SescTV estreia concerto com o violonista e compositor Giacomo Bartoloni
Da série "Movimento Violão", o programa estreia no dia 23/6, terça, às 20h
Foto: Alice Vergueiro
SescTV apresenta novos episódios da série Movimento Violão, que trazem espetáculos com virtuoses do instrumento. A primeira atração é o violonista e compositor brasileiro, reconhecido internacionalmente,Giacomo Bartoloni. Premiado no I Concurso de Duo Violonístico de São Paulo, em 1977, e no 3º Concurso Nacional de Composição Isaías Savio de Porto Alegre, em 1979, o músico executa repertório autoral com estudos e canções. Com curadoria do violonista Paulo Martelli e direção para TV de Flávio N. Rodrigues, o concerto estreia no dia 23/6, terça, às 20h.
Bartoloni conta que o gosto pela música se deve ao fato dele ser filho de italiano. "É interessante para o europeu estudar música, faz parte da formação da criança e do jovem", comenta". Como seus dois irmãos escolheram tocar piano, ele optou por violão. "O Roberto Carlos estava em ascensão com a Jovem Guarda e eu falei: 'Ah, vou estudar violão'", recorda. Ele teve aulas com um dos mestres brasileiros desse instrumento, Henrique Pinto (1941 – 2010). "Daí que começou a minha história e, desde lá, 1966, não parei mais de tocar", diz.
Sucesso no Brasil e no exterior, Bartoloni fundou o departamento de violão na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Unesp, onde lecionou para gerações de instrumentistas que se tornaram profissionais, revela Martelli. "Ele tem um mérito incrível nisso, porque é uma coisa muito importante o violão ser reconhecido dentro de uma universidade", conclui.
O violão brasileiro vai além dos muros de uma universidade, ultrapassa barreiras geográficas e se destaca no exterior. Um dos admiradores do instrumento é o violonista Frédéric Bernard, amigo de Bartoloni. Os dois se conheceram há 20 anos, quando o francês esteve no Brasil para estudar a música deste país; e fizeram uma parceria que perdura até hoje. "Temos uns cinco CDs em duo e mais uns cinco de festivais que a gente participou", expõe o brasileiro.
Neste concerto, Bartoloni mostra um pouco do que possui em seu acervo executando obras de sua autoria. "Eu peguei um punhado de música de várias tendências e época", diz. Dentre elas, quatro canções composta em um período de 20 anos com proposta para serem letradas. "A forma canção é uma forma binária, tem a parte A e a parte B, geralmente com melodias muito bonitas para se colocar a letra", explica Martelli. Bartoloni também toca peças como Ditirambo (Homenagem a Leo Brouwer); Estudo Nº 1 (Ostinato); Estudo Nº 2 (Ligados); Estudo Nº 3 (Acordes Repetidos e Saltos); Tango Martes; e Seresta, que ele fez em parceira com seu irmão Carmo Baroloni.
Gravado no Sesc Bom Retiro, na capital paulista, em maio de 2014, o programa mostra a hereditariedade da música passada de geração em geração na família de Bartoloni. No final do concerto, o violonista toca com seus filhos, primeiro em duo e depois em quarteto.
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