida pelo documentário é Ruby Bridges Hall, ativista que aos seis anos de idade tornou-se um símbolo de resistência: ela foi a primeira criança negra a entrar na William Frantz, escola de ensino fundamental que até 1960 era frequentada apenas por crianças brancas. Ruby conta as sensações e a perspectiva infantil que definem a sua experiência individual naquele momento histórico – a garota franzina atravessou uma multidão de pais que protestavam furiosamente contra sua presença ali. O movimento crescia e ganhava apoio – em 1963, Luther King fez o discurso "Eu tenho um sonho" e conclamou a sociedade a ingressar na causa pela igualdade. Semanas depois, aconteceria a explosão criminosa na Igreja Batista de Birmingham – a sobrevivente Carolyn McKinstry conta como foi o atentado que vitimou quatro garotas. Na fala de personagens como Carolyn, John e Ruby, o passado ganha vida com todas as suas tragédias e as vitórias daqueles que morreram por um mundo melhor. Graças a eles, a luta continua. SERVIÇO Marcha pela Justiça: Domingo Sangrento (March to Justice) Estreia: segunda-feira, 30 de março, às 20h Classificação indicativa: 14 anos |
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