SescTV exibe curtas-metragens sobre arte de rua
Freestyle, grafite e mural são os temas do episódio da série CurtaDoc
Curta: Murales por la Identidad: Jorge Cuello. Foto: Divulgação.
Estreia no SescTV, dia 05/08, às 21h, o episódio Arte Pública, da série CurtaDoc, temporada latino-americana, dirigida por Kátia Klock. Serão exibidos três curtas-metragens: Cidade Improvisada, de Alice Riff, SP; Murales por la Identidad: Jorge Cuello, de Mauro Osorio, Argentina; e Intervenha Aqui, de Sidney Dore, RJ. Os documentários têm como tema a arte urbana, seja ela por meio da música, com o estilo livre dos rappers, ou por meio do grafite ou murais de pintura. Florencia Varella, professora de Cinema e Estética da Universidad Catolica del Uruguay, comenta o episódio.
Cidade Improvisada (2011) 19'03", SP, mostra os rappers e o estilo freestyle, onde a rua serve de inspiração para a improvisação do estilo livre. "Aqui no Brasil, a rapaziada aprendeu muito rápido todos os elementos, e não é diferente com o estilo livre de fazer rap, com o freestyle", afirma o rapper e apresentador Thaíde. "O filme capta bem o que é a vivência da arte urbana e as expressões artísticas da cidade e da música. O documentário respeita bastante a pessoa na rua, a rua como cenário", afirma Florencia Varella.
O curta argentino Murales por La Identidade: Jorge Cuello (2013), 10'53", apresenta a elaboração de um mural na rodoviária de Córdoba, Argentina. O mural faz parte do projeto Abuelas de Plaza de Mayo – Córdoba, uma organização não governamental que tem como objetivo localizar e retornar as suas famílias legítimas crianças desaparecidas ou sequestradas pela repressão política na época da ditadura militar argentina.
"Existe uma possibilidade de que isto sirva para alguma coisa e que cumpra com o objetivo que é recuperar os netos. Isto é uma tarefa. Esta viagem de 'Murais pela Identidade' não convoca só a mim, mas há muitos artistas colaborando, realizando esses murais em outros lugares", acredita o artista plástico Jorge Cuello, autor do mural.
Intervenha Aqui(2011), 14'50", RJ, traz depoimentos de grafiteiros. "Cada viela que eu passo, cada parede que eu vejo, cada faixada que eu visualizo, eu olho e penso, poderia ter uma arte minha ali, ou enfim, a arte de alguém", diz o grafiteiro Kajaman. O grafite é uma arte urbana que nasce e morre na rua. Para o grafiteiro Venon, "a arte de rua é para todo mundo".
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