História de vida de Henry Sobel é contada em documentário inédito da TV Cultura
Com depoimentos de Dan Stulbach, Juca Kfouri, Maria Adelaide Amaral e Fernando Henrique Cardoso, entre outros, o programa será exibido no dia 10/8 (domingo), às 21h
São Paulo, 8 de agosto de 2014 - A história de vida de Henry Sobel e a importância de sua presença diante de fatos marcantes do País convergiram para o documentário Henry Sobel, Luz e Sombras de um Rabino. O filme, dirigido por Hélio Goldsztejn, desenha os caminhos de uma das figuras mais conhecidas dos brasileiros, desde a infância na Europa, a juventude nos Estados Unidos e os mais de 40 anos vividos no Brasil. Vai ao ar no dia 10/8 (domingo), às 21h, na TV Cultura.
Depoimentos de pessoas que conviveram com Henry Sobel embasam momentos luminosos e outros mais controversos e polêmicos de sua trajetória. Entre eles estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ator Dan Stulbach, os jornalistas Juca Kfouri e Audálio Dantas, Dom Cláudio Hummes, a novelista Maria Adelaide do Amaral, Clarice e Ivo Herzog.
O programa mostra que o perfil humanista de Sobel e sua participação ativa nos movimentos políticos foram muitas vezes decisivos para os rumos da história recente do país. "Antes de ser rabino eu sou um homem", declara ele, remetendo essa autodefinição à importância dos pais. "Aprendi com meu pai que a missão do judeu é tornar o mundo mais humano". Sua capacidade de liderança tem outra origem, quando ele afirma: "Sempre achei importante a tomada de posição na sociedade".
Outras declarações dos entrevistados reforçam o papel relevante de Sobel, principalmente durante a ditadura e na morte do jornalista Vladimir Herzog. "Acho que ele deixou uma marca muito forte no Brasil. Primeiro porque ele era rabino, segundo porque ele era americano e terceiro porque também era liberal e se comprometia. Isso não é fácil", diz Fernando Henrique Cardoso. Maria Adelaide Amaral e Dan Stulbach são unânimes para defini-lo: "Ele é um personagem... um herói de verdade", afirma a novelista.
Não ficaram de fora temas polêmicos e que colocaram em risco a imagem de Sobel. O uso de maconha, a entrevista para a revista Playboy, em 1993, e o roubo de uma gravata são encarados por ele de forma transparente. Neste último episódio, que resultou em sua prisão, ele se diz arrependido. "Aquilo foi uma falha moral e o preço mais alto foi uma alma machucada".
A relação com a família, o trabalho semanal de visitas que faz aos pacientes do Hospital Albert Einstein e a imagem de Sobel sobre os entrevistados deste documentário compõem o perfil humanista do rabino, que finaliza dizendo: "De qualquer forma, eu sou aquilo que eu sou".
O documentário Henry Sobel: luz e sombras de um rabino conta com a participação dos convidados: Fernando Henrique Cardoso, Dan Stulbach (ator), Cardeal Dom Claudio Hummes, Clarice Herzog (viúva de Vladimir Herzog), Ivo Herzog (filho de Vladimir Herzog), Juca Kfouri (jornalista), Maria Adelaide Amaral (dramaturga e escritora), Audálio Dantas (jornalista e escritor), rabino Michel Schlesinger, da CIP (Congregação Israelita Paulista), Sergio Kulikovsky (presidente da CIP) eTelma Sobolh (voluntária do Hospital Albert Einstein).
Há ainda depoimentos de arquivo do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, José Carlos Dias (advogado), Paulo Markun (jornalista) e Boris Fausto (historiador).
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 53 minutos
Ficha técnica
Helio Goldsztejn - direção; Enéas Carlos Pereira – roteiro e montagem; Eneida Barbosa - produção executiva; Fernanda Pedroso - produção; Felix Luiz Mesa - edição e finalização; José Elias da Silva – imagens; e Alcides de Almeida e Marco Araujo – áudio.
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