MOSTRA MIGUEL FARIA JR. NO CANAL BRASIL

A trajetória do cineasta será contada através da exibição de Retratos Brasileiros inédito e de cinco longas-metragens a partir do dia 20 de janeiro

 

Diretor, produtor e roteirista, Miguel Faria Jr. nasceu no Rio de Janeiro em 1944. Com uma vasta carreira – iniciada no final dos anos 1960 – faz parte da segunda geração dos cinema-novistas. Em sua filmografia, constam dez títulos que versam sobre os mais variados temas, tais como amor, violência, preconceito e pobreza.

 

Sua contribuição à sétima arte brasileira, no entanto, não se restringiu apenas à realização. De 1993 a 1995, participou ativamente do processo de recuperação da indústria cinematográfica no período conhecido como Retomada, ao exercer a função de Secretário Nacional para o Desenvolvimento Audiovisual. Durante a gestão, procurou implementar políticas de apoio e fomento à produção no país.

 

Para relembrar a trajetória do cineasta, o Canal Brasil exibe cinco longas-metragens de sua autoria: "Pedro diabo ama Rosa meia noite" (1969), "República dos assassinos" (1979), "Para viver um grande amor" (1984), "Stelinha" (1990) e "O Xangô de Backer Street" (2001); além do Retratos Brasileiros – 2 Vezes com Miguel Faria Jr. (2011), assinado por Betsy de Paula.

 

Programação da Mostra Miguel Faria Jr.:

 

Dia 20 de janeiro, madrugada de sexta para sábado, à 0h30:

INÉDITO E EXCLUSIVO - Retratos Brasileiros – 2 vezes com Miguel Faria Jr. - (2011) (25') - Num bate-papo íntimo e revelador, Miguel Faria Jr. relembra a estreia em longas-metragens, com "Pedro diabo ama Rosa meia Noite" (1969), e os filmes que realizou. A entrevista é entrecortada por imagens de "Pecado mortal" (1970), "Um homem célebre" (1974), "O Xangô de Baker Street" (2001) e "Vinicius" (2005).

O biografado contabiliza na carreira a direção de dez títulos, além de ter atuado como produtor executivo em muitas obras, dentre elas, "Getúlio Vargas" (1975), "Tensão no Rio" (1981), "Mil e uma" (1991) e "Tieta do Agreste" (1995). No programa assinado por Betsy de Paula, o cineasta fala da atual política de financiamento das produções brasileiras, do papel da Ancine e relembra seu processo criativo, com destaque para a realização de "Vinicius" (2005), feito a partir de um pedido da família do poeta. O que originalmente seria uma ficção se transformou em um bem-sucedido documentário, visto por 270 mil espectadores.

 

Dia 20 de janeiro, madrugada de sexta para sábado, à 1h: 

Longa-metragem: O Xangô de Baker Street (2001) (119') Baseada no best seller homônimo de Jô Soares, a adaptação para o cinema traz no elenco, além dos astros portugueses Joaquim de Almeida e Maria de Medeiros e do inglês Anthony O'Donnell, renomados atores brasileiros como Marco Nanini, Cláudio Marzo, Claudia Abreu, Letícia Sabatella, Marcello Antony, Caco Ciocler, dentre outros.

A história se passa no Rio de Janeiro de 1868. A cidade vive o apogeu de sua Belle Époque tropical, respirando a influência francesa nos salões, saraus e livrarias, com destaque para a visita da diva Sarah Bernhardt (Maria de Medeiros), que, pela primeira vez, se apresenta no Brasil. Encantado com o talento da mulher, o imperador D. Pedro II (Cláudio Marzo) lhe conta um segredo: um valioso violino Stradivarius, um presente seu à baronesa Maria Luíza (Cláudia Abreu), desaparecera misteriosamente. Ela sugere que o monarca convide o famoso detetive Sherlock Holmes (Joaquim de Almeida) e seu parceiro Dr. Watson (Anthony O'Donnell) para investigarem o caso.

 

Dia 27 de janeiro, madrugada de sexta para sábado, à 0h30: 

Longa-metragem: Pedro diabo ama Rosa meia noite (1969) (72') - Com Paulo Cesar Peréio, Susana Morais, Hugo Carvana, Mário Lago, Ana Ariel e Armando Costa, dentre outros, o longa narra as artimanhas de um perigoso marginal, ferozmente caçado pela polícia. 

Inconformado com o pouco que conseguiu da vida e com a falta de perspectivas, Pedro Diabo (Paulo Cesar Peréio) quer mais e, para isso, resolve usar a força, entrando no mundo do crime e transformando-se num bandido temido. Figura recorrente das manchetes de jornais, ele tem o apoio da prostituta Rosa Meia Noite (Susana Morais), mulher de hábitos excêntricos. A dupla, no entanto, pode ter seus sonhos bizarros interrompidos por acontecimentos inesperados.

 

Dia 3 de fevereiro, madrugada de sexta para sábado, à 0h30: 

Longa-metragem: República dos assassinos (1979) (106') - Drama policial premiado nas categorias de melhor filme, ator e diretor no Festival de Cinema de Cartagena, na Colômbia. A produção narra a história de Matheus Romeiro, líder de uma das facções mais temidas da cidade do Rio de Janeiro. No elenco, estão Tarcísio Meira, Sandra Bréa, Anselmo Vasconcelos, Tonico Pereira, Ítalo Rossi, Sylvia Bandeira, Elba Ramalho, Luiz Carlos Lacerda, dentre outros.

Na década de 1970, um grupo de policiais atua como "esquadrão da morte". Seus crimes provocaram uma onda de indignação por todo o país. A aliança entre os corruptos foi formada pelo próprio governador do estado, com o apoio do senador Gilberto Martins (José Lewgoy), que deu cobertura às ações de Matheus Romeiro (Tarcísio Meira). As execuções sumárias da milícia levantaram forte suspeita de um promotor público (vivido por Rogério Fróes), que descobriu o envolvimento do bando com extorsão, narcotráfico e roubo. O longa-metragem é baseado no romance homônimo de Aguinaldo Silva.

 

Dia 10 de fevereiro, madrugada de sexta para sábado, à 0h30: 

Longa-metragem: Para viver um grande amor (1984) (104') - O musical tem no elenco Djavan, Patrícia Pillar, Glória Menezes, Nelson Xavier, Paulo Goulart, Zezé Motta, Eduardo Lago, dentre outros. O roteiro do longa foi baseado na peça Pobre Menina Rica, de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra.

Em pânico com as fortes tensões sociais que abalam o Brasil, membros da elite carioca abandonam suas casas e partem para o exterior. A cidade fica vazia, com os prédios luxuosos e os bairros ricos entregues às moscas. Vindos da periferia e dos morros, parte da população começa a ocupar os elegantes apartamentos vagos e instauram uma nova ordem social. Nesse momento se dá o encontro entre um compositor pobre (Djavan) e uma menina rica (Patrícia Pillar) que, por pertencerem a classes sociais diferentes, precisam encarar todo tipo de preconceito para viver um grande amor.

 

Dia 17 de fevereiro, madrugada de sexta para sábado, à 0h30: 

Longa-metragem: Stelinha (1990) (112') - Laureado com 11 Kikitos no Festival de Gramado em 1990, o drama narra a história de decadência e superação de uma diva do rádio. No elenco, Ester Goés, Marcos Palmeira, Ana Beatriz Nogueira, Clemente Viscaíno, Eduardo Conde, Emiliano Queiroz, José Lewgoy e Lilia Cabral, dentre outros.

Cantora de sucesso, Stelinha (Ester Góes) experimenta o ostracismo e a solidão. Para esquecer a saudade dos tempos de glória, acaba se entregando ao alcoolismo. Em uma noite, conhece o jovem roqueiro Eurico (Marcos Palmeira), que se compadece da situação vivida pelo seu ídolo na infância e resolve ajudá-la a voltar a cantar. O envolvimento dos dois dá força à artista, mas também a torna cada vez mais dependente do rapaz. Stelinha decide agarrar a chance de dar a volta por cima, porém precisa se adaptar a uma outra realidade e a um novo tempo.


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