Episódio “Literatura Infantil, a Pequena Gigante”, da série Super Libris, é exibido no SescTV


 

Inédito, o programa vai ao ar no dia 12/10, segunda, às 21h, com direção geral de José Roberto Torero


Ricardo Azevedo. Foto: Piu Dip.

 

 

Um terço dos livros vendidos no Brasil são voltados para o público infantil. O País também já conquistou três vezes o Hans Christian Andersen, prêmio considerado o Nobel desse gênero. Para falar sobre esse estilo literário e alguns de seus principais escritores, o episódio Literatura Infantil, a Pequena Gigante, da série Super Libris, entrevista o escritor, ilustrador e pesquisador de livros infanto-juvenis Ricardo Azevedo. Com direção geral do escritor, cineasta e jornalista José Roberto Torero, o programa inédito vai ao ar no dia 12/10, segunda, às 21h, no SescTV.  

 

Azevedo diz que sempre teve dúvida sobre definir o que é literatura infantil. "Eu acho que se você fizer uma literatura infantil específica para criança, ela vai se transformar num livro didático de alguma forma". O escritor afirma que prefere que a criança se identifique com o adulto. "Eu sei que existem diferenças entre crianças e adultos, mas acho que a gente não precisa cultivar tanto isso".

 

Azevedo fala sobre os primórdios da literatura infantil.  Ele acredita que no século 19 esse gênero já se parecia com o que se tem hoje, e que naquela época surgiram livros que se tornaram clássicos. Dentre esses, ele cita João Felpudo, do alemão Heinrich Hoffmann (1809 – 1894); Alice no País das Maravilhas, do inglês Lewis Carroll (1832 – 1898); e Peter Pan, do inglês J. M. Barrie (1860 – 1937). "Eu acho que aí, sim, já começava a se configurar em uma coisa meio dirigida mesmo para esse público", comenta. 

Ao discorrer sobre a literatura infantil no Brasil, na virada do século 19 para o 20, Azevedo se lembra do escritor Figueiredo Pimentel (1869 – 1914), que organizou, entre outros, o livro Contos da Carochinha. Para ele, os autores que escreviam para crianças naquele período faziam obras extremamente moralistas, ensinando a amar a pátria, os pais e a não mentir. Para Azevedo, esse gênero começou a mudar com Monteiro Lobato (1882 – 1948). "Ele traz um caráter ficcional que não era tão comum na literatura infantil", analisa. "Mas, ao mesmo tempo, ele ainda traz muito aquele espírito de dar uma lição para as crianças a respeito de um determinado assunto", conclui.

Azevedo fala sobre o didatismo, que segundo ele é um erro que o escritor de livro infantil deve evitar, e sobre o pedagógico e o politicamente correto na literatura infantil. O escritor também expõe o que pensa sobre a relação entre ilustração e texto. No quadro Pé de Página, Azevedo mostra o local onde escreve seus livros e faz seus desenhos; e no Primeira impressão, conta como escolheu a literatura e sugere um livro.

Outros quadros também são apresentados no episódio. Orelhas, que fala sobre os escritores Lewis Carroll e Jean de La Fontaine (1621 – 1695), este, francês e autor do livro Fábulas, que o ocupou durante 26 anos; Prefácio traz Dolores Prates, editora, gestora e consultora na área editorial de literatura infanto-juvenil, para dar dica de livro; e Ptolomeus, que exibe diferentes formas de bibliotecas instaladas, como tradicionais, em ônibus, em bonde ou em árvores. Este quadro visita a Biblioteca Infantil Multilíngue Centro Universitário Belas Artes, na capital paulista.

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