O documentário Vlado – 30 anos Depois é destaque do BIO
No dia 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladmir Herzog apresentou-se ao órgão de repressão que imperava no regime militar durante a ditadura brasileira, DOI-CODI. Na tarde daquele mesmo dia, Vlado foi dado como morto e, segundo fontes oficiais, teria cometido suicídio na prisão. No dia 31 de outubro, realizou-se um ato de silêncio contra o regime com mais de oito mil pessoas ao redor da catedral da Sé. Em outubro de 1978, a União foi responsabilizada pela morte do jornalista, após processo movido por sua família.
O filme Vlado – 30 Anos Depois (2005), que BIO exibe no dia 1/6, sábado, às 21h, reconta minuciosamente a história de Herzog, desde sua infância na Iugoslávia até os seus últimos momentos como diretor de jornalismo da TV Cultura, vítima da repressão militar.
Dirigida pelo amigo e colega de trabalho, o cineasta João Batista de Andrade, a produção traz depoimentos de familiares e amigos próximos de Vlado, a maioria deles presos políticos. Momentos de muita tensão e sofrimento vêm à tona com os depoimentos de jornalistas como Paulo Markun, Alberto Dines, Fernando Morais, Mino Carta e Sérgio Gomes, em que contam sobre as dores e angústia dentro dos porões militares, onde eram torturados por horas a fio. Além disso, a produção apresenta imagens de arquivos que ilustram a época da ditadura militar no Brasil. Um registro emocionante de um homem que representou a imprensa brasileira e o fim da ditadura no País.
Comentários