Luiz Carlos Maciel é homenageado no SescTV
Episódio da série Super Libris com o escritor é exibido nos dias 14, 15, 16, 17 e 18 de dezembro
Foto: Piu Dip.
Em homenagem a Luiz Carlos Maciel, o SescTV exibe o episódio Letras Desbundadas, da série Super Libris, com o jornalista, escritor, dramaturgo e roteirista gaúcho, que morreu no último sábado (9), aos 79 anos. No programa, Maciel fala sobre a "literatura de desbunde", discutindo de onde surgiu e o que restou dela hoje. A produção vai ao ar amanhã (14), às 10h30; na sexta (15), às 17h30; no sábado (16), às 12h30; no domingo (17), às 17h30; e na segunda-feira (18), às 16h, com direção do escritor, cineasta e jornalista José Roberto Torero (assista também em sesctv.org.br/avivo).
Maciel ficou conhecido como o "guru da contracultura brasileira" no final dos anos de 1960 e início dos 1970, quando escrevia sobre movimentos alternativos culturais para a coluna Underground, do jornal O Pasquim, que ajudou a fundar. O escritor lembra que naquele período muitas pessoas descobriram a "literatura de desbunde", cuja principal característica era não seguir normas literárias estabelecidas pela sociedade, era completamente livre. "Quando eu descobri que existia a liberdade, eu fiquei encantado", revela.
Maciel conta que a "literatura de desbunde" nasceu do movimento literário Beat Generation, surgido nos Estados Unidos no final da década de 1950 e início da de 1960, que deu origem ao movimento hippie. O escritor norte-americano Jack Kerouac (1922 – 1969) é mencionado pelo jornalista como um dos ícones desse tipo de texto. No Brasil, ele cita o livro PanAmérica (1967), de José Agrippino de Paula, como obra tipicamente "de desbunde".
Além disso, Maciel comenta sobe a influência da bebida em alguns escritores, e se o consumo de álcool os ajudou ou os atrapalhou em suas escritas no período do movimento da contracultura. O que restou da "literatura de desbunde" e sua importância nos dias de hoje também é tema discutido por ele.
Maciel participa, ainda, dos quadros Pé de Página, no qual responde sobre onde, como e porque escreve, e do Primeira Impressão, em que sugere o livro de ficção Valis, do norte-americano Philip K. Dick.
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