CINEMA ORIENTAL NA TELA DO FUTURA EM JANEIRO
Cine Conhecimento vai exibir filmes dos diretores Apichatpong Weerasethakul, Tian Zhuangzhuang, Zhang Yuan e Rashid Masharawi
O Oriente marca presença, em janeiro, na tela do Futura. O Cine Conhecimento vai mostrar, aos sábados (10, 17, 24 e 31/1), 22h, longas-metragens de Apichatpong Weerasethakul ("Síndromes e um Século"), diretor do cinema independente tailandês; dos chineses Tian Zhuangzhuang ("O Sonho Azul") e Zhang Yuan ("Pequenas Flores Vermelhas"); e do palestino Rashid Masharawi ("Haifa").
Além da exibição dos filmes, o Cine Conhecimento transmite ao público informações sobre as obras, como detalhes de produção, história, curiosidades, premiações, perfil de profissionais e análise de linguagens, a fim de compreender comportamentos e diferenças culturais. Os comentários são apresentados por Lorena Calábria com a participação de convidados: a cineasta Laís Bodanzki e o crítico de cinema e DJ Marcelo Janot.
Veja abaixo a ordem de exibição e sinopses.
CINE CONHECIMENTO
Exibição: sábados, 22h
Reprise: domingos, 22h
SINOPSES
10/1 – sábado, 22h
Reprise: 18/1, domingo, 22h
SÍNDROMES E UM SÉCULO
Direção: Apichatpong Weerasethakul
Produção: Tailândia/França (2006)
Classificação indicativa: 12 anos
Com Jaruchai Lamaram, Jenjira Pongpas, Nantarat Sawaddikul, Sophon Pukanok
"Síndromes e um Século" explora como funciona nossa memória e como nosso sentimento de felicidade pode ser desencadeado por coisas aparentemente insignificantes. É um filme em duas partes, que por vezes se espelham. Os dois personagens principais são inspirados nos pais do diretor, Apichatpong Weerasethakul, nos anos que antecedem seu relacionamento. A primeira parte aborda a vida de uma médica e se passa em um espaço que lembra o mundo no qual o cineasta nasceu e foi criado. A segunda parte é focada em um médico e se passa em um espaço mais contemporâneo, que se assemelha ao mundo atual.
17/1 – sábado, 22h
Reprise: 25/1, domingo, 22h
O SONHO AZUL
Direção: Tian Zhuangzhuang
Produção: Hong Kong/China (1993)
Classificação indicativa: 10 anos
Com Lu Liping, Yi Tian, Zhang Wenyao, Chen Xiaoman, Pu Quanxin, Xuejian Li
O filme retrata a história de uma família de Pequim, de seus vizinhos e seus amigos, enquanto vivem os movimentos políticos e as revoltas sociais dos anos de 1950 e 1960, na China. A história é contada em flashback, a partir da perspectiva de um menino, que lembra os três casamentos de sua mãe, por três vezes viúva, e a turbulência política que forma o pano de fundo de sua vida. Ao mesmo tempo um drama familiar e uma história de transição da infância para a adolescência, o filme aborda o período de 1953 a 1967.
24/1 – sábado, 22h
Reprise: 1/2, domingo, 22h
PEQUENAS FLORES VERMELHAS
Direção: Zhang Yuan
Produção: Itália/China (2006)
Classificação indicativa: livre
Com Chen Manyuan, Dong Bowen, Ning Yuanyuan, Zhao Rui
"Pequenas Flores Vermelhas" acompanha um menino de quatro anos que está entrando na escola pela primeira vez. É uma parábola contemporânea (pós Revolução chinesa de 1949) sobre a natureza, as complexidades e vicissitudes de ser obrigado a se encaixar numa sociedade que exige isso. Baseado em livro de um dos escritores modernos mais vendidos da China e dirigido por Zhang Yuan, uma das primeiras vozes do cinema underground Chinês, o filme é uma obra de sátira e crítica social.
31/1 – sábado, 22h
Reprise: 8/2, domingo, 22h
HAIFA
Direção: Rashid Masharawi
Produção: Palestina/Holanda (1996)
Classificação indicativa: 10 anos
Com Mahammad Bakri, Ahmad Abu Sal'Oum, Hiyam Abbass, Nawal Zaqout, Fadi el-Ghoul, Areen Omari, Khalid Awad, George Ibrahim, Mariam el-Hin, Mahmoud Qadah, Husam Abu Eisheh
Haifa, apelidado em homenagem à sua cidade do coração, frequenta um campo de refugiados palestinos. Mesmo sendo considerado um tolo por muitos, há coisas que só ele sabe. Haifa é muito amigo da família de Abu Said, ex-policial que encontra novas esperanças ao se envolver com política, enquanto sua esposa tenta encontrar uma noiva para seu filho mais velho, que está preso. O filho mais novo do casal é cínico e rebelde e se recusa a acreditar nas coisas. Já a filha de doze anos, romantiza sobre o futuro, imaginando o que este lhe reserva. Essas diferentes histórias se entrelaçam em uma interpretação oportuna da mentalidade palestina atual.
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