Especial do HISTORY mensura o valor do planeta para fazer o maior inventário já realizado
Parece estranho, mas há quem se dedique a mensurar o valor financeiro da Terra. O astrofísico britânico Greg Laughlin, por exemplo, chegou ao valor de três trilhões de libras, levando em conta idade, tamanho, temperatura, massa e outras estatísticas vitais, que fizeram do planeta o mais valioso dentre os avaliados. Segundo essa lógica, Marte foi avaliado em apenas dez mil libras, enquanto Vênus é considerada menos valiosa que um penny.
Com duas horas de duração, o especial Quanto Vale a Terra?, que o HISTORY apresenta no dia 17/1, sexta-feira, às 16h45, entra nessa questão e analisa o corpo celeste, com idade estimada de 4,6 bilhões de anos. Avaliando todos os recursos atualmente disponíveis – água doce, ouro, madeira, petróleo, rochas, minérios, combustíveis fósseis e alimentos, entre outros –, especialistas fazem um levantamentoo da riqueza do planeta. Para isso, calculam a quantidade de cada um deles, estimam o quanto já foi usado ao longo da história humana e, por fim, avaliam o preço de todos os bens em estado bruto, antes de servir de matéria-prima para o uso do homem.
O ouro, por exemplo, é considerado especial por ser uma forma de dinheiro e ter sido base dos sistemas monetários praticamente durante toda a história da civilização, desde 3.500 a.C. Estima-se que todo o ouro extraído ao longo deste tempo seja equivalente a 168 mil toneladas, equivalente a mais de três quartos de todo o ouro existente na Terra, ou seja, algo em torno de nove trilhões de dólares – e ainda restam dois trilhões e meio de dólares. E embora ainda não exista um processo para coletar, há um verdadeiro tesouro no fundo dos oceanos: cerca de 15 mil toneladas em moléculas de ouro (quase oitocentos milhões de dólares), segundo os estudiosos.
Quanto Vale a Terra?, avalia essas riquezas naturais que à primeira vista parecem ter um valor inestimável. Ao precificá-las, o documentário formata um inventário valioso e calcula o valor absoluto do único planeta habitável do sistema solar. Apresenta também uma visão macro da história, examinando como preços e demanda para certos recursos mudaram ao longo do tempo e como as novas tecnologias puderam criar recursos valiosos, enquanto outros se tornaram inúteis.
Apesar de fazer o maior inventário de todos os tempos, com números astronômicos, a conclusão do especial do HISTORY é que o bem mais valioso da Terra é a imaginação humana e a habilidade intuitiva de criar novas formas de pensar e viver, para lidar com a escassez ou o excedente de matérias-primas. Para o futurista e estrategista de renome mundial, fundador da Global Business Network, Peter Schwartz, "a engenhosidade humana é vital para entender o passado e avaliar os potenciais para o futuro, e aprender a lidar adequadamente com os limites da Terra".
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