Documentário “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido”, de Zelito Viana, estreia no SescTV

 
A produção será exibida no dia 02/05, data da morte do dramaturgo, às 23h
 
                                                                                                          Augusto Boal. Foto: Divulgação

Inédito no SescTV, o documentário Augusto Boal e o Teatro do Oprimido, dirigido por Zelito Viana, mostra a carreira e o conceito da técnica teatral do dramaturgo, diretor de teatro e ensaísta brasileiro, um dos mais relevantes nomes do teatro contemporânea mundial. A produção, que recebeu o Prêmio Margarida de Prata de Melhor Documentário em 2011, vai ao ar no dia 02/05, sexta, quando completa cinco anos da morte do dramaturgo, às 23h. 
  
Criada na década de 60 por Augusto Boal e praticada em mais de 70 países, a técnica Teatro do Oprimido é um trabalho que tem como base a ética e a solidariedade, com o propósito de lutar contra a opressão, visando a liberdade e a transformação do espectador. Com essa técnica, o ator, por meio de encenações dramáticas, interage com o espectador, que reage se tornando um protagonista e transformando a sua realidade. 
  
No documentário, Augusto Boal expõe que essa metodologia não tem caminho, a própria pessoa escolhe para onde ir.  "A gente procura saber a opinião, as sensações, as emoções e as ideias que despertam num todo. Pra nós, o importante é o espelho múltiplo do olhar dos outros, não é uma interpretação", explica. A técnica de Boal é utilizada para diferentes fins, como contra o HIV, em Moçambique; para discutir a situação das mulheres, na Índia; em movimentos de resistência, nas Filipinas; em grupos de favelas; Movimento Sem Terra e empregadas domésticas. 
  
O documentário mostra trecho da mensagem que Boal emitiu em 27 de março de 2009 na ONU – Organização das Nacões Unidas, sobre o Dia Internacional do Teatro, traduzida em 72 idiomas; e lembra o Seminário de Dramaturgia do Teatro de Arena criado pelo dramaturgo em meados da década de 50. Boal esclarece por que e como instituiu o Teatro de Arena, que deu nova identidade ao teatro nacional. Permeando os assuntos, a produção ainda aborda a criação do CTO – Centro de Teatro do Oprimido, no Rio de Janeiro. 
  
O documentário traz depoimentos do poeta Ferreira Gullar, dos cantores e compositores Chico Buarque de Hollanda e Edu Lobo; do filho e seguidor dos conceitos do dramaturgo, Julian Boal; do diretor de teatro; Aderbal Freire Filho; e de Bárbara Santos, do CTO; entre outros. 

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