DO PÓ DA TERRA, primeiro documentário do fotógrafo Maurício Nahas, entra em cartaz no dia 13 de outubro


Di Moretti se baseou em argumento de Fernando Machado para fazer o roteiro do longa,  rodado no Vale do Jequitinhonha

O filme mostra como as mulheres da região transformam o barro em obras de arte

 


 

 

DO PÓ DA TERRA, documentário de Maurício Nahas, com produção da Notorius Films e distribuição da O2 Play, entra em cartaz no dia 13 de outubro em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Florianópolis, Brasília e Porto Alegre.

 

Muitos rótulos e pré-conceitos já estiveram ligados ao Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, região de veredas, com artistas que transformam nacos de terra em universos de fantasia. Homens e mulheres, tingidos de barro, maltratados pelo vício, explorados pela ganância, subjugados pela própria sorte, resistentes, guerreiros que desafiam todo dia os inúmeros números cruéis das estatísticas públicas.

 

A resignação dessas pessoas vem do pó da terra que um dia gerou o homem, que um dia manchou o rio, que um dia criou obras de arte. DO PÓ DA TERRA retrata a vida dessa gente, desse lugar, do qual já ouvimos falar um dia, ao longe; do qual já esbarramos ao acaso no telejornal; do qual já sentimos piedade à distância.... Uma realidade brasileira que nunca vimos tão de perto!

  

A busca por entender o país em que vivo me motivou a dirigir meu primeiro longa, o documentário Do Pó da Terra.

O Brasil é muito rico no sentido humano. Apesar da enorme desigualdade social, o brasileiro é valente e criativo. Fomos comprovar essa força numa das regiões mais sofridas do país, o Vale do Jequitinhonha, que já foi conhecido como Vale da Miséria. Queríamos conhecer seus habitantes, principalmente os ceramistas. Pessoas que encontraram no barro o seu sustento, que fazem da arte um meio de lutar contra a pobreza. Uma gente que superou a falta de trabalho, o ambiente hostil e a seca trazida pela plantação indiscriminada do eucalipto.

Maurício Nahas

 

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Do Pó da Terra

Documentário, Brasil, 2016, 79 min, classificação indicativa

 

Direção: Mauricio Nahas

Produtor: Fernando Machado

Roteiro: Di Moretti

Fotografia: Rodrigo Carvalho

Montagem: Tatiana Toffoli

Música: Cézar Brandão

Produção: Notorious Films

 

Sinopse: A resignação dos moradores do Vale do Jequitinhonha vem diretamente do pó da terra que um dia gerou o homem, que um dia transformou miséria em arte. Cada rosto esculpido no barro revela um sulco cavado na pele sofrida destas pessoas que lutam e amam muito o que fazem.

 

Distribuição: O2 Play

 

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Sobre o diretor Maurício Nahas

Mauricio Nahas estudou medicina na Santa Casa até o 3º ano. Em 1986 começou a trabalhar como assistente de fotógrafo no Estúdio Abril.

Em 1995 abriu seu próprio estúdio. Trabalha para as mais importantes agências de publicidade do país. Faz também editoriais de moda e retratos para o mercado editorial, além do seu trabalho pessoal.

Já conquistou 1 Leão de Ouro, 3 Leões de Prata e 3 Leões de Bronze no Festival de Cannes, e no ano de 2006 foi primeiro lugar no prêmio Conrado Wessel. O documentário Do Pó da Terra é seu primeiro longa-metragem.

 

Sobre o roteirista Di Moretti

Formado em Rádio & TV pela FAAP e jornalismo pela PUC-SP, Di Moretti é roteirista, além de ter sido redator em revistas, jornais e rádios. Seu primeiro roteiro foi do documentário O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes (1997), dirigido por Toni Venturi e premiado na categoria Melhor Filme do festival "É Tudo Verdade" (1997).
Di voltaria a trabalhar com Venturi em Latitude Zero (2001) - Melhor Roteiro Festival de Brasília - (2000) seu primeiro roteiro nas aléias da ficção, uma adaptação do texto teatral de Fernando Bonassi, As Coisas Ruins da Nossa Cabeça. Ainda das ribaltas às telas, o roteirista escreveria para Reinaldo Pinheiro, Nossa Vida Não Cabe Num Opala (2008), adaptação da peça Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet, de Mário Bortolotto. Outros roteiros de Di Moretti são: Cabra-Cega (2004), laureado com o prêmio de Melhor Roteiro do 37ª Festival de Brasília; Filhas do Vento (2004), Melhor Roteiro do 2º Paratycine (2005) e 8 Kikitos no 32º Festival de Gramado (2004); As Vidas de Maria (2005), ganhador do prêmio "Brasil Cinema" – Baixo Orçamento MinC.

 

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