Oi FUTURO APRESENTA A EXPOSIÇÃO 'BANG', DE ANA VITÓRIA MUSSI

·         Mostra com curadoria de Marisa Flórido abre dia 22 de maio no centro cultural do Flamengo

·         Instalação inédita sobrepõe imagens de filmes de guerra a fotos de conflitos urbanos reais

 

O Oi Futuro apresenta a partir de 22 de maio a exposição BANG, de Ana Vitória Mussi, artista pioneira no uso da fotografia associada à videoinstalação. Com curadoria de Marisa Flórido, a mostra vai ocupar o 5º nível do centro cultural do Flamengo até 15 de julho.  A exposição é patrocinada pela Oi e pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, com apoio cultural do Oi Futuro. Paralelamente à mostra, será lançado um livro sobre a obra da artista.

 

A instalação inédita utiliza o vídeo como suporte para projetar nas paredes da galeria, simultaneamente, cenas de filmes de guerra ficcionais e fotos de situações reais de guerrilha urbana em favelas cariocas, numa reflexão sobre a espetacularização da violência. "Minha investigação é sobre os modos de exposição e visibilidade da guerra, do homem em situações-limite. Na exibição da superioridade, no fundo, tentamos superar nossa angustiante fragilidade. A semelhança entre o salto do atleta olímpico e o voo do avião de combate desvela a absoluta falta de chão da existência", define a artista.  As imagens fazem uma ligação entre a solidão da visão e a sociedade do espetáculo. "O trabalho de Ana Mussi sempre se pautou por pensar a condição da imagem no mundo contemporâneo e nossa submissão a seus poderes, refletindo sobre suas potências e fantasmagorias", explica Marisa Flórido.

 

Para o crítico de arte Fernando Cocchiarale, Ana Vitória Mussi  "é provavelmente a artista brasileira que há mais tempo explora as possibilidades poéticas da fotografia para além dos limites de seu uso habitual e convencional". Segundo Cocchiarale, "a obra de Ana Vitória testemunha, com qualidade inequívoca, um período da arte brasileira que vai do nascimento dessa nova imagem nos anos 60 a seus desdobramentos na contemporaneidade".

 

Desde o final dos anos 1960, Ana Vitória Mussi trabalha com a diversidade e a superposição de técnicas, prática hoje comum na arte contemporânea. Convivendo na década de 70 com artistas que iniciaram a videoarte no país, como Anna Bella Geiger, Letícia Parente, Sonia Andrade, Miriam Danowsky e Ivens Machado, e os críticos Paulo Herkenhoff e Fernando Cocchiarale,  a artista é uma das primeiras no Brasil na investigação da fotografia em seu campo ampliado. Utilizando suportes e objetos diversos, Ana Vitória Mussi estendeu a fotografia para além do papel, abrindo seu campo perceptivo e semântico e dialogando com dispositivos midiáticos como o jornal, a TV e o cinema.

 

SERVIÇO

Ana Vitória Mussi

De 22 de maio a 15 de julho

Oi Futuro - Nível 5

Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo - Rio de Janeiro

Tel.: (21) 3131 3060

De terça a domingo, das 11h às 20h

Entrada franca

Classificação etária: Livre

 

 

ANA VITÓRIA MUSSI

 

Ana Vitória Mussi estudou pintura e desenho com Ivan Serpa, de 1968 a 1971; fotografia no SENAC, de 1972 a 1973; e serigrafia na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, de 1989 a 1990. Entre 1979 e 1989, trabalhou como repórter fotográfica. Em 1990 retomou seu trabalho como artista, tendo como suporte a fotografia e outros meios de reprodução. Nas interferências sobre fotografias publicadas em jornais (série Barreiras, 1972) ou interferindo diretamente nos jornais, à captação das imagens da TV (série Na TV, 1975-...) ou do cinema (série Cinema, 2009-...), Ana Vitória explora a imagem em interlocução com os poderes e a sedução dessas mídias. Seu trabalho inclui incursões na serigrafia, com o uso de negativos e kodalites (material usado como fotolito nas impressões em off-set) e de objetos que se assemelham a dispositivos de exibição da imagem (como os tijolos de vidro). Participou dos salões da Bússola, RJ, 1969; de Verão, 1969, 1971 e 1973; do Salão de Campinas, SP, 1969 e 1970; do Salão Paranaense, PR, 1982; do Salão Paulista de Arte Contemporânea, SP, 1985; da Mostra de Gravura de Curitiba, 2000; da Rio Gravura, 1999; figurando ainda em diversas coletivas no Brasil e no exterior, entre as quais, Novíssimos, IBEU, RJ, 1969; I Concettuali di Rio, Savona, Itália, 1976; Imagens Paradoxais, EAV, RJ, 2000; Trajetória da Luz na Arte Brasileira, Itaú Cultural, SP, 2001; A Forma e a Imagem Técnica na Arte do Rio de Janeiro, 1950-1975, Paço das Artes, SP; Arte Foto, CCBB, RJ, 2002; Arte Brasileira Hoje - Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM, RJ, 2005; Bresil = Foot Art, Galeria 1900-2000, Paris, 2004; Manobras Radicais, CCBB, SP; Arquivo Geral, C.C. Hélio Oiticica, RJ, Um Século de Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM, RJ, Mostra Itinerante, 2006; Trem de Prata Museu Imperial/Funarte Petrópolis, RJ; Anos 70 Arte Como Questão, Instituo Tamie Ohtake, SP, 2007; Jogos Visuais - Arte Brasileira no Pan, Caixa Cultural, RJ. Realizou individuais nas galerias Contemporânea, 1991; Macunaíma, 1997; Galeria 90, 2006; Galeria Tempo, 2009, todas no Rio de Janeiro; assim como no Centro Cultural Cândido Mendes, RJ, 1994 e 1999; no Museu do Telefone, RJ, 1999; no Espaço Cultural Sergio Porto, 2010.


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