Tensão entre israelenses e palestinos é tema de especial inédito do THC

Oriundos de uma região cobiçada por grandes impérios e protagonistas de uma história marcada por dispersão, os judeus enfrentaram um dos piores momentos de sua história durante o Holocausto. Perseguidos pelos nazistas, foram humilhados e submetidos a condições subumanas.

Embora não passasse de uma ilusão, o sofrimento deles parecia estar com os dias contados com a criação do Estado de Israel. Concebido em 1948, a partir de uma partilha da ONU, que aprovou a divisão da região da Cisjordânia, sob domínio britânico, em dois estados - um judeu e outro árabe -, o lar dos judeus se tornou um palco de conflitos.

Completados 60 anos de sua existência, acordos e negociações mal-sucedidos entre as nações vizinhas frustraram qualquer tentativa de se estabelecer a paz. A história dessa região conturbada, marcada por disputas territoriais e violência, é tema do especial inédito e exclusivo Humanos no Caminho – Israel 60 anos, apresentado pelo The History Channel no dia 13/12, domingo, às 19h.

Por meio de arquivos históricos e entrevistas com personagens que participaram da criação do Estado de Israel e que hoje residem no local e nos territórios palestinos, o programa resgata as principais passagens que marcaram essa terra sagrada.

Segundo moradores da região, o clima de tensão permanente teria aumentado com a Segunda Intifada (2000), movimento marcado por confrontos entre palestinos e israelenses, em razão de uma série de eventos, entre eles a retirada de Israel do sul do Líbano e a disputa entre as facções palestinas Fatah e Hamas. Como resposta à revolta palestina, os israelenses construíram um muro entre Israel e a Cisjordânia, a fim de evitar investidas do povo rival.

Entre os inúmeros aspectos que separam estes povos do Oriente Médio, a mentalidade de 'ocupação e ocupados', surgida após a criação do Estado de Israel, se impõe como um enorme obstáculo para a tão desejada paz. Mesmo traumatizadas e com muitas incertezas em relação ao futuro, várias pessoas têm esperança e continuam construindo suas vidas nesse território marcado por conflitos.