Duas coreografias encenadas pelo Ballet Stagium estreiam no SescTV
Memória e Preludiando, de Márika Gidali e Décio Otero, vai ao ar no dia 15/6, às 21h
Foto: Alex Ribeiro/Visor Mágico.
O SescTV exibe pela primeira vez Memória e Preludiando, proposta dirigida por Marika Gidali e Décio Otero, que mostra duas coreografias encenadas pelo Ballet Stagium em comemoração aos seus 46 anos de existência da companhia.Memória faz uma seleção dos principais espetáculos do grupo desde a sua fundação, e Preludiando resgata a obra do compositor, violinista e maestro de música erudita Claudio Santoro (1919 – 1989), amazonense, cuja obra vinha sendo deixada de lado pela mídia. Gravada no Teatro Sérgio Cardoso, na cidade de São Paulo, em 2017, a atração integra a sérieDança Contemporânea, que tem direção para TV de Antônio Carlos Rebesco, e irá ao ar no dia 15/6, sexta-feira, às 21h(assista também em sesctv.org.br/aovivo).
Criado em 1971, quando o Brasil vivia a ditadura militar, o Ballet Stagium foi construindo a sua história com projetos de engajamento político, sob a direção de seus fundadores Marika e Décio. As produções que mais se destacaram, dentre as mais de 80 realizadas pelo grupo durante toda a sua trajetória, estão emMemória, uma colagem feita por Décio, que traz danças como Jerusalém, que estreou em 1974, e Kuarup ou a Questão do Índio, em 1977, com remontagem em 2017. Ambas receberam o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), sendo a primeira no ano de sua estreia, e a segunda, no de sua remontagem. Coisas do Brasil, de 1977; Que Saudade de Elis, de 1988; Adoniran, de 2010; e A Semana de 22também estão contempladas, dentre outras.
"Dançar Memória para mim, particularmente, é muito forte porque o Stagium faz um resgate dele mesmo. De sua obra, do que é o Stagium e de seu trabalho no Brasil", comenta Marcos Palmeira, responsável pela montagem cênica. Segundo Fábio Villardi, que faz a divulgação, a coreografia é uma síntese em que se pode reconhecer acontecimentos decorridos no país. "Para uma história ancestral, para uma história recente. O Stagium faz esse jogo com a memória", afirma.
Preludiano, coreografia romântica e moderna de Décio Otero, com direção teatral de Marika Gidali, é inspirada na música e na criatividade do compositor e maestro Claudio Santoro. Durante a sua carreira no Brasil e no exterior, ganhou diversos prêmios, como o Chamber Music Guild de Washington, em 1943; o Associação de Críticos Teatrais do Rio de Janeiro (1950), o Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (1951 – 1958) e o Prêmio Shell (1985).
"O Claudio Santoro era um artista complexíssimo. Além de compositor, ele era pintor e uma porção de coisas", comenta Marika. Essa versatilidade do maestro é levada para o espetáculo encenado pelo Ballet Stagium. Para a diretora, o que importa é continuar elaborando um estilo não definido, mas que é contemporâneo. "O estilo é dança e a dança acolhe todos os estilos", acredita a diretora, que completa: É nesse sentido que o Décio trabalhou e foi muito feliz na coreografia". Segundo Marika, durante essa parceria que já dura 46 anos, ela evita interferir no ofício de Décio. Preludiando foi gravado no teatro Sérgio Cardoso, na capital paulista, em 2017.
Criado em 1971, quando o Brasil vivia a ditadura militar, o Ballet Stagium foi construindo a sua história com projetos de engajamento político, sob a direção de seus fundadores Marika e Décio. As produções que mais se destacaram, dentre as mais de 80 realizadas pelo grupo durante toda a sua trajetória, estão emMemória, uma colagem feita por Décio, que traz danças como Jerusalém, que estreou em 1974, e Kuarup ou a Questão do Índio, em 1977, com remontagem em 2017. Ambas receberam o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), sendo a primeira no ano de sua estreia, e a segunda, no de sua remontagem. Coisas do Brasil, de 1977; Que Saudade de Elis, de 1988; Adoniran, de 2010; e A Semana de 22também estão contempladas, dentre outras.
"Dançar Memória para mim, particularmente, é muito forte porque o Stagium faz um resgate dele mesmo. De sua obra, do que é o Stagium e de seu trabalho no Brasil", comenta Marcos Palmeira, responsável pela montagem cênica. Segundo Fábio Villardi, que faz a divulgação, a coreografia é uma síntese em que se pode reconhecer acontecimentos decorridos no país. "Para uma história ancestral, para uma história recente. O Stagium faz esse jogo com a memória", afirma.
Preludiano, coreografia romântica e moderna de Décio Otero, com direção teatral de Marika Gidali, é inspirada na música e na criatividade do compositor e maestro Claudio Santoro. Durante a sua carreira no Brasil e no exterior, ganhou diversos prêmios, como o Chamber Music Guild de Washington, em 1943; o Associação de Críticos Teatrais do Rio de Janeiro (1950), o Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (1951 – 1958) e o Prêmio Shell (1985).
"O Claudio Santoro era um artista complexíssimo. Além de compositor, ele era pintor e uma porção de coisas", comenta Marika. Essa versatilidade do maestro é levada para o espetáculo encenado pelo Ballet Stagium. Para a diretora, o que importa é continuar elaborando um estilo não definido, mas que é contemporâneo. "O estilo é dança e a dança acolhe todos os estilos", acredita a diretora, que completa: É nesse sentido que o Décio trabalhou e foi muito feliz na coreografia". Segundo Marika, durante essa parceria que já dura 46 anos, ela evita interferir no ofício de Décio. Preludiando foi gravado no teatro Sérgio Cardoso, na capital paulista, em 2017.
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