É importante definir o padrão internacional do que será a tecnologia 5G



As agências internacionais responsáveis pela definição dos requisitos e especificações para o que será a próxima geração de tecnologias móveis – conhecida como "5G" - esperam para começar a definir as características do novo padrão global nesses próximos anos. O objetivo é que o padrão IMT-2020, como a União Internacional das Telecomunicações (UIT) definiu oficialmente para a 5G, esteja pronto por volta de 2020. Mas as discussões sobre a tecnologia já começaram, como disse José Otero, diretor da 4G Americas para a América Latina e Caribe, em  webinar realizado pela associação nesta quarta-feira 16 de setembro, com o tema "5G, o futuro dos serviços móveis".

"A discussão em torno da 5G está apenas no começo. Existem reuniões acontecendo ao redor de todo o mundo para isso. Também existem entidades internacionais que estão fornecendo vasta contribuição para o tema, entre elas, a 4G Americas", lembrou José Otero. 

Na atualidade não existe nenhuma tecnologia que possa ser considerada 5G, já que esta nova geração de tecnologias móveis será especificada no padrão IMT-2020 da UIT, que todavia não está pronto. De acordo com o cronograma da organização, entre 2016 e 2018 deverão finalizar os requerimentos para os padrões, e assim a tecnologia poderá estar pronta por volta de 2020. 

A importância de alcançar um padrão mundial, significa que todos usarão a mesma tecnologia e que será possível obter economias de escala. "Isto se traduz em mais empresas fabricando equipamento de rede e telefones com a mesma tecnologia, mais concorrência e menores preços, o que facilita a massificação", indicou Otero.  

Sobre as vantagens da IMT-2020 frente a sua predecessora, IMT-Advanced (ou como é conhecida popularmente a 4G), o diretor da 4G Americas lembrou que suas características ainda não foram bem definidas, "podemos prever que terá um aumento significativo na velocidade de acesso e na qualidade dos serviços em linhas gerais, no entanto a tecnologia deverá estar preparada para adaptar-se aos novos usos. Alguns deles podem ser vistos hoje, como conexões entre máquinas e veículos conectados à Internet, e outros irão emergir como a tecnologia avança". 

Vale lembrar também que a evolução das tecnologias é um processo contínuo, que não termina abruptamente quando surge uma nova. Assim, quando a 5G estiver disponível para uso comercial, coexistirá durante vários anos com outras tecnologias, como as gerações 3G e 4G, da mesma forma que essas atualmente convivem com a 2G. Pela mesma razão, além disso, LTE continuará sendo desenvolvida e evoluindo para além de 2020.
 
E, por fim, Otero alertou sobre os requerimentos de espectro radioelétrico para a 5G. "Para contar com cobertura e capacidade de transmissão na medida dos sistemas 5G, será necessário uma ampla variedade de bandas de espectro radioelétrico. Serão importantes as bandas abaixo de 6 GHz e também acima dessa frequência. Precisaremos do trabalho dos reguladores dos distintos países para identificar estas bandas e estabelecer acordos, a fim de satisfazer as necessidades de espectro da nova tecnologia". 

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