Mesclando soul e funk dos anos 1970, Black Mantra é atração no SescTV
Dois programas com a banda vão ao ar no dia 29/1, domingo, a partir das 21h
Foto: Piu Dip.
Banda paulistana Black Mantra participa de dois programas inéditos no SescTV. O primeiro, um documentário da série Passagem de Som, conta como surgiu o grupo e registra o encontro dos integrantes com o cantor e compositor Di Melo e com o cineasta Jeferson De. O segundo, show da série Instrumental Sesc Brasil apresenta o repertório da banda com influências do funk e do soul dos anos 1970. Com direção geral Max Alvim, as produções estreiam no dia 29/1, domingo, às 21h (Assista também em sesctv.org.br/aovivo).
Composta por nove músicos, a Black Mantra surgiu depois que foi convidada para fazer a trilha sonora do curta-metragem Muito, Além do Nada, dirigido por Marcelo Terreiro. O baterista Leonardo Marques - que junto com o baixista Caio Leite idealizou a banda, - explica que havia muitas referências do Blaxploitation (movimento cinematográfico norte-americano criado no início dos anos 1970 com o objetivo de tirar os negros dos papeis coadjuvantes) na trilha, e músicos como James Brown e Isaac Hayes serviram de inspiração. "Daí veio a ideia de fazermos as releituras, estudar realmente J.B.'s, Curtis Myfield, Stivie Wonder", comenta Marques.
No Passagem de Som, o grupo se encontra com o pernambucano Di Melo, que teve reconhecimento musical em 1975, ao gravar seu primeiro disco, com as composições Kilanô e A Vida em seus Métodos Diz Calma. Após seu sucesso inicial, Melo sumiu das paradas musicais e só reapareceu 36 anos depois, quando lançou seu segundo álbum, em 2016. O encontro entre Black Mantra e o artista, com quem já dividiu palcos, é registrado no documentário.
A produção também mostra um bate-papo entre integrantes da banda e Jeferson De, cineasta, militante da causa negra e criador do manifesto Dogma Feijoada, um estudo histórico sobre a imagem dos negros difundida pelo cinema brasileiro. O diretor fala sobre sua ligação com música e parceria com uma gravadora, onde iniciou sua carreira como cineasta. "O primeiro curta profissional que eu fiz chama-se Distraída para a Morte, e foi inspirado em uma música do cantor Otto", conta.
O documentário acompanha, ainda, o ensaio da banda Black Mantra para a série Instrumental Sesc Brasil, exibida na sequência. No repertório, composições próprias com raiz no soul e no funk dos anos 1970, inspiradas em nomes que trilharam o Blaxploitation, como Marvin Gaye, James Brown e Isaac Mayes.
Formação da Black Mantras:
Caio Leite – baixo
Leonardo Marques – bateria
Kiko Bonato – hammond e piano
Marcos Guarujá – percussão
Igor Thomaz – saxofone barítono
Pedro Vithor – saxofone tenor
William Tocalino – trombone
Felipe Pipeta - trompete
Ricardo Mastria - guitarra
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