‘Os Trapalhões’: Entre o riso e a emoção




 


 

Globo e VIVA lançam novo programa, com nove episódios inéditos da trupe que marcou época

 

Ei, psit! Tem gente nova no pedaço e eles chegaram fazendo bagunça na manhã desta terça-feira, dia 11.  O elenco de 'Os Trapalhões' recebeu a imprensa para apresentar as primeiras cenas do novo programa, que estreia dia 17 no canal VIVA e em setembro na Globo. Renato Aragão (Didi), Dedé Santana (Dedé), Lucas Veloso (Didico), Bruno Gissoni (Dedeco), Mumuzinho (Mussa) e Gui Santana (Zaca), além do diretor geral Fred Mayrink; de Péricles Barros, responsável pela redação final; e Mauro Wilson, que assina a supervisão de texto, receberam os jornalistas e mostraram que o espírito trapalhão foi renovado.

 

"Toda a brincadeira que acontece nos bastidores celebra um encontro de gerações. A gente fez um programa para toda a família, tivemos o olhar de cada um dos envolvidos no projeto e isso foi muito generoso para o trabalho. Renato e Dedé dispensam qualquer apresentação. Muito mais do que aprender, o que tivemos foi a felicidade do convívio com eles. São 40 anos de programa e esse é um momento especial. Esperamos que o público que assistia 'Os Trapalhões' possa matar a saudade, e que o público novo descubra essa alegria", disse Fred Mayrink. "Eu já tinha o prazer de escrever para os quatro, quando Mussum e Zacarias ainda eram vivos. Então é algo forte fazer parte desse projeto. Queremos homenagear esses humoristas e divertir o público", explicou Mauro Wilson. Péricles Barros concorda: "É um prazer reencontrar esses personagens que marcaram não só a minha infância, mas a história do humor brasileiro. O desafio e o prazer são imensos".

 

Apesar de terem sido recebidos como mestres da nova trupe, Renato Aragão e Dedé Santana garantem que o aprendizado foi mútuo. E a emoção, dividida. "Nessa vida, ninguém está só ensinando, a gente está sempre aprendendo. Durante as gravações a gente brincou e se divertiu o tempo todo, uns com os outros. Aqui não existe mestre e nem aprendiz, existe uma nova turma", falou Renato. Dedé Santana, eterno parceiro de Didi Mocó, também se emocionou. "Confesso que fiquei nervoso quando soube que ia voltar, mas quando comecei a conviver com eles, foi tudo muito bom. A gente improvisava junto e eu, novamente, me senti em casa. Eu era tão fã do Mussum e do Zacarias, que às vezes me perdia na cena e ficava olhando para eles. E nessas gravações de agora, quando via o Mussa e Zaca, aconteceu exatamente o mesmo. Aqui na coletiva, eu olhava para as pessoas assistindo ao clipe e via fãs. Eu fiz 80 anos e ver uma coisa dessas a essa altura da vida é realmente emocionante".

 

Os quatro novos integrantes da turma se divertiram com as fotos e os figurinos da produção, que foram exibidos durante o evento. "Quero levar tudo", brincou Lucas Veloso.  "No começo fiquei nervoso, porque não é todo mundo que grava com Didi e Dedé. Eu sou filho de comediante, tenho tudo deles. O Renato é um doce,  ensinou a gente a ser um trapalhão. O Didico não é o Didi e nem sou eu. Ele foi criado como um discípulo do Didi. Sei o tamanho da responsabilidade, mas quando a gente curte, esquece um pouco e se diverte com o trabalho. Estou fazendo com o coração", falou. Bruno Gissoni ressaltou a parceria que teve com todos. "A emoção é grande.  É um clássico brasileiro. Sou fã e não digo isso porque estou aqui. Eu assistia mesmo e estar ao lado desses ídolos é uma responsabilidade enorme. Dedé me deu muitas dicas e espero homenageá-lo. Foi uma experiência linda e tinha ataques de riso todos os dias", admitiu.

 

Intérprete do Mussa, Mumuzinho se emocionou ao ver, pela primeira vez, algumas cenas do programa. "Passei a infância assistindo aos Trapalhões. Quando eu era pequeno, brincavam que eu era o filho do Mussum, por causa do meu jeito de falar. Quando recebi o convite para participar do programa, o que eu mais queria era homenagear esse grande humorista. Não temos pretensão de nada. Só queremos honrar o que eles fizeram lá atrás e nos divertir", diz. Gui Santana, que durante a coletiva não aguentou e soltou uma risadinha no estilo Zacarias, é outro que está encantando com o projeto. "Bebi da fonte rica que era o Zacarias e tenho facilidade de fazer vozes e gestuais, mas tivemos liberdade dos autores. Durante as gravações, percebi que ser trapalhão é mais do que isso, é ser puro, simples e espontâneo. Cada vez que coloco a peruca, é uma emoção diferente. É muito craque junto e ter Didi e Dedé ao nosso lado é algo que não sei nem mensurar", concluiu.

 

'Os Trapalhões'

'Os Trapalhões', que completam 40 anos em 2017, voltam com quatro novos integrantes: Didico (Lucas Veloso), Dedeco (Bruno Gissoni), Mussa (Mumuzinho) e Zaca (Gui Santana). O quarteto continua a "levar a vida na flauta", mas desta vez conta com dois professores na arte da trapalhada: Didi (Renato Aragão) e Dedé (Dedé Santana), que retornam ao ar como mestres dessa trupe, para ensiná-los a arte de ser um verdadeiro trapalhão. O sexteto reviverá uma história que conquistou o coração dos brasileiros, num resgate do humor malandro e ingênuo que mudou o lugar do riso na televisão brasileira.  

"O programa traz esse jeito trapalhão de ser. Quem viveu 'Os Trapalhões' como eu vivi vai relembrar grandes momentos e, quem não conheceu, vai ter a oportunidade de conhecer um tipo de humor que é só deles, com essa aura circense e essa comédia ingênua" afirma o diretor-geral da atração, Fred Mayrink, que completa: "Esse programa faz parte da minha vida, como faz parte da vida de muita gente. É um momento muito especial, de profunda alegria estar participando deste projeto. É, acima de tudo, uma grande homenagem".

Péricles Barros, responsável pela redação final, e Mauro Wilson, que assina a supervisão de texto, falam sobre a responsabilidade e o privilégio de recriar algo tão marcante na TV. "Buscamos manter a essência do grupo. Mas tivemos a oportunidade de colocar elementos da atualidade, como GPS e videogames nas piadas. Mas o espírito das situações remete à alegria de sempre" afirma Péricles. "A volta dos 'Trapalhões' está baseada em dois pilares: é uma grande homenagem para quem quer matar a saudade e uma divertida novidade para quem nunca viu", define Mauro Wilson. 

No total, serão nove episódios, com estreia dia 17 de julho no canal VIVA e em setembro, nas tardes da Globo. E, a cada programa, diferentes esquetes que farão o público se divertir, em situações atuais e inéditas, com o humor direto, visual e cheio de improvisos. Além de esquetes inéditos, o programa trará de volta, com uma nova roupagem, quadros que fizeram sucesso. O famoso quartel- general aparece de novo, desta vez com Ernani Morais no papel de Sargento Pincel. Outro personagem querido do público, dono do debochado bordão "Nojento! Tchan!" também voltará à cena, na voz de Tião, interpretado por Nego do Borel. Os musicais, clássicos da antiga versão da trupe também voltam ao programa. A cada episódio, um número musical diferente, onde os personagens apresentam paródias de sucessos do passado e da atualidade, e também esquetes históricos, como "Papai eu quero me casar", que será revivido em uma nova gravação. 

Outro quadro que estará de volta será a reunião de super-heróis, mas desta vez com novos vigilantes: Super Super (Renato Aragão), Capitão Ferrugem (Lucas Veloso), Homem Morcega (Dedé Santana), Menino Perereca (Bruno Gissoni), Turbo Boy (Mumuzinho), Incrível Muque (Gui Santana), Piolho Prateado (Nego do Borel) e até uma Mulher Silicone (Letícia Lima). Durante toda a temporada, o programa contará com a presença de convidados especiais em alguns quadros, vivendo diferentes personagens e aprendendo, juntos com a nova trupe, como ser um verdadeiro trapalhão.

 

Ser um Trapalhão

A missão de renovar esse espírito trapalhão emociona todo o elenco. "O Didi não armazena, ele quer é ser feliz. Ele vive o hoje como se não houvesse amanhã. O sentido do Trapalhão é alegrar. O que a gente mais quer é isso", afirma Renato Aragão. Dedé Santana endossa o discurso do amigo: "O que me deixou muito feliz foi perceber que os meninos estão com a mesma alegria, química e amizade que tínhamos antigamente. Eu estou rindo com eles, e isso é muito bom. Não sei nem mensurar o tamanho da minha alegria em voltar a fazer o Dedé".

Os meninos que formam o novo quarteto também afirmam que a responsabilidade só não é maior que a emoção e a alegria em fazer parte deste projeto. "Ser Trapalhão para mim, além da realização de um sonho de toda criança e de todo comediante, é um estilo de vida. É se dar mal e saber rir disso, é seguir em frente com leveza, achar as soluções mais bem-humoradas e estar disposto a "zoar" qualquer um a qualquer momento", fala Lucas Veloso, que viverá Didico. O intérprete de Zaca, Gui Santana, concorda: "Ser Trapalhão é viver feliz intensamente. É ser puro, simples e espontâneo. Um verdadeiro Trapalhão sequer sabe do poder que tem de mudar um ambiente. Mas de uma coisa ele sabe: se dependesse dele, o mundo seria bem melhor".

Mumuzinho, que viverá o Mussa, engrossa o coro. "Ser Trapalhão é ser engraçado, irreverente, desencanado. Não pensa muito no que vai falar, mas faz tudo com amor. Cada vez que a gente entrava em cena sentíamos que era uma grande responsabilidade, mas ao mesmo tempo um grande presente", comenta, ao lembrar das gravações. "Eles tinham um lugar mágico no meu dia durante minha infância. Davam essa pitada de felicidade através do humor que acho que só um Trapalhão pode trazer. Gravar esse programa foi algo bem mágico. Trabalhar com Didi e Dedé, ídolos de uma geração até hoje, foi algo emocionante demais", conta Bruno Gissoni, que viverá Dedeco.

 

Entrevista com o diretor geral Fred Mayrink 

Como será esta nova fase de 'Os Trapalhões'?

Queremos mostrar, acima de tudo, um jeito trapalhão de ser. O programa traz esse espírito e resgata uma grande marca que é essa aura circense, essa comédia ingênua, tudo com um foco muito leve. O texto tem muita delicadeza e nós temos um caminho muito rico de possibilidades. Então teremos vários esquetes, que fazem parte do humor clássico, mas, ao mesmo tempo, todo o aporte tecnológico que temos hoje em dia. É uma grande homenagem.  

Como tem sido trabalhar com esse elenco?

Quando me convidaram para o projeto o elenco já estava fechado, mas foi uma grande surpresa  ver como os meninos estavam completamente entregues e encontraram características muito próprias para cada personagem. Eles estão homenageando o quarteto de uma forma extremamente rica e divertida. Conseguimos, durante nossa preparação, o principal: formar uma trupe. Eles se divertiram em cena, compartilharam desse momento com muita generosidade um com outro.  

E como foi ter os veteranos Didi e Dedé de volta?

Esse encontro do Dedé e do Didi com os meninos foi muito efusivo, alegre, generoso. Isso traz para o programa um carinho visível. Trabalhar com eles é uma grande honra. Assisti 'Trapalhões' a minha infância inteira. Esse programa faz parte da minha vida, como faz parte da vida de muita gente. Estamos falando de duas gerações que assistiram esses caras. É um momento muito especial, de profunda alegria de estar participando deste projeto. 

Qual sua primeira lembrança do humorístico?

Desde pequeno assisto. Tem um elo emocional, um elo de família. O momento que entrava no ar era um momento de alegria no domingo. Eu me lembro de imitar os gestos que o Renato fazia quando era criança. Tinha sempre uma brincadeira do programa que você levava para o dia a dia. Assim como eu, muita gente tem uma lembrança bonita quando se fala em Trapalhões. E nosso trabalho está muito em cima disso.  

O que o público pode esperar de Os Trapalhões?

Pode esperar um programa leve. Quem já viu, vai falar "olha que legal. Isso fez parte da minha vida". E quem não conhece vai ver um programa diferente, divertido. Quero que as pessoas se sintam abraçadas por esse programa, acalentadas. Se eu fosse definir o programa, definiria como uma grande homenagem. Eles merecem essa celebração.

 

Entrevista com o redator final, Péricles Barros, e com o supervisor de texto, Mauro Wilson

 

Como foi escrever um programa que está na memória afetiva de tantas pessoas?

Mauro Wilson - Minha estreia na Globo em programas de comédia foi com 'Trapalhões'. Eu já tinha tido o prazer de escrever para os quatro, quando Mussum e Zacarias ainda eram vivos. Meu pai dirigiu e escreveu 'Trapalhões', então pra mim é algo muito forte fazer parte desse projeto. Reescrever essa história foi algo muito especial. A volta dos 'Trapalhões' está baseada em dois pilares: é uma grande homenagem para quem quer matar a saudade e uma divertida novidade para quem nunca viu. É sempre um privilégio escrever para o Renato Aragão e Dedé Santana.  E, depois de tanto tempo, foi bom ver que eles continuam craques na comédia.  

Péricles Barros - Há muitos anos eu escrevo séries de comédia na Globo e, nos anos 90, cheguei a assinar um especial de Renato Aragão ('O Milionário e o Vagabundo'). Esse foi o meu primeiro contato com ele. Mas trabalhar neste projeto é poder reencontrar personagens que marcaram não só a minha infância, mas a história do humor brasileiro. É a oportunidade de trazer de volta personagens que na verdade nunca saíram da memória. Um desafio, mas um prazer imenso. 

Como foi a construção dos quatro novos membros dessa trupe?

MW - Eles foram criados em cima dos tipos e características dos eternos Trapalhões. A brincadeira era essa. Ninguém vai substituir ninguém, até porque eles são insubstituíveis, mas irão encarnar a alegria de personagens icônicos e queridos para o público. E eles se saíram muitíssimo bem.  

PB - Na nova trupe pudemos aproveitar, em alguns quadros, talentos específicos dos jovens atores. Como o Mussa, que canta em algumas cenas, já que seu intérprete, o Mumuzinho, é, de fato, um grande cantor. E também exploramos, de modo breve, outras imitações feitas por Gui Santana (Zaca), que é um especialista neste tipo de performance.  

Como foi o desafio de rescrever um programa com um tipo de humor marcou época para os dias atuais? 

MW - O desafio é tentar retomar e representar esse humor que está meio sumido da televisão. Mais direto e físico. Temos os antigos esquetes como o quartel e os super-heróis, mas com uma roupagem nova. O mundo mudou e eles também, mas sempre dentro desse espírito trapalhão.  

PB - Com certeza, é mesmo um desafio. Por isso, buscamos sempre manter a essência do grupo, com muitas piadas e situações simples, ambientações atraentes e narrativa bem clara. Mas tivemos a oportunidade de colocar no programa elementos da atualidade, como GPS e videogames. Apesar disso, o espírito das situações remete à alegria de sempre dos Trapalhões. O importante é divertir, entreter, sempre dentro desse espirito trapalhão.

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