Nova fase da série CurtaDoc exibe filmes latino-americanos no SescTV

 
Com o tema "Luta do Campo", o canal apresenta os curtas "Toda Esta Sangre en El Monte", da Argentina, e "Trombas e Formoso: Memórias de uma Luta", do Brasil, no dia 22/04, terça, às 21h

 

                                                                                                                                          Toda Esta Sangre en el Monte. Foto: Divulgação.

A série CurtaDoc, realizada pelo SescTV, com produção da Contraponto, de Florianópolis – SC, é exibida pelo canal semanalmente desde outubro de 2009. A partir do dia 22/04, a série, que tem direção de Kátia Klock, expande seu território além do Brasil e começa a exibir também filmes latino-americanos. Com episódios temáticos, traz um novo programa todas as terças, às 21h, e um convidado para debater o tema e os documentários. 
  
O primeiro assunto desta nova fase é Luta no Campo, que apresenta os filmes "Toda Esta Sangre en el Monte", com direção de Martin Céspedes (Argentina, 2012, 22'), e Trombas e Formoso: Memórias de uma Luta, de Gabriela Marques Gonçalves (Brasil, 2010, 18'54"). O uruguaio Amílcar Nochetti, jornalista e crítico de cinema,  é o convidado deste episódio. 
  
O curta-metragem "Toda Esta Sangre en el Monte"  discorre sobre recentes assassinatos de camponeses na Argentina, que lutavam por posse de terra. Depoimentos de campesinos, em Pinto – Departamento de Aguirre; Quimili - Departamento Moreno; Paraje el Simbol – Departamento de Copo; e Paraje San Marino – Monte Quemado, falam sobre os conflitos com os proprietários dos terrenos, que resultaram em mortes, algumas delas de líderes dos posseiros. 
  
Trombas e Formoso: Memórias de uma Luta relata conflito entre camponeses, grileiros e a polícia, que aconteceu entre 1954 e 1957 no norte de Goiás. Participantes dessa luta recordam quando eles pisaram pela primeira vez na região e tinham a agricultura como meio de subsistência; recordam a chegada dos fazendeiros, que não permitiam que eles ficassem com as terras; os jagunços, que exigiam 50% da produção de arroz dos camponeses; o desaparecimento do líder José Porfírio de Souza, na época, deputado estadual; e a emancipação de Formoso. 
  
Para o crítico uruguaio Nochetti, os curtas provoca reflexão sobre o paradoxo que existe na palavra "civilização", já que "os que vêm civilizar, vêm com capangas que terminam matando gente para ver se matando algumas pessoas, os demais vão embora", explica. "Parece que não poderia existir civilização sem barbárie", completa. 

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