Estudo da Aon revela que profissionais brasileiros superam a média global de engajamento


Pesquisa realizada com 9 milhões de funcionários, de 1.000 empresas, em 164 países, também aponta a América Latina como a região com maior porcentagem de colaboradores engajados; Práticas de recursos humanos, valorização, foco e atenção no cliente ainda são itens que precisam de mais atenção das empresas ao redor do mundo

São Paulo, agosto de 2015 – Com o intuito de medir o engajamento e as percepções dos colaboradores em relação ao trabalho, a Aon, líder mundial em benefícios e capital humano, realizou um estudo anual com a participação de nove milhões de funcionários de 1.000 empresas, em 164 países. O resultado destaca o Brasil com a maior média de profissionaisengajados: cerca de 70%, índice superior a marca global, de 62%. Já a América Latina também apresentou os maiores níveis de engajamento, com cerca de sete entre 10 funcionários.

De acordo com Bruno Villela de Andrade, responsável pela área de consultoria em engajamento da Aon Brasil, os níveis de engajamentodos brasileiros apresentaram um leve aumento quando comparado com o levantamento de 2013, porém, a percepção da experiência geral dos funcionários se manteve igual. "Tivemos um crescimento de 1% em relação a 2013, passando de 69% para 70%. Nos países com as 20 maiores economias e maiores volumes de funcionários, o engajamento se manteve estável, permanecendo em 61%", relata. Apesar dos aumentos considerados modestos, o executivo afirma que a média da satisfação com o emprego despencou 28% no mundo, enquanto que no Brasil não apresentou variação.

A pesquisa mostra que no Brasil o principal item que apresentou aumento foi Diversidade e Inclusão, com 6%. Já o driver Marca & Reputação não apresentou mudanças, enquanto que os itens Atividades Diárias e Clientes registraram uma queda de 5%.

 

 

O executivo explica que embora os brasileiros ainda não estejam sofrendo o impacto direto da instabilidade econômica sobre o engajamento, este cenário causa insegurança nos funcionários e nas empresas. "O panorama atual da economia faz com que muitas organizações optem por ações e programas de RH mais conservadoras e limite a implementação de projetos de liderança. Por conta dessa perspectiva, os profissionais também temem a perda do emprego", esclarece. Em contrapartida, Andrade diz que isso não deve ser uma regra. "As empresas devem aproveitar o cenário econômico como oportunidade para inovar, aproximando-se do desempenho da equipe para desenvolver habilidades mais softs, como resiliência, transparência e walk the talk nos gestores de pessoas", alerta. 

Cenário global
O estudo da Aon indica que o principal driver de engajamento, Oportunidades de Carreira, apresentou uma queda de três pontos percentuais quando comparado com a pesquisa realizada em 2013. Outros itens importantes também apresentaram queda: Práticas de RH, Valorização, Foco no Cliente. "Os itens registraram uma queda de 7, 6 e 5 por cento, respectivamente", indica Bruno Andrade.

 

 

Em contrapartida, a pesquisa apontou que os níveis variaram de uma região a outra. Na África e Oriente Médio houve aumento de 14% no engajamentodesde 2012, atingindo a marca de 67%, apresentando-se como as regiões mais positivas. Já a Europa se manteve estável em 57%, marca esta que tem relação com a estagnação econômica da região. "Cada local tem a sua particularidade, o que impacta os níveis de engajamento dos profissionais. Um exemplo disso é a região Ásia-Pacífico, que, ao longo dos últimos cinco anos, conquistou um aumento de nove pontos percentuais na média, por conta das grandes oportunidades econômicas em seus diversos mercados", complementa o executivo.

Engajamento por hierarquia 

A pesquisa da Aon também revelou diferentes níveis de engajamento de acordo com os cargos dos profissionais.  Entre executivos e líderes sênior ao redor do mundo houve aumento de 10% desde 2012, registrando 76%. Já os cargos de posição intermediária, como gerentes, o aumento foi de apenas 2%, chegando a 67%, enquanto que para os profissionais e funcionários da linha de frente, o número se manteve estável: 61% e 54%, respectivamente. Para Andrade, algumas tendências de mercado estão mudando, pois antes os gerentes eram responsáveis por engajar suas equipes e hoje os líderes seniores também são responsáveis por estabelecer uma visão cativante. "Cada vez mais, espera-se que o funcionário seja responsável por seu próprio engajamento, incluindo a compreensão do impacto que ele causa e de como obter o máximo de seu envolvimento", comenta.

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