​Luciana Rabello reafirma a força e tradição do choro, em apresentação inédita no SescTV

  
A cavaquinista relembra sua trajetória na música popular brasileira, fala sobre a importância da formação de novos músicos e celebra o encontro de gerações


Luciana Rabello. Foto: Piu Dip.

Aprender música para ela foi tão natural quanto falar. É dessa maneira que a musicista Luciana Rabello entende seu processo de "alfabetização musical". Desde muito nova a cavaquinista, que herdou do avô o gosto pelo chorinho, trilha uma carreira de sucesso e colabora ativamente para a perpetuar a música brasileira de raiz. Em episódios das séries Passagem de Som e Instrumental Sesc Brasil, a artista além de reafirmar sua ligação com o cavaquinho e o choro, revela sua paixão pela culinária. Luciana ainda divide o palco, em uma roda de chorinho, com amigos como Toninho Carrasqueira e Cristovão Bastos. As duas produções inéditas serão exibidas no dia 8/7, domingo, a partir das 21h, pelo SescTV, com direção geral de Max Alvim. (Assista também em sesctv.org.br/aovivo).
 
Luciana Rabello aprendeu a tocar instrumento aos cinco anos de idade, época em que fez sua primeira apresentação. "Não tive professor porque na época não haviam aulas de cavaquinho. Eu tinha que ser autodidata mesmo", explica. A artista aprendeu a tocar ouvindo músicos como Jonas, Jacob do Bandolim e Canhoto. Luciana despontou profissionalmente nos anos de 1970, fez sua estreia como profissional no conjunto Os Carioquinhas e depois na lendária Camerata Carioca, grupo dirigido pelo maestro Radamés Gnattali. 
 
Considerada como uma das maiores expressões de choro da atualidade, Luciana também desenvolveu seu talento como compositora em parcerias com seu marido Paulo César Pinheiro, Raphael Rabello, Cristovão Bastos, Altamiro Carrilho, Cristina Buarque, Helton Medeiros, Nana Caymmi e João Nogueira. Ela ainda excursionou pelo mundo levando o ritmo do choro para a França, Itália, Portugal, Colômbia e Japão.
 
No Passagem de Som, Luciana visita, com violonista Maurício Carrilho, os lugares que os dois fundaram: o Instituto Casa do Choro e a Escola Portátil de Música, ambos localizados no Rio de Janeiro. O instituto surgiu da necessidade de reunir, em acervos, as memórias do choro, além de criar um centro de pesquisa e formação para novos artistas. "Precisávamos de um lugar para encontros e aulas. O choro precisava de uma casa", diz Luciana. O segundo projeto, a Escola Portátil, iniciado nos anos 2000, trata-se de uma enorme roda de choro. Hoje ela conta com quase 20 cursos regulares, 35 professores e mais de mil alunos, em um pequeno campo no bairro da Urca. "É um ambiente onde se respira harmonia, melodia e ritmo. Tudo o que é necessário para manter viva a tradição do choro", afirma Luciana. Acompanhada por Toninho Carrasqueira, a cavaquinista também visita a Escola de Música do Estado de São Paulo, onde, juntos, assistem a uma aula de "Prática de Conjunto de Choro", ministrada pelo amigo violonista Edmilson Capelupi.
 
No show da série Instrumental Sesc Brasil, exibido na sequência, gravado no Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, na capital paulista, Luciana dá início a apresentação, dividindo o palco com Toninho Carrasqueira (flauta) e Cristovão Bastos (piano). Em seguida, a instrumentista convida Magno Júlio (pandeiro) e seus filhos Julião Pinheiro (violão 7 cordas) e Ana Rabello (cavaquinho) a participarem do espetáculo. No repertório, composições como: Doce de Coco (Jacob do Bandolim), Nem Ela... Nem Eu (Nelson Alves), Naquele Tempo (Pixinguinha), Beliscando (Paulinho da Viola), Matutando (Luciana Rabello), Velhos Chorões (Luciana Rabello e Paulo César Pinheiro) e Queixa Antiga (Luciana Rabello, Cristovão Bastos e Paulo César Pinheiro).

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