VISÕES PERIFÉRICAS 2012 homenageia Eduardo Coutinho

Festival Visões Periféricas 2012

Data: de 16 a 25 de agosto

Oi Futuro em Ipanema

Centro Cultural Justiça Federal

Instituto Cervantes

Comunidades populares

Entrada franca

 


 

Festival apresenta 104 filmes, a maioria inédita no Rio de Janeiro, com exibições em salas de cinema, espaços comunitários em favelas cariocas e praça pública;

 

Evento tem patrocínio da Oi e da CCR, com apoio cultural do Oi Futuro

 

A sexta edição do Festival Visões Periféricas, evento de referência na área de audiovisual, educação e tecnologias, vai ser realizada de 16 a 25 de agosto, em três salas de cinema, espaços comunitários em favelas cariocas e em uma praça pública. O festival vai exibir uma seleção de 104 filmes, distribuídos em quatro mostras, das quais três são competitivas.

 

"Tivemos mais de 600 inscrições e dos 104 filmes selecionados para exibição, 94 são inéditos no Rio de Janeiro, o que demonstra a importância que o festival assume no cenário audiovisual brasileiro e carioca", avalia Karine Melissa Mueller, coordenadora de projetos da Imaginário Digital, realizadora do festival.

 

O Festival não é apenas dedicado à exibição de filmes, mas promove o intercâmbio de linguagens e de produções do audiovisual que vêm das periferias (como favelas, comunidades quilombolas e indígenas), feitas por pessoas que vivem à margem dos circuitos formais da economia, da arte, da comunicação, e que criam suas próprias lógicas de circulação cultural. O Visões Periféricas é também um espaço de experimentação de novas tecnologias e de mídias a serviço da democratização dos meios de produção e difusão, além de uma forma democrática de divulgar as produções surgidas na cultura digital.

 

"É um grande laboratório não só estético como social", diz Marcio Blanco, coordenador geral e idealizador do Festival Visões Periféricas. "Nossa intenção é divulgar os filmes produzidos em projetos, oficinas e escolas populares que utilizam o audiovisual como meio de expressão criativa e desenvolvimento social. Também tentamos provocar uma reflexão sobre essas obras e promover o intercâmbio entre as diferentes instituições e grupos realizadores existentes no Brasil e em países ibero-americanos", completa.

 

Eduardo Coutinho: o homenageado

 

A cerimônia de abertura será marcada pela homenagem ao cineasta Eduardo Coutinho. Aos 79 anos e com dezenas de prêmios, entre os quais o do Festival de Berlim, por "Cabra marcado para morrer", Coutinho é considerado um dos mais importantes documentaristas do país. Seu trabalho é marcado pelo registro de emoções e aspirações das pessoas comuns, sejam camponeses diante de processos históricos ("Cabra Marcado para Morrer") ou moradores de um condomínio de classe média baixa carioca ("Edifício Master"). 

 

Coutinho passou alguns anos trabalhando com documentários em vídeo para o Centro de Criação da Imagem Popular – Cecip, que também será homenageado por 25 anos de atuação. São dessa época "Santa Marta" e "Boca de Lixo", visões humanistas sobre populações marginalizadas. Nos filmes, o documentarista costura os depoimentos para mostrar o desejo dos moradores destas comunidades em desmistificar a relação da pobreza/favela como ponto negativo de uma sociedade.

 

Tecnologias e linguagens da periferia

 

Com patrocínio da Oi e da CCR, com apoio cultural do Oi Futuro, o Festival também aposta em mostras com foco em inovações tecnológicas, como a Tudojuntoemisturado, que mistura produções feitas com dispositivos móveis, com celulares e câmeras fotográficas. "Ao patrocinar mais uma vez o Festival Visões Periféricas, a Oi pretende abrir espaço para novos artistas e a renovação da linguagem audiovisual, reafirmando o compromisso do Oi Futuro com a democratização do acesso à cultura e a valorização da diversidade cultural", afirma Maria Arlete Gonçalves, diretora de Cultura do Oi Futuro.

 

Os novos aplicativos móveis impulsionam ainda mais a produção de filmes e hoje muitos festivais audiovisuais já reconhecem a importância dessa categoria. A tecnologia permite a produção e difusão audiovisual a custos cada vez mais acessíveis e filmes circulam a velocidade dos bytes pelas redes sociais. Não é à toa que hoje o Festival Visões Periféricas tem exibições em salas de cinema e na internet.

 

 

Programação tem maioria de inéditos

 

Visorama: mostra competitiva. Filmes de até 30 minutos produzidos por alunos de projetos de formação em espaços populares que utilizam o audiovisual como meio de expressão.

 

Fronteiras Imaginárias: mostra competitiva. Filmes de até trinta minutos produzidos por qualquer realizador, incluindo ex-alunos de projetos populares de formação audiovisual.

 

Ibero-americana: a mostra vai reunir filmes produzidos em cursos, escolas e oficinas de audiovisual localizados em países ibero-americanos, exceto no Brasil. Grande e diversificado, o continente latino conserva muitas particularidades entre seus países e com as metrópoles que os colonizaram. A seleção de filmes revela retratos peculiares desses lugares, ao mesmo tempo compostos de aspectos sociais tão comuns e diferentes a todos os países. Na plateia e nas mesas de debate, estarão realizadores, diretores e atores ibero-americanos.

 

Tudojuntoemisturado: mostra competitiva, que mistura produções de até três minutos feitas com dispositivos móveis, com celulares e câmeras fotográficas, e sob as mais variadas linguagens, entre as quais remixagens e videoclipes, modalidade audiovisual em alta nas periferias brasileiras, estimulada pelo funk e o rap. Serão escolhidos 15 filmes inscritos para votação online no site do Festival. O filme mais votado será premiado.

 

Oficina Madureira Vale um Filme

 

Entre os dias 20 e 24 de agosto, será realizada a oficina de produção audiovisual "Madureira Vale um Filme". Durante uma semana, 30 jovens vão participar das aulas da oficina, com direito a equipamento profissional para gravação e edição dos vídeos, além de acompanhamento de um orientador. O objetivo é introduzi-los à estética audiovisual através da produção de vídeos com duração de até três minutos. Os vídeos devem ter como principal tema o bairro de Madureira, seus moradores e a cultura local. Os filmes serão analisados por um júri formado por especialistas da área audiovisual, e os cinco melhores receberão prêmios, no valor total de R$ 7 mil. No final da oficina, os vídeos serão exibidos em uma sessão especial durante o Festival. Esta iniciativa conta com o patrocínio da CCR e com apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Município.  

 

Serviço da Oficina:

Local: Nave do Conhecimento. Parque Madureira, s/nº – Altura da Rua Manuel Marques.

Data da oficina: de 20 e 24 de agosto

Dia 25/08: Sessão especial, todos os vídeos serão exibidos durante a 6ª edição do Festival Visões Periféricas, no Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241, Centro.)

Inscrições pelo site: http://madureiravaleumfilme.com

 

Confira a lista dos filmes selecionados para a edição deste ano site do Festival.

www.visoesperifericas.org.br/2012

 

Serviço do Festival Visões Periféricas 2012 – 6ª Edição

Data: de 16 a 25 de agosto

Locais de exibição:

- Oi Futuro (Rua Visconde de Pirajá, 54 – Ipanema - metrô Gal. Osório)

- Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco 241 - metrô Cinelândia)

- Instituto Cervantes (Rua Visconde de Ouro Preto, 62. Botafogo. Tel. 3554-5915)

- Comunidades: Babilônia, Cantagalo, Santa Marta, Mangueira e Vila Parque da Cidade   

Entrada franca em todos os locais de exibição

 

Imaginário Digital – Há cinco anos a Imaginário Digital, associação cultural sem fins lucrativos, vem produzindo o Festival Visões Periféricas. Criada em 2008 para desenvolver projetos de Comunicação, Educação e Novas Mídias, a instituição trabalha para que cada vez mais pessoas possam se apropriar das tecnologias para comunicar e desenvolver o seu projeto de transformação social.

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