“O país estava em armários”, analisa Fernanda Montenegro em conversa com Roberto D’Avila sobre liberdade e preconceito
Ser secretária. Esse era o sonho de Arlette Pinheiro Esteves Torres. Chegou a cursar faculdade, mas a arte falou mais alto. Arlette virou Fernanda e o Brasil ganhou uma das mais importantes atrizes do país, a única brasileira já indicada ao Oscar e a levar para casa um Emmy Internacional por sua atuação. "O palco foi a minha faculdade", conta Fernanda Montenegro a Roberto D'Avila, em uma conversa que vai ao ar na madrugada deste sábado para domingo, na GloboNews. O encontro não poderia ter acontecido em outro lugar: um teatro, no Rio de Janeiro. Local onde Fernanda reina absoluta há mais de 60 anos, seu tempo de carreira.
Recém-saída de "Babilônia", ela fala de Teresa, a advogada bem sucedida da novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga. Revela ter ficado surpresa com a reação ao beijo gay que protagonizou com Nathalia Timberg na trama. "Agora nós estamos falando pouco dessa revolução real que está acontecendo no Brasil, que é falar com liberdade o que se quer dizer. Isso está chocando um pouco, porque sempre teve alguém que falava mais alto. Neste momento, todo mundo está num palanque: nós estamos ouvindo todos. Ainda mais pela internet. Não eram só os homossexuais que estavam no armário. De uma certa forma o país estava em armários", analisa Fernanda.
O programa 'Roberto D'Avila' vai ao ar na madrugada de sábado, dia 05, para domingo, à 0h05.
Foto: Fernanda Montenegro conversa com Roberto D'Avila, para a GloboNews.
Crédito: Globo/João Cotta
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