Eurochannel reapresenta minissérie francesa sobre conflitos armados que definiram política local nos anos 30

Os principais pensamentos e ações do partido de extrema direita que existiu na Europa em meados dos anos 1930 estão representados na minissérie francesa A Extrema Direita (A Droite Toute, 2009), que é exibida pelo Eurochannel no dia 29/7, sexta-feira, a partir das 22h. Os quatro episódios são apresentados de uma só vez.

 

A produção é exibida gira em torno do industrial François Salmon (Bernard-Pierre Donnadieu), membro de uma das famílias mais ricas da Europa, que sofre uma reviravolta em sua vida ao entrar para um movimento de extrema direita, no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial. Fundador de uma montadora de automóveis e figura importante da alta sociedade francesa, Salmon encara a vitória do partido de esquerda como uma ameaça a sua família e a sua classe, e decide se juntar ao grupo de extrema direita La Cagoule, liderado por Deloncle (Didier Bezace). No grupo, ele passa a defender a bandeira do anticomunismo e antissemitismo. Junto com os demais membros, luta para derrubar a República, contando com o apoio do Exército.

Eurocinema: Minissérie A Extrema Direita
Dia 29/7 (sexta-feira), a partir das 22h

 

Parte I

Em 1935, o industrial e fundador da montadora Automobiles Salmon, François Salmon (Bernard-Pierre Donnadieu) apresenta os seus modelos no Salão do Automóvel, enquanto Danielle (Hélène Degy), sua filha mais velha, participa de um evento no Racing Club da França, e Annie, a mais nova, pratica exercícios de tiro numa feira, na companhia de dois amigos. Um deles é o militante comunista Adrien Gérard (Loïc Corbery), secretamente apaixonado por ela. Já Simone (Béatrice Agenin), mãe das garotas e negligenciada por Salmon, está traindo o marido com Lequesne (Samuel Labarthe), um dos principais escritores fascistas da época e brilhante editor da imprensa de extrema direita e antissemita. Darnand e Deloncle também são da extrema direita e antissemitas, além de fundadores do movimento La Cagoule, que tem como missão derrubar a República. Salmon também financia um jornal com tendência fascista. No ano seguinte, durante um jantar de gala em sua casa, para celebrar o casamento de sua filha mais velha, Salmon é avisado de que os socialistas, comunistas e radicais venceram as eleições legislativas.

 

Parte II

Apesar das greves que estouraram desde a notícia da vitória da esquerda, Salmon (Bernard-Pierre Donnadieu) continua a trabalhar com seus engenheiros. Repentinamente, três mil de seus trabalhadores reunidos no pátio da fábrica decidem por uma greve imediata. Obrigado a deixar a própria fábrica, Salmon pega seu carro e enfrenta uma barreira de trabalhadores bloqueando o portão principal. Por pouco, ele não faz vítimas. Com raiva, Salmon vai até o parque Saint-Cloud para tentar se acalmar. Lá, seu principal engenheiro, Savary (Hervé Briaux), que também é de extrema direita, propõe um encontro com Deloncle (Didier Bezace), que lhe conta a respeito de um complô poderoso e fortemente armado para derrubar a República.

Parte III

Três meses depois, no Studio 28, templo por excelência do cinema, durante uma projeção do filme A Grande Ilusão (La grande illusion, 1937), de Jean Renoir, Adrien (Loïc Corbery) e Elie (Florian Cadiou) constatam que a relação entre Annie Salmon (Delphine Chuillot) e Dalayrac (Nicolas Beaucaire) não somente ainda está viva, mas prospera. Misturando tudo – o ciúme e a ânsia de ação política – Adrien decide, para surpresa de Elie, renunciar bruscamente ao seu novo emprego e se alistar nas "Brigadas Internacionais", que estão prestes a combater ao lado dos Republicanos Espanhois.

 

Parte IV

Lequesne (Samuel Labarthe) decide terminar de escrever seu romance. Deloncle (Didier Bezace) avisa que muitas coisas deverão acontecer. Curiosamente, de longe, os dois são observados por um leitor de jornal, sentado em um banco. Mais tarde, o movimento La Cagoule explode a sede do Patronato Francês, na rue de Presbourg. A imprensa de direita acusa unanimemente os Comunistas.